OBJETIVO DO BLOG

Este blog tem por objetivo orientar os pais que possuem filhos entrando ou vivenciando a adolescência. De orientar também os professores que lidam com eles diariamente,para que possam compreender suas dificuldades e ajudá-los ainda mais, pois, esta é uma fase complicada na vida dos jovens e, muitos pais e professores não sabem como agir diante de certas atitudes desses jovens. Pais e professores encontrarão aqui informações de médicos, psicólogos e teóricos sobre a educação dos adolescentes.

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

O TRABALHO NA IDADE MÉDIA

Chega a Idade Média e com ela um novo regime: o feudal. O feudalismo (do latim “feodum”) continha uma nova ordem econômica, política e social.

O feudalismo se diferenciava por possuir uma estrutura social: a realeza, a nobreza, os camponeses e os servos. O território pertencia ao rei que o distribuía em lotes de terras entre os nobres da corte. A finalidade desta distribuição era a de garantir apoio militar, fazendo-a prosperar ou não.

A maior parte da população era constituída pelos camponeses. Homens livres, pobres, sem terras para trabalhar e que arrendavam pequenos terrenos dos senhores feudais que lhe cobravam impostos altíssimos. Os senhores feudais não só possuíam o direito de escolha dos pretendentes como também de expulsá-los de suas terras se descumprissem o prometido. Portanto, os camponeses e seu trabalho dependiam exclusivamente dos senhores feudais.


Os camponeses também pagavam tributos aos senhores feudais, mas podiam dispor das terras como quisesse, seja na construção de lavouras ou de comércio de artesanatos. Podiam também comercializar os frutos do seu trabalho. Podiam trabalhar como empregados de comerciantes da região e não ser considerado como servo ou escravo.

Os servos eram pessoas semi-livres. Trabalhavam nas dependências dos castelos e fortalezas. Eram obrigados a servirem seus senhores. E se ganhassem a confiança dos senhores. podiam ganhar terras para trabalhar como herança ou herdado de seus anteriores, embora não perdessem a condição de servos. Não podiam pretender a chegar ao status de camponeses, embora muitos tivessem mantido suas terras. Mas, quando os senhores morriam, os herdeiros tinham o direito de tomar as terras de volta se desejassem e obrigá-los a voltar ás obrigações de servos.

Mas não era de graça toda essa bondade, pois tinham que pagar os altos impostos como os camponeses. E para cultivar a terra, os servos precisavam de ferramentas, moinhos, depósitos e currais. Como não tinham condição para ter isso pessoalmente, os senhores feudais emprestavam-nas e cobravam altas taxas.
Os servos podiam ser vendidos, comprados ou trocados com outros senhores, sem que fossem avisados previamente. Era, portanto, uma espécie de escravidão sem o uso dessa nomenclatura. A relação econômica entre os senhores feudais e os servos era antagônica e irreconciliável, pois não permitia que eles ascendessem socialmente e sofriam muita opressão.

Dessa forma, economicamente um dependia do outro, pois tudo dependia da terra. Mas também foi uma época em que o comércio com povos de lugares distantes e de além-mar estava em franco crescimento. E o desejo de galgar novos espaços no cenário social fez com que os camponeses mandassem seus filhos aprenderem uma outra profissão junto aos comerciantes locais. Estava assim criada a primeira escola com cunho profissionalizante. E com ela, surgem as raízes da burguesia.

Mesmo assim, os progressos para a classe popular (camponeses e comerciantes) era difícil e demoravam muito para ascender a um nível social mais alto. A falta de propriedade (importante para a época) era o grande empecilho. Poucos conseguiam tal façanha, por conseguir juntar algum dinheiro por conta da força do trabalho pessoal e/ou familiar. Mas, mesmo assim, não tinham prestígio e sofriam com a miséria de parentes e amigos, sofriam humilhações e ouviam desaforos por parte da nobreza, dos senhores feudais, dos homens da ciência (alquimistas), da classe artística e da Igreja. Mas nada disso os impedia de sonhar com prosperidade e de ascensão social. Queriam, na verdade, que a vida fosse igual para todos, que todos fossem livres para trabalhar e conquistar coisas.



Foi devido a esse sonho que foi se estruturando uma resistência. Camponeses pobres e remediados, comerciantes ricos (burguesia), soldados e servos juntaram-se com objetivos diferentes e terminaram fazendo uma grande revolução: a “Revolução Francesa”, que tinha como lema a luta pela liberdade, fraternidade e igualdade para todos. 



E com ela, reis e rainhas foram presos, condenados e decapitados.  Os senhores feudais perderam suas propriedades, foram presos e condenados por exploração popular e sistema de escravidão. Uns morreram, outros foram exilados. E o povo ganhou vez e voz numa revolução que influenciou o mundo todo.

sábado, 13 de agosto de 2016

O TRABALHO (parte 1)


No início da vida, a força muscular era o bastante para a sobrevivência de todos os animais. Até que uma espécie sofreu uma lenta e importante transformação física e neurológica, que culminou nos hominídeos. Estes, vivendo isoladamente de seus iguais, lutavam pela sua própria sobrevivência. Tinham como arma apenas a força bruta para enfrentar as ameaças dos animais e contra as intempéries da inóspita natureza. Porém, ao perceberam que trabalhando junto, tudo ficava mais fácil. Uma nova transformação entrou em ação: a inteligência. Não era uma Inteligência como a que conhecemos hoje, mas os primórdios dela. Por isso, a força bruta ainda era importante.

Foi por meio dessa inteligência rudimentar que faz com que alguém usasse uma pedra, um pau ou um osso que estava por perto para afugentar um animal. Ação que, com certeza, foi imitada por seus semelhantes, que provavelmente mostraram a outros e foi passando de geração a geração. E assim foi até um belo dia, perceberam que se distanciavam e em muito dos animais. E surgem os primeiros “seres humanos”. Essa distância se deve a uma evolução da inteligência e que nenhuma outra espécie jamais conseguiria desenvolver.


Com a inteligência, desenvolveram as capacidades para aprender, observar, imitar, criar e inventar coisas. E com essas capacidades surgiram outras e mais outras. Tudo lenta e progressivamente. Porém, das capacidades surgiram também as habilidades, de trabalhar com as mãos, de comunicar-se com os demais, de criar utensílios para as longas migrações para obter comida e água fresca. E o pau, a pedra e os ossos atirados com força para uma defesa de si próprio ou do grupo, foram pouco a pouco se transformado em machados, facas e lanças e, algumas gerações mais adiante, se transformaram em arcos e flechas.

No início, a alimentação era instintiva. Pegavam um fruto silvestre ou caçavam um animal somente quando sentiam fome. No entanto, quando se tornaram homens entenderam que não havia necessidade de ir para lugares desconhecidos. Podiam ficar num lugar que gostassem e que a natureza daria o que precisassem, bastava observar com a natureza agia. Perceberam também que se a natureza fazia a parte dela, o homem também deveria fazer a sua. E resolveram plantar e criar animais e conservar, cuidar o que conseguiam.

No começo, dormiam onde dava. Depois, enfrentaram as cavernas e  viveram em tendas que, mais tarde, se transformariam em casas bem mais seguras.

A descoberta do fogo, a invenção da escrita por meio de desenhos e a fixação na terra foram marcos importantes para a evolução da espécie humana. Tão importantes que o trabalho que faziam se tornou uma ação natural, inata e essencial aos humanos. E a partir de então, os humanos passaram a cuidar e explorar a lavoura, a pecuária, a construção de moradias, o artesanato de todas as formas que sabiam e podiam.





O TRABALHO NA ANTIGUIDADE



Mas, os humanos sempre tiveram a necessidade e o desejo de facilitar sua vida e o trabalho que fazia. Mas os desastres naturais sempre aconteciam e os obrigavam a dispor melhor de suas reservas para aguentar esses momentos. Estas ocasiões sempre fizeram com que os humanos melhorassem seus instrumentos e criavam novas formas e hábitos para o trabalho.

Nos primórdios da Idade Antiga, um dos hábitos para facilitar o trabalho foi o uso da escravidão. Naquela época, o homem ainda não tinha a preocupação com o social. Agia inconsciente e instintivamente fosse para preservar seu território ou defender sua aldeia.








Naquela época, era considerado especializado, o escravo que sabia plantar e cuidar das frutas, das verduras e legumes. A criação de aves como a galinha, o peru, o faisão era outra especialização e quem sabia ambos os trabalhos e suas técnicas eram muito valorizados. E forma eles que instituíram o trabalho dos hortifrutigranjeiros. Devemos a eles também a invenção e melhoria do arado com rodas e puxados por tração animal. 







O trabalho escravo permitia construções de vulto, como canais, represas, construção de navios e prédios maiores (construção de templos e palácios) sem que os homens livres tivessem que desenvolver nenhum esforço físico. E como o trabalho sempre foi uma necessidade humana, estes se dedicavam ás artes e ás ciências.




Com a falta de interesse de ambas as partes, os  escravocratas deixavam de confiar nos escravos, nem colocar em suas mãos instrumentos mais delicados ou dar-lhes funções mais específicas. 

Com isso, o desenvolvimento que conquistaram foi diminuindo. Por outro lado, os homens livres mais pobres se uniram aos escravos para uma revolução social, mesmo que, muitas vezes, não falassem a mesma língua, nem tivessem os mesmos hábitos e costumes, nem os mesmos conhecimentos. Porém, com uma consciência da situação muito baixa e objetivos diferentes, formavam uma massa tão grande e poderosa que fez o regime escravocrata cair por terra.