Peço
a permissão dos leitores por tratar aqui de um assunto que foge um pouco à
nossa proposta, Mas, é por um bom motivo.
Muitas
famílias não têm acesso a jornais diariamente, e muito menos ao Diário Oficial.
Os adolescentes não estão nem aí. Ficam cientes de alguma noticia ou das novas
leis através do rádio e da televisão, o que geralmente é muito rápido e pouco
divulgado. Porque a notícia que lhes trago hoje, não dá IBOP, não é tragédia ou
não há interesse em que as pessoas saibam. Sendo assim, como psicopedagoga,
educadora e blogueira que sou, em parte, me cabe divulgar.
A
Comissão de Seguridade Social e Família aprovou o Projeto de Lei 267/11, de
autoria da deputada Cida Borghetti, filiada ao PP (do Paraná). O Projeto de Lei
prevê punição para os estudantes que desrespeitarem os professores e
descumprirem as regras éticas e de comportamento das Instituições de Ensino.
Incluem-se neste projeto alunos do Ensino Fundamental e do Ensino Médio.
Já
estava na hora das autoridades tomarem uma providência, visto o número elevado
e sempre crescente de alunos que praticam atos de violência nas escolas.
Violência que deixa marcas profundas e que, muitas vezes, encerra
prematuramente uma carreira profissional escolhida com amor e conquistada com sacrifícios,
por parte dos professores.
Concordo
com o que disse o relator do Projeto, o deputado Mandetta, do DEM de Mato Grosso
do Sul, sobre a violência e/ou represálias físicas e morais que os professores
têm sofrido nos últimos tempos. Disse ele:
- “Os professores com medo de sofrer violência ou represálias
verbais e físicas, principalmente por parte de alunos, somado à falta de
punição administrativa e/ou judicial dos estudantes indisciplinados ou
violentos somente corroboram a existência de sérios problemas educacionais”. E quem não teria medo?
Outros profissionais em
situação semelhante acionam um botão e chamam os seguranças. E quem os
professores devem chamar?
Ser
professor em nosso país não é uma tarefa fácil. Baixos salários, muitas tarefas
a cumprir em pouco tempo, jornadas duplas ou triplas para conseguir sobreviver,
enfrentar salas superlotadas com alunos desinteressados, malcriados,
irreverentes, e muitas vezes, violentos verbal e fisicamente. E, além de tudo,
o professor tem que aguentar tudo calado e sem poder se defender.
E
porque não se defendem? Porque as leis estão do lado do menor, porque os diretores
não querem “problemas” com receio de “perderem os alunos” ou por estarem de
mãos atadas por conta da legislação. É todo esse stress aliado ao desrespeito moral,
social e físico que provocam os traumas nesses profissionais.
E disse mais, referindo-se
ao Estatuto da Criança e do Adolescente:
- “que um estatuto que apenas assegura os
direitos, sem determinar os deveres, desrespeita uma das regras básicas da
educação que é o respeito aos direitos dos outros”.
Por isso, o Estatuto da
Criança e do Adolescente deve ser reformulado e ganhar um novo ítem: os deveres
dos estudantes. Afirma ainda o parlamentar:
- “Cremos que o sistema de proteção integral
determinado pela Constituição Federal às crianças e adolescentes também passa
por imposição e cumprimento de deveres”.
Segundo o Projeto de
Lei 267/11, o aluno que infringir as regras da escola, tiver comportamento inadequado
dentro da sala de aula ou em outras dependências da escola e desrespeitar o
professor será punido com suspensão das aulas, numa primeira ocorrência. Se voltar
a reincidir, o aluno será encaminhamento à autoridade judiciária competente.
Os
senhores pais devem estar chocados com tal decisão. Mas, esta não é uma
situação inusitada aos meus leitores. Ao contrário, me sinto exaustivamente
repetitiva. Mas, isto tem um propósito: inserir na mente de pais e mães a importância
da educação familiar. É na familia que se ensina a obediência, as regras e a importância
do cumprimento delas, o bom comportamento e o respeito aos outros, onde quer
que nossos filhos vão ou estejam. E quando os pais não cumpre sua parte no
processo educativo, o que se vê é o resultado da permissividade: o direito
próprio.
A
escola também educa, mas de um jeito diferente, de uma forma a complementar a
educação iniciada em casa. E para cumprir esta parte do processo educacional
depende que os pais tenham feito sua parte.
Muita gente ri e se diverte com a foto abaixo. Mas, o que se tem visto é a mais pura e triste realidade:
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