A educação no Brasil teve seu
início um pouco depois da chegada dos jesuítas. E foi assim por três séculos.
Durante esse tempo, o que os jesuítas ensinavam estava baseado nos
métodos da educação jesuítica portuguesa, cujo principal objetivo era a conversão
dos povos nativos da América. Herdeiros da escolástica (um saber filosófico
ligado ao saber religioso da Idade Média), que acabou refletindo na cultura dos
colonos, implicando na formação de alguns autores da época.
Para resolver esse problema dos colonos Aqui no
Brasil, os jesuítas ensinavam a “gramática” (leitura e escrita) considerada
como “expressão culta” e a “retórica”, que nada mais é do que a “arte do falar bem”. E tudo estava
baseado na “memorização” como
procedimento de aprendizagem. Os jesuítas não tinham a preocupação de ensinarem
a ler e escrever, porque indígenas e jesuítas precisavam se entender, no
entanto, sem interferir nos costumes e língua das populações indígenas. Embora
a conversação fosse importante num primeiro momento, começou a haver a
necessidade de mais conhecimento, principalmente, em relação interferiam aos
filhos dos colonos que vinham aos montes para cá.
Foi para resolver os problemas dos colonos que o
Padre Manuel da Nóbrega e José de Anchieta decidiram transformar um albergue
para viajantes em uma escola, a mesma do Pátio do Colégio (reformulada mais
tarde), em São Paulo. Como alunos haviam filhos homens de colonos e índios
aculturados da região, onde aprendiam as primeiras letras, já com a preocupação
da leitura e da escrita. Passado esse nível, os colonos poderiam mandar seus
filhos homens continuarem seus estudos em Portugal ou outro país da Europa. E
foi assim por três séculos.
Em meados do século XVIII, na Europa, surgia a
ideia de uma Filosofia Iluminista, que valorizava a ciência moderna e o
racionalismo. Nessa mesma época, Portugal é assolado por um grande terremoto. E
é aí que, no cenário político português, surge uma figura importante: o Marquês
de Pombal, que fora chamado para reconstruir o país.
O Marquês fez mais que isso. Ele resolveu fazer uma
reforma completa: política, econômica, administrativa, educacional e
eclesiástica. Pombal era adepto das
ideias de Locke, Fénelon, Newton e do Padre Rollin e tentava colocar essas ideias
em tudo, inclusive na Educação. Em Portugal acontecia um grande debate para
saber o que deveria ser ensinado. Uns queriam o ensino da matemática, história,
geografia, latim, direito e física. Outros queriam o ensino da gramática em
língua portuguesa, enquanto outros, afirmavam que ensino devia ser em latim,
como era a tradição.
Essa decisão traz como consequência a queda do
monopólio da Companhia de Jesus, tanto na Corte como nas colônias. O resultado
foi a expulsão dos jesuítas de Portugal e nas colônias em que atuavam.
As consequências da expulsão dos jesuítas (1759),
trouxe resultados negativos para o Brasil. Ao saírem do Brasil, os jesuítas
deixaram uma grande lacuna e que por algumas décadas. Para contornar esse
problema, o Marquês tomou algumas providências:
1- Tentou chamar missionários ingleses para
assumirem a questão educacional nas colônias. Mas ao saberem que teriam que
tratar com índios e negros (porque já havia época) não aceitou.
2- O governo
português tentou bancar os custos de viagens, materiais e manutenção dos
pagamentos aos professores, mas atrasava os pagamentos e, aos poucos, desistiu.
3- Por fim, Pombal entregou aos próprios colonizadores a
educação de seus filhos, ou seja, os pais que soubessem ler e escrever podiam
ensinar os filhos. E se não soubessem, que contratassem professores por sua
própria conta, o que foi feito por uma pequena minoria.
Em virtude de tudo isso, a Educação do país faliu.
Em virtude de tudo isso, a Educação do país faliu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
MEUS QUERIDOS
Fiquei muito feliz com sua visita a este espaço que também é seu. para que ele fique melhor e mais do seu agrado, deixe por favor, um comentario, um recadinho ou uma sugestão.
OBRIGADA