Desde
que o mundo é mundo, as ciências sempre existiram. Cada povo tinha a sua,
praticada por observações cotidianas. Uns se destacavam na construção de
cidades, outros na agricultura ou na pecuária e, outros, na arte de curar. E é
esta última que nos interessa.
A
arte de curar pessoas dos seus males é antiga. Nas sociedades tribais e na
antiguidade os curandeiros eram os principais responsáveis, fazendo mandingas e
chás de ervas. Outros povos praticavam rituais em que a arte da cura estava
ligada aos deuses. Alguns povos da antiguidade merecem destaque. Os egípcios, por exemplo, praticavam as “trepanações” (perfurações de crânio) para a saída dos espíritos
maléficos que deixavam as pessoas doentes.
Os
gregos acreditavam que os males corporais eram o resultado de um desequilíbrio
dos líquidos, isto é, que havia um excesso de produção sanguínea, por
isso, praticavam as “sangrias”.
Um filósofo, matemático grego chamado Galeno
ficou famoso por ter curado uma pessoa muito rica. Com prestigio e muita fama,
Galeno foi viver em Roma, o maior centro cultural e político da época. E vive
lá de 162 até 192 a/C.
Depois de ter dissecado um animal e observado os órgãos internos, Galeno passou a acreditar que o corpo das pessoas poderia ser parecido com o dos animais.
Depois de ter dissecado um animal e observado os órgãos internos, Galeno passou a acreditar que o corpo das pessoas poderia ser parecido com o dos animais.
Para
demonstrar como seria esse corpo humano, Galeno construiu um modelo cheio de
ossos, músculos e órgãos internos e o levava para mostra-lo nas reuniões com
outros “médicos”.
A notícia espalhou-se pelo mundo conhecido. Muitos “médicos”
correram para Roma para conhecer a novidade. Muitos deles permaneceram lá para
estudar e acabaram fixando residência. Assim, a MEDICINA se tornava uma
ciência.
Mas,
na Idade Média, a Medicina encontrou grande resistência por parte da religião, proibindo
veementemente as dissecações e o estudo das partes internas do corpo com a
justificativa de que o corpo humano era sagrado e intocável. Mas as sangrias
eram permitidas e usadas para todas as doenças.
No
século XV (1401 a 1500) as dissecações voltaram a ser permitidas. Mas só podiam
ser feitas em criminosos condenados a morte. E assim, a medicina passou a se
desenvolver. E evolui vertiginosamente a partir do século XVI. O conhecimento
do corpo e de muitas doenças e seus tratamentos são descobertos e outras tantas
que ainda precisavam ser. Mas, nenhum médico se preocupava em
estudar ou emitir uma opinião mais radical sobre a homossexualidade, apesar de
que não ignoravam sua existência. Apenas evitavam o assunto ou eram muito
discretos.
No
entanto, no século XVII surgiu uma onda de promiscuidade, incluindo um
aumento da atividade homossexual, e das doenças venéreas que se alastravam por
todos os cantos. Esse fato fez com que atitudes mais drásticas fossem tomadas
pelos governos. Surgem então, os primeiros grupos radicais contra o homossexualismo
e os primeiros grupos a lutar pela liberdade individual. Por sua vez, os
médicos começaram a se preocupar com a homossexualidade, mais na cura das
causas e sintomas das doenças venéreas do que sobre a prática sexual. Foi
quando a homossexualidade (principalmente a masculina) passou a ter maior
visibilidade. No século XX, uma quantidade de homossexuais se projetaram no
cenário artístico geral (pintura, literatura,política) e em outros campos
do conhecimento e preocuparam os governos do mundo todo. Enfim, os médicos
voltaram os olhos para esta questão.
Nesses
estudos algumas questões foram levantadas:
A homossexualidade poderia ser
hereditária?
Depois de muito questionarem, examinarem pessoas e de muitos debates chegaram a
conclusão de que a homossexualidade não era hereditária visto que há pais
heteros possuem filhos homossexuais enquanto que seus irmãos são heteros.
Poderia ser inata? E como saber se as manifestações sexuais
começam a surgir pelo menos uma década após o nascimento?
Se não é hereditária, nem
inata, poderia ter o ambiente como agente causador? E quantas pessoas vivem em ambientes
promíscuos e não são homossexuais? E quantos vivem em ambientes sadios e ricos
em estimulações positivas e são?
Com
a descoberta do DNA e a acessibilidade a este exame, os médicos passaram a
investigar esta nova fonte de dados. E chegaram a conclusão que no corpo dos
humanos não existe um gene específico para a homossexualidade. No entanto, o
estudo dos genes, os médicos descobriram uma proteína (a MEs) que recobre os
genes como se fosse uma nuvem. Essa proteína teria como função ligar e
desligar determinados genes. Os genes são passados por hereditariedade, mas acreditava-se
que os MEs não eram transmitidos no momento da fecundação. Nesse caso, o bebê
não receberia essa proteína do pai ou da mãe. No entanto, essa proteína pode
ser encontrada em alguns pesquisados, bem como em um dos pais. No entanto, essa
proteína foi encontrada em outras partes do corpo. Portanto, até o momento, não
há garantias de atuam especificamente nos genes sexuais.
Todos
os bebês em formação, em condições normais, criam suas próprias MEs para
atenuar ou equilibrar os níveis de tosterona produzidos pelo corpo de suas
mães. É sabido que altos níveis de testosterona em embriões femininos podem
masculinizá-los e baixo nível de testosterona em embriões masculinos pode feminilizá-los.
Seria isto que influenciaria, mais tarde, a escolha de um parceiro sexual do
mesmo sexo? Até o momento a ciência não tem uma resposta definitiva para esta
questão. E sem respostas, prefere afirmar
que não existem causas orgânicas que justifiquem a homossexualidade. Pelo
menos, até que se prove o contrário.
O que
sabemos com certeza é que não é escolha.
Ninguém escolhe ser homossexual. Se fosse, poderia ser facilmente convencido a
mudar de opinião. Ou, vivenciando o preconceito, mudaria rapidamente para não
sofrerem as injúrias e o desprezo social. Não escolhemos um parceiro amoroso como
escolhemos uma calça ou uma blusa que vemos numa vitrine. O parceiro amoroso é
encontrado por acaso, sem hora e lugar marcados. É, simplesmente, algo que
acontece.
Existem
muitos ex-maridos, ex-namorados, ex-patrões, ex-funcionários. Mas não existe ex-homossexuais ou ex-heterossexuais. Podemos mudar de
atitudes, de comportamentos, de opinião, de ideia, da forma de pensar porque são
coisas que dependem do momento, da situação, dos projetos. Mas não se pode mudar
os sentimentos, as emoções ou os desejos mais íntimos. Feliz ou infelizmente,
não temos esse poder.
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