OBJETIVO DO BLOG

Este blog tem por objetivo orientar os pais que possuem filhos entrando ou vivenciando a adolescência. De orientar também os professores que lidam com eles diariamente,para que possam compreender suas dificuldades e ajudá-los ainda mais, pois, esta é uma fase complicada na vida dos jovens e, muitos pais e professores não sabem como agir diante de certas atitudes desses jovens. Pais e professores encontrarão aqui informações de médicos, psicólogos e teóricos sobre a educação dos adolescentes.

quinta-feira, 18 de maio de 2017

2º motivo: A ESCOLA



A escola é uma instituição antiga e vive de uma burocracia conservadora, cristalizada e institucionalizada. Sua modernização é difícil, resistindo a toda e qualquer mudança. É verdade que a escola, como instituição, adotou a introdução das novas tecnologias, experimentou novos métodos, tem contratado pessoal especializado. Mas, e a essência? O sentido filosófico da educação? Onde está base fundamental? Isto não mudou. Continua sendo burocrática, com aulas centrada no professor e estritamente expositivas, avalia por provas e notas e iguala a todos (deficientes intelectuais, os alunos com dificuldades de aprendizagem e os chamados “alunos normais”) no mesmo patamar.

Infelizmente, a escola ainda não percebe que todo seu corpo discente é diferente uns dos outros e desconsidera as habilidades de cada um apesar dos avanços da neurociência. E com isto, mais exclui do que inclui.

A novidade do momento são as escolas inclusivas. Incluir é aceitar entre os alunos os deficientes de todos os tipos. E isto ela tem feito por força da lei. Há bem da verdade, muito a contragosto. Mas depois de incluídos, o que vem a seguir? Deveria ser a INSERÇÃO, que nada mais é, fazer essas pessoas como parte da turma com planejamento, currículo e atividades adequados a cada caso. E isto não está sendo feito.

Mas, apesar de tudo, é o lugar preferido dos alunos, especialmente dos jovens. Lá encontram seus pares de mesma idade, fazem amizades, agrupam-se, vivenciam experiência positivas e negativas, adquirem uma certa liberdade de ação que não encontram na família. E com eles aprendem e se divertem ao mesmo tempo.
Durante suas conversas falam um pouco de tudo: de seus problemas pessoais e familiares, fazem fofocas dos colegas e amigos, brincam uns com os outros, bagunçam em grupos e percebem que não estão sós no mundo. Entendem que os amigos e colegas passam pelos mesmos problemas que eles passam.

Percebem também que são diferentes uns dos outros: uns mais expansivos, outros são menos ou mais extrovertidos, que uns preferem guardar seus segredos para si mesmos e outros que mal chegam e já vão falando. Uns gostam de “bagunçar” enquanto outros preferem os estudos. Uns tem objetivos claros para o futuro enquanto outros, nem sabem o que querem. Uns já tem seus pontos de vistas formados enquanto outros nem sonham com isso.

Os adolescentes não gostam de serem tratados como crianças, que já não são, nem como adultos, que ainda não são. Será que a escola entende isto?

A adolescência é uma época única na vida de cada um. Uma época de muitas dúvidas e incertezas em oposição com certas certezas e autossuficiência. Uma época extremada da vida, do tudo ou nada. Tudo vivido com muita intensidade. Por isso, estão profundamente tristes num momento para no seguinte, estarem extremamente alegres e felizes. Gostam de se isolar dos familiares, mas preferem os grupos de colegas e amigos.

Curtem as tecnologias e as manejam como ninguém. Muitas vezes, até abusam do uso delas e sentem-se poderosos.

Mas também são cruéis entre eles. Falam face a face o que pensam e o que sentem uns dos outros. Criticam os outros com facilidade e não gostam quando são criticados pelos colegas.


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