A
escola é uma instituição antiga e vive de uma burocracia conservadora,
cristalizada e institucionalizada. Sua modernização é difícil, resistindo a
toda e qualquer mudança. É verdade que a escola, como instituição, adotou a
introdução das novas tecnologias, experimentou novos métodos, tem contratado
pessoal especializado. Mas, e a essência? O sentido filosófico da educação?
Onde está base fundamental? Isto não mudou. Continua sendo burocrática, com
aulas centrada no professor e estritamente expositivas, avalia por provas e
notas e iguala a todos (deficientes intelectuais, os alunos com dificuldades de
aprendizagem e os chamados “alunos normais”) no mesmo patamar.
Infelizmente,
a escola ainda não percebe que todo seu corpo discente é diferente uns dos
outros e desconsidera as habilidades de cada um apesar dos avanços da
neurociência. E com isto, mais exclui do que inclui.
A
novidade do momento são as escolas inclusivas. Incluir é aceitar entre os
alunos os deficientes de todos os tipos. E isto ela tem feito por força da lei.
Há bem da verdade, muito a contragosto. Mas depois de incluídos, o que vem a
seguir? Deveria ser a INSERÇÃO, que nada mais é, fazer essas pessoas como parte
da turma com planejamento, currículo e atividades adequados a cada caso. E isto
não está sendo feito.
Mas,
apesar de tudo, é o lugar preferido dos alunos, especialmente dos jovens. Lá
encontram seus pares de mesma idade, fazem amizades, agrupam-se, vivenciam
experiência positivas e negativas, adquirem uma certa liberdade de ação que não
encontram na família. E com eles aprendem e se divertem ao mesmo tempo.
Durante
suas conversas falam um pouco de tudo: de seus problemas pessoais e familiares,
fazem fofocas dos colegas e amigos, brincam uns com os outros, bagunçam em
grupos e percebem que não estão sós no mundo. Entendem que os amigos e colegas
passam pelos mesmos problemas que eles passam.
Percebem
também que são diferentes uns dos outros: uns mais expansivos, outros são menos
ou mais extrovertidos, que uns preferem guardar seus segredos para si mesmos e
outros que mal chegam e já vão falando. Uns gostam de “bagunçar” enquanto
outros preferem os estudos. Uns tem objetivos claros para o futuro enquanto
outros, nem sabem o que querem. Uns já tem seus pontos de vistas formados
enquanto outros nem sonham com isso.
Os
adolescentes não gostam de serem tratados como crianças, que já não são, nem
como adultos, que ainda não são. Será que a escola entende isto?
A
adolescência é uma época única na vida de cada um. Uma época de muitas dúvidas
e incertezas em oposição com certas certezas e autossuficiência. Uma época
extremada da vida, do tudo ou nada. Tudo vivido com muita intensidade. Por
isso, estão profundamente tristes num momento para no seguinte, estarem
extremamente alegres e felizes. Gostam de se isolar dos familiares, mas
preferem os grupos de colegas e amigos.
Curtem
as tecnologias e as manejam como ninguém. Muitas vezes, até abusam do uso delas
e sentem-se poderosos.
Mas
também são cruéis entre eles. Falam face a face o que pensam e o que sentem uns
dos outros. Criticam os outros com facilidade e não gostam quando são
criticados pelos colegas.
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