OBJETIVO DO BLOG

Este blog tem por objetivo orientar os pais que possuem filhos entrando ou vivenciando a adolescência. De orientar também os professores que lidam com eles diariamente,para que possam compreender suas dificuldades e ajudá-los ainda mais, pois, esta é uma fase complicada na vida dos jovens e, muitos pais e professores não sabem como agir diante de certas atitudes desses jovens. Pais e professores encontrarão aqui informações de médicos, psicólogos e teóricos sobre a educação dos adolescentes.

domingo, 28 de janeiro de 2018

VIOLÊNCIA CONJUGAL

Na violência conjugal, homens e mulheres também são vítimas e/ou agressores.


Homens vítimas são minoria, mas não se pode negar que existam casos de mulheres dominadoras e são raríssimos os casos denunciados. Porém, em mais de 90% dos casos, as mulheres com idade que variam de 15 a 44 anos são as vítimas. Nesta estatística fica claro que não importa a classe social, raça, idade, etnia ou nível de escolaridade para que as agressões aconteçam.


Os motivos da agressão contra as mulheres são variados: necessidade de mostrar-se poderoso, autoritarismo, alcoolismo, uso abusivo de drogas, agressividade mal controlada, crueldade etc. As atitudes agressivas vão desde os xingamentos e espancamentos até os assassinatos (os atuais feminicídios). Porém, em todos os casos, o intuito é a dominação do “mais forte sobre o mais fraco” com requintes de perversidade.


De todas as formas de violência contra as mulheres, o espancamento é a forma mais grave, porque deixa marcas visíveis e invisíveis minando a baixa autoestima e autoconfiança, causando ansiedade social e generalizada, depressão, sintomas de estresse pós-traumático, dificuldade de formar vínculos afetivos e abuso de substâncias e a apresentar risco de suicídio porque atinge e deixa marcas profundas nos aspectos psicológicos, morais e emocionais da mulher. As mulheres ficam enfraquecidas em seu papel social prejudicam também a saúde emocional dos filhos, que assistem e convivem com essas as cenas agressivas.

Por consequência, resulta num aumento dos índices de violência social.  A maioria dos homens e mulheres agressores são frutos de famílias em que existe a violência conjugal. Quando crianças aprendem pelo exemplo, assistindo as atitudes de seus genitores, ou seja, pelas agressões do dominante e as reações de suas vítimas. 


Essas atitudes distorcem os sentimentos dos meninos sobre o que eles conhecem como amor, respeito e compaixão. Acreditam que amar é espancar, dominar, judiar etc. E repetem quando são adultos. Para as meninas, filhas de mulheres constantemente agredidas, também é danoso. Ao verem suas mães serem agredidas e permanecerem caladas, sentem que este é o caminho que devem percorrer diante de seus maridos. Por isso, sentem medo, não reagem e submetem-se a toda espécie de violência, porque acreditam que a vida é assim e essa é a forma de se comportarem.

A sociedade costuma dizer que essas moças ou mulheres “não tiveram sorte no casamento”. Isto não é verdade. O que acontece, é que diante de suas vivências e pelo exemplo dado por suas mães (de se calar diante das agressões e aguentar toda sorte de investidas), as faz procurar parceiros agressivos (semelhante aos pais) em seus relacionamentos, repetindo assim o padrão da violência conjugal.  É uma atitude inconsciente, segundo afirmas muitas teorias da Psicologia.

Por outro lado, muitas mulheres confundem as chamadas “obrigações sexuais”. Por dessas “obrigações”, entendem que precisam ceder a tudo e a todo momento que o marido ou companheiro deseja, mesmo que depois sintam-se desconfortáveis.


Toda relação sexual sempre deve ser consentida, ou seja, os parceiros devem querer realizar o ato sexual. Com o consentimento de ambos é uma relação prazerosa e faz com ambos fiquem felizes. 

No entanto, há circunstâncias em que as mulheres estão sendo abusadas sexualmente ou estupradas e não se dão conta disso. Acreditamos ou queremos acreditar que estas coisas ocorrem apenas quando somos forçadas por estranhos e que jamais acontecem com a pessoa que amamos. Isto ocorre porque a coerção é velada, discreta e sem violência física, mas que deixam as mulheres constrangidas e infelizes. E é muito mais comum do que se pode imaginar.

Sempre que uma mulher não estiver a fim da relação sexual, o marido ou companheiro deve respeitar essa decisão. No entanto, se ele não aceita essa decisão e força (insiste) de alguma forma (mesmo que corriqueira ou parecendo ocasional), e fazendo com que a mulher ceda, mesmo se sentindo desconfortável, configura-se como abuso sexual. Já quando cobra a tal “obrigação conjugal ou quando parte para a penetração sem aviso (carícias preliminares)”, configura-se como estupro.


Outro tipo de situação com coerção velada é o abuso psicológico. Configura-se por ressaltar seus “defeitos” ou proferindo palavras desairosas sobre a sexualidade dela (pressão verbal) antes ou no momento da relação, inibindo com essas palavras o desejo sexual feminino ou fazendo com que as mulheres se sintam amedrontadas e culpadas, cedendo aos desejos sexuais do companheiro. Fazem parte ainda dos abusos psicológicos dentro ou fora do casamento: os espancamentos, insultos, acusação de infidelidade, a acusação ou a comparação do amor (sendo o dela menor do que o que ele sente por ela), humilhações, rejeição e isolamento.

Fora do casamento, a coerção sexual também existe, seja induzindo, pressionando, ameaçando ou intimidando a mulher a praticar o ato sexual contra a sua vontade, a qualquer momento e em lugar (rua, carro ônibus, trabalho etc).  As ações coercitivas, neste caso, podem ser: a molestação, a pressão verbal, a penetração forçada ou sob ameaças.

Há ainda formas organizadas e com feição criminosa, como por exemplo o tráfico e a exploração sexual de mulheres, configurando-se como coersão.

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