A
antiguidade começa em 3500 a.C, quando os primeiros homens decidem deixar de
serem nômades e se fixaram em um determinado lugar e ali construíram suas casas.
Os
papéis de homens e mulheres continuavam simples e claros. No entanto, as
atividades mudaram radicalmente, principalmente para as mulheres.
O
homem passa a domesticar os animais, a cuidar do rebanho que começava a se
formar e arar a terra para o plantio. Já as tarefas femininas eram: ajeitar a
casa, cuidar dos filhos e do marido, cuidar das roupas, da alimentação de todos
e ainda, do plantio e da colheita. Mas ninguém reclamava e continuavam felizes
porque ambos tinham seus trabalhos reconhecidos pelos companheiros.
O
tempo passou. E os lugares foram compartilhados com outras famílias que
resolveram fixar suas raízes naquele lugar. Formavam-se assim, as primeiras
povoações. E quanto mais gente
chegava, mais o espaço ia diminuindo, dando origem às primeiras cidades. E como
toda aglomeração, precisava de uma pessoa para liderar o grupo e resolver as
questões de conflito que se formavam.
militares - guerreiros
Agora, além de proteger e prover, os homens
assumiam a governança e a guarda da cidade. No início tudo ia bem até que ”o
poder subiu à cabeça” – como diz o velho provérbio popular. E os líderes que
decidiam as questões da terra e ordem do lugar, passaram a decidir também a
vida das pessoas. E as cidades se transformam em reinos.
cuidados na lavoura
tarefas caseiras
E as mulheres?
Continuavam cuidando da casa, da prole, fiar, tecer e costurar, a lavoura (preparação
da terra, plantio, cuidados e colheita) e dos animais domesticados e de todos
os cuidados pertencentes a esta função.
os soberanos
os políticos
os sacerdotes
Na maioria desses reinos, os governantes
acreditavam que eram divindades, ou seja, que eram deuses. E como tal,
acreditavam ter todos os poderes possíveis e imagináveis, daí a maioria ser
tiranos implacáveis. Como soberanos só pensavam em si mesmos. Como só podiam
governar, precisavam de assessores e de uma guarda que protegesse a ele e ao
reino. E passou a ser novas funções dos homens. E as sociedades se dividiam em
castas: a realiza, dos
políticos (assessores) e sacerdotes, a guarda, eunucos e o povo (maioria
composta por mulheres, crianças e anciãos).
Na
antiguidade clássica (Grécia) as mulheres não tinham o menor valor, porque os
gregos exaltavam as qualidades intelectuais e desprezavam os trabalhos manuais
(geralmente, realizados pelas mulheres). Logo, não tinham o menor valor na
sociedade. Não tinham voz, nem vez. Não podiam ter propriedades (tudo era do
marido), nem participar de cargos governamentais, estudar ou praticar esportes
e muito menos de opinar ou ter ideias, porque os homens de então acreditavam
que elas “não sabiam pensar”. Nem cidadãs eram consideradas.
submissão
No
Egito, Roma, Assíria, Mesopotâmia, Pérsia e tantos outros reinos da antiguidade
nada era diferente. Eram, portanto, sociedades bastante machistas. Os
governantes manipulavam a todos para satisfazer seus desejos e loucuras. Os
políticos legislavam em proveito próprio. A guarda e os sacerdotes procuravam
tirar proveito dos que estavam acima deles e dominar a plebe. A esta só restava
a obediência a todos.
Os governantes exploravam o povo para
aumentar suas riquezas. Surge, então, a cobrança dos impostos, aumentando mais
uma tarefa para as mulheres do povo: a venda dos produtos do plantio e do
cuidado dos animais para a sobrevivência da família e para pagar os impostos.
AS MULHERES E O MATRIMÔNIO
casamento real
Os
casamentos eram na grande maioria impostos às mulheres por seus pais, do qual
dependiam inteiramente. Podia ser por algum interesse ou pagamento de uma
dívida contraída.
Os
casamentos da nobreza sempre visavam o setor financeiro ou o político e nunca
por amor. As famílias das noivas davam um dote ao pretendente. Esse dote podia
ser em dinheiro (moedas de ouro), joias ou terras férteis.
Os maridos podiam
casar inúmeras vezes (sendo a primeira, a rainha) e ter quantas mulheres
quisessem. Mas as mulheres tinham que ser fiéis a seus maridos. Com a formação
dos haréns, lugar reservado nos palácios, guardado e protegido pelos eunucos.
Os eunucos eram “homens castrados” e por esse “privilégio”, eram os únicos a
terem contatos com as esposas reais.
Tela representando o rapto de Europa por Zeus
A
maioria dessas esposas eram moças raptadas em caravanas de viajantes ou
sobreviventes de ataques a algum povoado. Neste caso, podiam ser nobres ou da
plebe e sempre as mais bonitas e levadas ao palácio como presente ao soberano
fosse como concubinas ou como escravas.
As
mulheres mais abastadas (esposas reais, de políticos e dos generais mais
famosos do reino) para conseguirem algo em benefício próprio (obtenção de
alguns privilégios como dinheiro, joias ou serem sacerdotisas) usavam uma arma
poderosa: a sedução. Mas tudo tinha que ser muito discreto.
No
casamento das mulheres do povo, era sempre imposto pelos pais de quem dependiam
e deviam obediência cega por serem propriedade destes e precisavam ser castas.
Não havia uma idade limite para casá-las, portanto, podiam ser meninas ou
jovens e não podiam reclamar de nada. Com o casamento passava a ser propriedade
dos maridos a quem deviam fidelidade total. Se desobedecessem ou traíssem os
maridos podiam ser devolvidas às suas famílias ou serem enxotadas de suas
casas. Eram obrigadas a partir sozinhas e com apenas a roupa do corpo. E,
geralmente, terminavam na prostituição.
O
abuso sexual entre as meninas e moças da plebe era enorme. E como ninguém
queria casar com elas porque não eram mais castas, só lhes restava a prostituição.
Conta-se
que entre os povos bárbaros havia um rei que decretou uma lei que todo pai
devia comunicar a ele, o dia do casamento de sua (s) filha (s), para que ele
pudesse passar a noite de núpcias com ela.
Como
se vê, os homens podiam tudo. A elas cabia apenas as tarefas de servir e nunca
poderiam ser servidas.
concubinas
Entre
as mulheres da antiguidade também havia uma divisão: as esposas e as
prostitutas. Cabia às esposas: satisfazer
sexualmente o marido e obedecê-lo em tudo, fidelidade e dar à luz muito filhos
e a filhos saudáveis (pois se fossem deficientes ou doentes eram mortos),
cuidar da casa e da prole, cozinhar e tecer, costurar, bordar, cuidar lavar e
passar, já que eram sustentadas pelos maridos. As esposas sabiam que os maridos
se “divertiam com as prostitutas” antes de chegarem em casa e não podiam
reclamar.
Em
caso de viuvez, a situação das mulheres era terrível. Como já não tinham mais o
provedor, restava-lhe duas opções: casar-se com o irmão subsequente ao marido e
ser uma segunda, terceira ou mais esposas ou se tornar prostituta para garantir
sustento dos filhos e o seu.
A
função das prostitutas era o de manter e garantir que as esposas fossem puras,
castas. Elas deviam servir a todos os homens que lhes pudesse pagar ou servir a
eles como forma de pagamento de alguma dívida contraída pelo marido falecido ou
por ela, após a viuvez.
Havia
também muita discriminação entre as próprias mulheres das classes sociais mais
ricas. As ricas sempre se colocavam como melhores diante das que não tinham o
mesmo poder aquisitivo que o delas. Dessa maneira, conseguiam os melhores
maridos e as melhores posições sociais e desencorajava as outras. Muitas
mulheres solteiras preferiam a prostituição do que manter-se castas para
juntarem uma pequena fortuna e conseguirem um melhor pretendente, já que entre
os ricos, a castidade era visto como algo supérfluo. O mesmo acontecia entre as
esposas e as solteiras além de uma rivalidade velada (pois não podiam reclamar)
entre as esposas e as prostitutas, mesmo sabendo que um dia seriam como elas.
Nenhuma
mulher conseguiu se destacar nesta época. E a Idade Antiga termina no ano 800
a.C.
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