DROGAS ILÍCITAS
Obs: como o texto é longo, vou postá-lo em partes.
Na língua inglesa existe o verbo “to crack”, cujo
significado é “quebrar”. O crack, essa droga perversa, tem este nome porque ao
ser acesa e durante sua queima, dá pequenos estalos como se tivesse quebrando
ou trincando um cristal. E na verdade está. Os cristais de suas pedras estalam
porque se partem.
O QUE É O CRACK?
Depois de retirado o sumo do mesmo vegetal com que
se produz a cocaína, o resíduo vegetal é lavado e espremido, formando assim um
sumo com menor teor, ao qual podem ser associadas outras substâncias tais como:
outros tóxicos, cimento branco, pó de talco, pó de vidro, ácido
acetilsalicílico, etc. O que sobra disso tudo é denominado “pasta de coca”.
O crack é a junção dessa pasta com bicarbonato de
sódio. O bicarbonato de
sódio ao entrar em contato com a água produz uma reação química formando
pequenos cristais. Assim, com a evaporação da água, essa mistura endurece
formando-se as “pedras de cocaína” ou,
como foi chamada mais tarde, “pedras de crack”.
Não se pode afirmar que a pedra de crack é um derivado da
cocaína. O crack não é uma substância pura, porque houve a mistura de um outro
elemento.
COMO É USADA?
Para que essas pedras sejam utilizadas como entorpecente,
é preciso que seja queimada. Os usuários fazem uso de um cachimbo, do narguilé
ou fazem um improviso utilizando latas de refrigerante ou de cerveja. Da queima
da pedra inteira ou raspada sai uma fumaça que é aspirada pela boca e engolida.
Daí dizer-se que é “fumada”.
Dez segundos após a aspiração, a fumaça atinge Sistema
Nervoso Central (SNC) e produz um estado de euforia bem mais forte que a da
cocaína. Porém, essa euforia dura de 3 a 10 minutos. Depois disso, o usuário
entra em estado de angústia depressiva, alucinações e atitudes paranoicas, como
por exemplo, ilusões de perseguição. Para ficar livre dessa angústia, compensa
com nova dose. E, a cada dose, o usuário vai se tornando mais e mais dependente.
Quando o crack é dissolvido pode ser injetado e seus efeitos são tão rápidos quanto os fumados.
PORQUE FOI SE EXPANDINDO?
Em 1970, para conseguirem o pó de cocaína, os
usuários dependiam do sem plantio, do beneficiamento das folhas e do
refinamento. Isto fazia da cocaína uma droga cara, razão pela qual foi
apelidada de “droga dos ricos”. Mas, os jovens das classes médias e baixas dos
Estados Unidos também queriam fazer uso dela. Por isso, em 1980, os jovens de
lá, passaram a utilizar a pasta que era pouco utilizada ou, normalmente, jogada
fora. Dessa forma, a droga fica mais barata e acessível a todas as camadas
sociais. Daí, tornar-se popular e a rápida expansão de seu uso.
OS EFEITOS
Os efeitos do crack são os mesmos da cocaína.
Porém, mais intensos. Como o estado de euforia é curto, os usuários costumam
tomar outras doses antes que entrem na fase depressiva, e neste caso, a cada
dose, os efeitos ficam mais intensos ainda. Isto provoca irritabilidade,
agitação e a paranoia. As doses sucessivas podem resultar numa psicose paranoica,
levando o sujeito a perder o senso de realidade ter as alucinações.
Se o uso do crack em doses sucessivas e concomitantes com o uso de anfetaminas,
da cocaína pura ou da ingestão de bebidas alcoólicas, a alta podem produzir o
“bug da cocaína”, um formigamento sob a pele e que faz com que o usuário
acredite que seu corpo está sendo invadido por parasitas (parasitose
delirante).
Essas ilusões podem ser seguidas de febre alta, abstinência do
álcool e alucinações visuais de outros tipos, geralmente, aterradoras. Quando
isso acontece, as pessoas se ferem propositalmente causando feridas cutâneas.
Durante os delírios podem se tornar agressivas e cometer furtos e outros
crimes.
fontes:
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