Já
afirmamos, por diversas vezes, que a adolescência é um período complicado. Um
período de transformações internas lentas, sensíveis e progressivas e de
atividades intensas. A soma de tudo isto mexe com as emoções, com a mente, com
a vida e o comportamento desses jovens.
Felizmente,
a maioria dos jovens passa por esse período com certa tranquilidade. Mas,
alguns jovens passam a apresentar um comportamento pouco adequado para o
convívio social. Não se trata só do uso de drogas ou dos transtornos
anteriormente descritos. Algo mais sério que eles: os “distúrbios mentais”.
Não.
Também não se trata de deficiência, mas de uma doença que atinge a mente dos
jovens, fazendo com que passem a apresentar comportamos estranhos. Ás vezes,
maquiavélicos.
Cabe
aqui, um esclarecimento e uma diferenciação entre distúrbio mental e
deficiência mental.
Uma
pessoa pode nascer com um funcionamento cerebral lento, dificuldade em memorizar e de compreender as coisas e situações. Ou adquiri-la mais tarde por meio de um acidente
traumático. A isto chamamos de “deficiência”. A deficiência é, portanto, uma
condição ou estado do sujeito.
Durante séculos, os “deficientes”
foram tratados como “doentes mentais”. Ao longo do tempo, foram mortos, presos
e torturados por causa dessa confusão. Portanto, estava mais que na hora de
desfazer esse engano de termos. E a partir do ano de 2000, passou a ser
chamada de “deficiência intelectual ou cognitiva”. Mas, muitos profissionais e
leigos ainda se valem do nome antigo.
Nos distúrbios
mentais, as pessoas nascem com o cérebro com um funcionamento normal. Não
há lesões ou qualquer outro impedimento que afete a memorização ou a
compreensão. Essas pessoas passam pela infância e pela puberdade sem maiores
problemas, mas aparecem na adolescência de forma gradual e que pode ser notada
pelos pensamentos e comportamentos. Algumas pessoas podem apresentar essa
doença ainda na infância, mas não são tão comuns. Trata-se, portanto, de uma DOENÇA
e não de um estado ou condição do sujeito. Uma doença que atinge a mente das
pessoas.
O QUE É A MENTE?
Poderia buscar uma definição de
mente num dicionário ou livro de um autor famoso. Poderia usar palavras bonitas
e difíceis para descrevê-la. No entanto, seria de difícil compreensão.
Portanto, descrevo-a como eu a entendo, mas baseada em tudo o que li e aprendi
nos livros, nas aulas e vivenciei e vivencio.
A mente é o quem nos faz tomar
consciência de quem somos, do que pensamos e do que sentimos e do como e do por
que agirmos de determinada maneira. Nos faz reconhecer as outras pessoas como
seres individuais e diferentes de nós e compreender seu modo de ser, sentir,
pensar e agir. Ela também nos faz classificar as coisas, situações e fatos que
aconteceram num passado próximo ou distante, do está acontecendo agora e nos dá
a visão de futuro, nos fazendo planejar e organizar o que irá acontecer. A mente
é quem nos mantém interessados por alguma coisa, provoca nossos desejos e
vontades, cria necessidades e nos dá forças para vencê-las apesar dos
obstáculos que aparecem durante essa busca. E é ela quem nos faz progredir,
melhorar e vencer as dificuldades.
Em resumo, a mente é quem nos faz
distinguir entre a ilusão e a realidade. Ela está em nós, mas não em um lugar
específico do nosso corpo ou do nosso cérebro. A mente é um organismo vivo,
porém, subjetivo. Ela envolve nosso cérebro, porque ela é o resultado de todo o
conjunto de funções cerebrais chamadas “funções superiores”. Essas funções
envolvem a nossa memória, a nossa inteligência, a razão, a linguagem, a
imaginação, as intuições, as emoções, os sentimentos, os sonhos e a noção de
tempo e espaço. A mente é, portanto, a nossa essência.
Quando a doença mental se instala, tudo fica confuso e tudo se perde. O que era real é visto como ilusão. E o que
era ilusão é visto e sentido como realidade.
Na doença mental, dizemos que a
consciência se parte. Quebra ou se estilhaça, conforme a gravidade dessa doença.
E quando isso acontece, a pessoa perde o senso de realidade. Age mais de acordo
com seus instintos do que de maneira consciente. Uma mente doente produz
pensamentos contraditórios, ritualistas que, muitas vezes, se transformam em
comportamentos desajustados, premeditados e diabólicos. Em certos casos, podem
colocar em risco a vida de outras pessoas.
Uma mente doente pode
apresentar-se nas seguintes graus: leve
(como nas neuroses), moderado (como
nas psicoses) e grave ou severo (como na esquizofrenia). É preciso dizer que, cada grau apresenta-se com níveis semelhantes: leves, moderados e severos.
Descreveremos cada grau e as doenças que contém esses graus nas próximas postagens. Conhecer nunca é demais.
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