Na
postagem anterior, vimos que introvertidos e extrovertidos ficam sujeitos a
ação de funções psicológicas como as de pensamento, sentimento, sensação e intuição.
Jung
observou ainda que uma dessas funções ficam mais evidentes (prevalecem) mais
que as outras. Sendo assim, chamou-a de “função
dominante” ou “principal”, porque
e ela quem exerce maior influência sobre a personalidade dos indivíduos.
Enquanto isso, as outras não desaparecem. Apenas se desenvolvem com menor
intensidade, como se fossem auxiliares desta, foram chamadas de “funções secundárias”. A última,
denominada por Jung de “função terciária”
ou “inferior”, geralmente em oposição
a função dominante, permanece no inconsciente sem que se desenvolvam.
Um
sujeito introvertido ou extrovertido, por exemplo, poderá ter suas atitudes voltadas
para o sentimento (função principal), tendo a sensação e a intuição como
funções auxiliares e a função pensamento (inferior) não desenvolvido.
Isto
parece complicado, mas não é tanto assim. Vejamos:
A
função dominante é sempre inata ao sujeito, ou seja, já vem estabelecida no
momento do nascimento e, com o decorrer do tempo, ela vai se mostrando mais
evidente ou, frequentemente utilizada por ele. Por isso, dizemos que é a mais
marca do sujeito.
Observando
as pessoas, podemos verificar que umas pensam mais antes de agir, outras são
mais impulsivas, outras que são dadas a seguir o “coração” (sentimento) ou as suas
intuições. Por outro lado, existem aquelas que preferem viver ao ar livre ou
escolhem profissões em que usem mais os sentidos (sensações). Para Jung, a
função dominante ajuda os sujeitos na luta pela própria existência e adaptação
ao meio.
Já
as funções secundárias é para Jung, uma função diferenciadora e, por isso
mesmo, possuem um desenvolvimento menor. Mas, são importantes porque são elas
que mantém o equilíbrio entre a introversão e a extroversão. Por isso mesmo, há
introvertidos que conseguem falar em público ou escolhem profissões em que conseguem
expor seus pensamentos, como por exemplo: cantores e atores.
Como
vimos, a função terciária tem um desenvolvimento bastante rudimentar. Ela
também é importante porque estabelece o equilíbrio entre o consciente e o inconsciente
já que é oposta a função dominante.
Se
tivesse algum desenvolvimento, a carga energética dispendida faria com que a
pessoa entrasse em choque com o tipo dominante. Assim, por exemplo, o sujeito
estaria constantemente em dúvida em ter autonomia ou dependência. Isto causaria
personalidades patológicas e colocaria em risco a sanidade mental.
É
preciso citar que não existem sujeitos de um tipo psicológico único ou puro. Todos
os seres humanos são uma mescla destes tipos, onde inúmeras combinações são possíveis.
Fonte:
JUNG,
C.G. Tipos Psicológicos. RJ, Editora Vezes, 1971
SILVEIRA,
Nise da. Jung, vida e obra. RJ, Ed. Paz e Terra, 1998
STEIN,
Murray. Jung: o mapa da alma – uma introdução, SP, Cultrix, 1998
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