Como
seres humanos, somos o resultado da genética, das nossas aprendizagens e das
nossas emoções. Tudo preparado na infância, construído na adolescência e
consolidado na juventude, formando o que chamamos de personalidade.
Não
somos perfeitos. Temos qualidades e defeitos, mostramos uma parte do que somos
e escondemos outras. E é no equilíbrio entre nossos defeitos e qualidades que
mostramos nosso jeito de ser através dos nossos comportamentos.
Assim,
podemos explodir veementemente com alguém em casa ou no trabalho. Podemos
reclamar, ter medo, tentar evitar as doenças e tomar um série de medicamentos
por conta própria. Temos manias, fazemos coisas sistemáticas ou metódicas. Cismamos
com alguém ou com alguma coisa e ficamos desconfiados. Choramos quando um filme
ou uma situação nos emociona e, até mesmo, dramatizamos algumas situações.
Uma
personalidade sadia é aquela em compreendemos que temos altos e baixos, que
somos bons, mas que o mal coexiste nessa bondade. É assim que somos, que vemos
os outros e o mundo. Compreendemos que esse é o nosso jeito de ser e nos
sentimos bem em ser como somos. Não há sofrimento, nem fazemos os outros
sofrerem. E se dizem que há algo errado, podemos melhorar nossos comportamentos
através do controle.
Mas,
existem pessoas que persistem num ou num conjunto de comportamentos. Há pessoas
que persistem na explosividade, na dramaticidade, na emotividade, nas cismas, nas
manias, na sistemática e na metódica. Mas, sentem-se incomodadas com isso e
incomodam os outros. Sofrem com esse incomodo e, as pessoas à sua volta sofrem
também. Evidentemente, a convivência com essas pessoas é muito difícil.
Sofrem
porque não desejam “ser” assim, mas “estão” assim, porque a personalidade adoeceu.
E esse adoecer modifica o funcionamento do sujeito afetando todos os aspectos
de sua vida (família, escola, trabalho, social).
Quando
e porque ninguém sabe ao certo. O que se tem notícia é que fatores genéticos, biológico,
psicológicos e ambientais interferem nesse adoecer. Como fator genético, certos
sujeitos nascem com uma predisposição para esse adoecimento. Como fator
biológico, estão as infecções cerebrais e os traumatismos cranianos colaboram
para as mudanças no comportamento. Como fator psicológico, encontram-se o ego
frágil e os transtornos emocionais que falam bem de perto ao modo de perceber e
sentir. Já para o ambiental, a dependência química em todas as suas formas.
Quanto
as mudanças no comportamento, são estranhos, incômodos, persistentes,
extremados e dolorosos, presentes em várias situações pessoais e sociais do
cotidiano. Comportamentos esses que constituem um padrão entranhado na pessoa
que o fazem perceber, pensar, sentir e se relacionar de um modo diferente consigo
mesmo, com os outros e com o mundo. Essa alteração de comportamento podem ser
leves, moderadas e graves.
Portanto,
a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o CID 10 decidiu nomear essas alterações
comportamentais como “TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE”.
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