Antes
de continuarmos falando sobre a homossexualidade, precisamos entender alguns
pontos importantes.
A
Igreja Católica Romana possui como partes essenciais de sua doutrina a “Palavra”
e “os sacramentos”. A “Palavra” refere-se aos ensinamentos do Evangelho. Já os
sacramentos são rituais que visam manter e fortificar a fé dos fiéis. Por meio
desses rituais os fiéis recebem as “graças divinas”. O batismo, a confissão, a
comunhão, a penitência, a extrema-unção, a ordem e o matrimônio são sacramentos
e foram instituídos por Jesus Cristo como “sinais ou gestos da bondade divina”.
Segundo a Igreja Católica Romana, os sacramentos são necessários para a
“salvação” dos fiéis e para que alguns momentos da vida cristã receba um ar de
sacralidade.
Se
o matrimônio é um sacramento, o comportamento sexual é quase isso. Para a
Igreja Católica Romana, a bênção recebida na cerimônia de casamento o torna
“sagrado” para sempre. Os sacramentos são dados uma única vez para cada pessoa,
com exceção da confissão e da penitência. Um sacramento recebido vale para a
vida inteira, daí o sacerdote dizer a célebre frase “até que a morte os
separe”, quando o casamento termina. Já o comportamento sexual entre o homem e
a mulher é “tolerado” por servir à procriação. Portanto, tudo o que for
diferente disto, não é sagrado. E se não é sagrado é visto como pecado.
Para
essa Igreja, um segundo casamento, aborto não naturais, sexo antes do casamento
e atos sexuais entre pessoas do mesmo sexo são “pecados graves”, pois
contrariam a ideia de sacralidade do casamento e dos sacramentos.
A
homossexualidade é vista como antinatural e acreditam ser incompatíveis com as
leis da natureza. Afirmam que um homossexual não vem da complementaridade
afetiva e sexual genuinamente concedida pela graça divina durante a benção do
casamento. O mesmo acontece com outras formas em que a sexualidade se faz
presente: sodomia, contracepção, pornografia e masturbação. Portanto, quem age
destas formas estão em pecado.
A
Doutrina Católica Apostólica Romana esclarece que estar atraído ou sentir
desejo homossexual não é pecado por si só porque é um ato involuntário. O
pecado passa a existir quando a pessoa se deixa levar por eles e, consciente e
voluntariamente, pratica e se deleita de prazeres com o ato sexual com pessoas
do mesmo sexo. É pecado também ter fantasias a esse respeito.
Aos
homossexuais a igreja Católica aconselha castidade, ou seja, abster-se da
pratica sexual motivados pelo autodomínio, força de vontade, pela oração e
pelos sacramentos já recebidos. Acreditam que com estas práticas, pouco a
pouco, chegarão a uma “perfeição cristã”.
No
entanto em seus pronunciamentos ao mundo, o Papa João Paulo II, afirmou e
reafirmou a “Carta Homosexualitatis”
como a opinião
da Igreja sobre os homossexuais. A carta diz que o problema do homossexualismo é o
comportamento ruim e desordenado. Portanto, um problema moral que deve ser
combatido. Mas reprova a violência,
o preconceito e a discriminação contra os homossexuais e incentiva e aconselha
os fiéis fazerem o exercício do perdão, ou seja, acolherem essas pessoas com
delicadeza, respeito e compaixão.
Apesar
desse discurso bonito, cheio de boa vontade e com ares de modernidade, em 3 de
junho de 2003, a Santa Sé emite um documento proibindo que sejam feitas as
uniões matrimoniais entre pessoas do mesmo sexo sob a alegação de ser
antinatural, de ser falta de respeito á dignidade humana, inadequada á dimensão
conjugal que representa a forma humana e ordenada das relações sexuais, que não
servem para a procuração e que falta a esses parceiros a experiência da
maternidade ou da paternidade. O documento fala também do “perigo” que as
crianças correm ao serem inseridas em um ambiente homossexual. Adotar e criar
uma criança, seria uma “violência” ao seu pleno desenvolvimento humano, visto
que poderia ser influenciada a tornar-se homossexual também, já que ainda é um
ser indefeso e imaturo. O documento foi debatido e recebeu muitas críticas pelo
mundo a fora, inclusive de muitos padres, bispos e cardeais.
Desde
agosto de 2005, a Igreja Católica proíbe que homossexuais (com “tendências
enraizadas” ou que “apoiem a cultura gay”) sejam seminaristas e se tornem
padres por um documento assinado pelo Papa Bento
XVI.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
MEUS QUERIDOS
Fiquei muito feliz com sua visita a este espaço que também é seu. para que ele fique melhor e mais do seu agrado, deixe por favor, um comentario, um recadinho ou uma sugestão.
OBRIGADA