Jacques
Lacan é um psicanalista francês, que viveu de 1901 a 1981, portanto, mais do
nosso tempo. Na juventude, foi discípulo de Sigmund Freud, mas atreveu-se a
discordar das ideias do mestre com relação à homossexualidade que era muito repressiva
e voltada para a moral e os “bons” costumes.
Segundo
os críticos e estudiosos do trabalho, obras e pronunciamentos de Lacan afirmam
que no começo da carreira, Lacan também se referia a homossexualidade como uma “perversão”.
Mas, justificava que não via nada de patológico ao usar o termo. Usava o termo porque
contrariava os costumes da época. E como tal, poderia ser corrigida.
Para as
ciências nada é definitivo. O que parece certeza hoje, pode ser mudado amanhã
ou no mês, ano ou década seguintes. Basta que se descubra um fato novo. E foi o
que aconteceu.
Nos anos
de 1960 a 1980, a humanidade vivia anos de inúmeras e intensas transformações
sociais. E dentre elas a do erotismo humano. Enquanto isso, nas universidades
norte americanas surge um movimento pró-gays e lésbicas e textos de trabalhos
acadêmicos sobre a homossexualidade e que abriam longas discussões sobre os
termos “heterossexual”, “homossexual” e outros, pois não eram apenas resumos
das ideias e confrontamentos das ideias dos grandes psiquiatras e psicólogos da
época, mas relatos de experiências vividas por gays e lésbicas. Trabalhos de
qualidade que colocavam em dúvida os antigos comportamentos, traziam ideias
novas sobre a sexualidade e sugestões para um tratamento mais natural e de
respeito sobre o assunto. Textos que, a partir de 1980, se tornariam conhecidos
no mundo todo e por causa deles se desencadearam muitos movimentos sociais.
Lacan pensava
muito e dedicava longo tempo de estudos sobre essas transformações. Via nas
condutas humanas inúmeras variações: algumas condutas eram deixadas para trás e
substituídas por outras. As pessoas passaram a escolher o que era melhor para
elas: manter um comportamento rígido a séculos ou mudá-los para outro mais
moderno, mais livre e menos criterioso. E isto nada tinha a ver com doença ou
perversão.
Lacan leu
os trabalhos universitários e se pôs a pensar: se os comportamentos humanos são
baseados em escolhas, a sexualidade humana também seria assim. E pensando dessa
maneira, pronunciou num evento científico que, a razão principal e única causa
da homossexualidade seria a da “escolha” pessoal.
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