Vivemos num mundo diferente do que
era até bem pouco tempo atrás. As famílias, as regras religiosas, as
sociedades, a visão de mundo e as formas de comunicação tem mudado para se
adequar aos novos tempos. As mudanças foram rápidas devido ás novas
tecnologias. Hoje temos acesso fácil e amplo à Internet por meio de tábletes,
celulares ou do computador. e uma notícia, que levava muito tempo para chegar
ao destinatário, hoje a temos em tempo real. O mundo tem ficado mais
tecnológico, mais rápido e prático.
A única instituição que não mudou
suas práticas foi a escola. Mesmo com modificações de métodos, sistemas
apostilados de ensino, adoção de alguns equipamentos eletrônicos, educação
inclusiva que lhe dá um certo ar de modernidade, bem lá no fundo, continua a
mesma do passado, com aulas expositivas, avaliação por meio de provas e acreditando
que os aprendizes são meros receptores e reprodutores do pensamento alheio.
A Constituição Federal Brasileira
(artigo 205, caput) afirma que a educação se deve desenvolver o aprendiz
plenamente, preparando-o para exercer seus direitos de cidadão e qualificá-lo
para o mundo do trabalho. Será que a escola está cumprindo o seu papel? Se
está, para que mundo os jovens estão sendo preparados? Para o passado ou para o
futuro?
Sem dúvida alguma, a escola é a
instituição educativa e social mais apta para completar a educação familiar.
Sua ação é de formar e informar os conhecimentos conquistados pela humanidade,
já que seria uma tarefa impossível abranger todos esses conhecimentos na
educação familiar. Mas a escola, mesmo com ares de modernidade está longe de
ser a escola deste novo século, porque está presa ao passado em sua prática.
Por isso, precisa reformular de uma reformulação geral tanto dentro como fora
da sala de aula.
E quem pensar que estou inventando
esta novidade, engana-se. Esta ideia tem raízes antigas que datam dos final dos
anos de 1970, surgida nos EUA, e amplamente divulgada no trabalho de Carl
Rogers. Este estudioso e autor de vários livros e dentre eles, um mais
específico denominado “APRENDENDO A APRENDER”, pregava o protagonismo dos
aprendizes.
Mais recentemente, Rudá Riccdi,
Antônio C. G. da Costa, a filósofa Viviane Mosé e outros nomes da atualidade, concordam
que a escola precisa construir um novo modelo educativo. Um modelo com uma
visão mais humanista e mais global dos aprendizes, eles propõem um modelo educativo
em que os alunos sejam, verdadeiramente, os construtores do seu conhecimento.
E o que vem a ser “protagonista ou
construtores do próprio conhecimento? Na escola como foi no passado (e ainda é
hoje) o professor é o detentor do conhecimento, ou seja, quem sabe é o
professor. E por saber, a tarefa do professor é a de transmitir esses
conhecimentos aos aprendizes.
No protagonismo do aprendiz é
exatamente o contrário. O professor lança um tema aos alunos, os alunos
pesquisam individualmente ou em grupos em livros ou na internet (celulares,
tabletes ou computador da escola ou de casa), discutem e tiram suas conclusões,
fazem um trabalho escrito, apresentam para a turma e são avaliados pelo
professor e pelos colegas por critérios pré-estabelecidos como por exemplo:
interesse, participação, assiduidade, do interesse pelo assunto, pelo teor do
trabalho, da apresentação e da pontualidade da entrega. E isto deve acontecer
com todas as disciplinas. Em outras palavras, o aprendiz torna-se responsável
por sua aprendizagem.
Mas para que isto seja possível é
preciso que também haja uma reestruturação igualmente fora da sala de aula. É
preciso que a escola fornecer espaços físicos (criando laboratórios e
bibliotecas bem equipados, videotecas e computadores com acesso à internet,
espaços esportivos para várias modalidades, para a iniciação política (como
grêmios e associações estudantis) e oficinas de Artes para que os jovens
aprendizes possam desenvolver seus talentos e que possam ter boas experiências.
Porém, somente a criação desses
espaços físicos de nada resolve. É preciso que a direção e seus assessores, o
corpo docente e a comunidade estejam engajados nessa proposta. Ou seja, todos
falarem mesma linguagem e desejarem a mesma coisa. Seria, portanto, a “Escola
Padrão FIFA”, tão desejado por todos os brasileiros.
É preciso também que este novo modelo
seja aceito pela comunidade. E se todos desejam que a escola brasileira tenha
um alto padrão educativo, não será difícil convencê-la. Além disso, o
protagonismo do aprendiz é muito usado em países em que o sistema educativo é
de alto padrão, como por exemplo, na Coréia do Sul, Portugal e Finlândia.
Então o professor não exercerá mais a sua
função? Responderemos a esta questão na próxima postagem.
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