A escola ocupa um lugar fundamental na vida dos estudantes.
Mas também é um momento crucial na vida deles, porque a transição não é tão fácil
quanto se imagina. Não é fácil porque tem seu ápice nos papéis da vida e do
mundo dos adultos.
Para a sociedade, essa passagem significa uma mudança nos
comportamentos que cada indivíduo deve assumir enquanto adulto, para manter ou
mudar sua situação na estratificação social. Mas, as mudanças no comportamento
são as que trazem mais dificuldades para os jovens. Agir como adultos, numa fase
complexa como a adolescência, parece ser algo impossível para eles. E
compreender as responsabilidades que envolvem tudo isto ganha, para muitos, um
aspecto aterrorizante.
O processo de transição da escola vem mudando a partir de meados do
século passado. Essas mudanças foram se tornando cada vez mais significativas
com o crescimento econômico do pós-guerra. Não só no que diz respeito à
legislação trabalhista de cada país, mas principalmente, no mercado de
trabalho.
Antigamente, bastava que os indivíduos
soubessem cumprir uma determinada função (conhecimento técnico-operacional). Mas nas últimas décadas o mercado vem exigindo, cada vez
mais, que os trabalhadores se atualizem constantemente, sejam mais flexíveis e
adaptáveis diante das novas demandas do trabalho. Além
disso, o profissional tem que ter personalidade firme e colocá-la a disposição do
trabalho que executa e da empresa.
Essas novas exigências aumentou a inquietação e a
fragilidade dos jovens, enfrentadas no mercado de trabalho. Normalmente no primeiro
emprego, o jovem não sabe o que deve fazer ou como agir dentro da empresa. Mas
se o jovem não tiver boa qualificação a situação se agrava.
A competição pelo emprego é sempre uma desvantagem para os
jovens. A falta de experiência, pouca ou nenhuma qualificação específica para
determinados tipos de trabalho, dificulta e aumenta o desemprego. Fato que tem
virado um problema social.
Por isso, o período de transição da escola para o trabalho
está cada vez mais longo e mais diferenciado. Sair da escola ao final do Ensino
Médio no Brasil, ou o equivalente em outros países, não é garantia de ingresso
no mercado de trabalho. É melhor do que aquele que pára no Ensino Fundamental
(no Brasil) ou do Ensino Básico (em outros países), mas não garante a conquista
de um emprego. Estes cursos são, apenas, o início de uma longa caminhada a ser
percorrida.
Estes cursos apenas mostram o mundo das áreas que os jovens
poderão atuar e onde os conhecimentos são gerais e básicos. Por isto, estudamos
várias disciplinas, como a língua pátria e as línguas estrangeiras na área da Ciência
Comunicação; a matemática e a física, na área das Ciências Exatas; a biologia e
ciências na área das Ciências Físicas e Biológicas; a história e a Geografia na
área das Ciências Sociais e assim por diante.
É por meio desse contato que os estudantes vão sentindo e
percebendo suas facilidades e dificuldades nas diferentes áreas do conhecimento
humano e de atuação no mercado. Há quem prefira as Ciências Exatas, outros se
dão melhor com a Comunicação, ou a área das Ciências Sociais ou, ainda, tenham
predileção pela área das Ciências Biológicas.
E cada uma dessas áreas tem suas subdivisões e cada uma
dessas subdivisões possuem um mundo a ser descortinado e descoberto. Como por
exemplo, na área da biologia encontramos a Medicina, Enfermagem, Zoologia,
Botânica, Biologia Marinha, o Magistério etc. E dentro de cada uma, as
especializações. Identificar-se com o ramo ou a especialização de cada área
depende do que costumamos chamar de “VOCAÇÃO”, que nada mais é do que uma
escolha pessoal.
Mas, em falando de vocação, há quem queira seguir outros
campos de ingresso no mercado de trabalho, como a mecânica, o comércio, a
marcenaria, a serralheria, a culinária, o vestuário etc. E mesmo aí, se não
houver uma especialização, também não conseguirá o emprego desejado. E a
maioria destas profissões necessita de cursos técnicos.
Mas a escola também prepara alguns comportamentos para o mercado de trabalho. Alguns ainda são comportamentos
arcaicos, como por exemplo, o sinal tão usado nas escolas para a entrada, a
saída e a troca de aulas. Arcaico porque eram muito usados nas fábricas do
início do século passado.
Mas,
outros comportamentos trabalhados pela escola são importantes e bem vistos nos
dias atuais. São as tarefas e trabalhos com prazo de entrega. Estes trabalhos e
tarefas ensinam a responsabilidade e a pontualidade, coisa muito exigida em
qualquer emprego.
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