Inglaterra, século XVIII, dá-se a “REVOLUÇÃO
INDUSTRIAL”. Estudiosos, baseados no desenvolvimento das máquinas, afirmam que
essa revolução se deu em três etapas. A primeira aconteceu da seguinte maneira:
Naquela época, as pessoas tinham o seu ganha pão no
trabalho manual, fosse ele agrícola, pecuário ou no artesanato. Ganhar mais ou ganhar
menos dependia exclusivamente da disposição e do interesse de cada um. E quanto
mais trabalhassem, mais ganhariam e vice-versa. Era, portanto, um trabalho
livre. Mas a necessidade de levar esses produtos (muitos deles perecíveis) para
lugares mais distantes e abastecer esse mercado precisava ser cada vez mais
rápido. Essa necessidade fez com que se desenvolvessem os motores a vapor,
tanto para a produção ser maior, quanto para fazê-la chegar ao seu destino. E
esses motores mudaram o rumo da história.
As máquinas movidas a vapor ajudavam os
trabalhadores a produzir mais e com menos esforço físico. E isso era o que todo
mundo queria. Mas, nem todos os trabalhadores tinham condições financeiras para
comprar as tais máquinas. A solução era emprestar de alguém que as possuísse. No
entanto, o proprietário cobrava pelo empréstimo, e não era barato. E enquanto o
produtor ficava com pouco lucro, os proprietários das máquinas enriqueciam cada
vez mais.
A sociedade se divide em duas classes: a classe dos
patrões, que tinham as máquinas e as melhores condições de trabalho; e a classe
dos “operários”, que apenas operavam as máquinas. E foi assim que surgiram as
primeiras indústrias. Por isso, muitos trabalhadores deixaram de trabalhar por
conta própria e para trabalharem nas indústrias.
A segunda etapa, ocorre no final do século XIX, com
a descoberta da eletricidade e sua aplicação sobre os motores que deixavam de
ser a vapor para se tornarem motores elétricos ou de explosão, garantindo maior
produtividade e mais rapidez na produção. Mesmo com a novidade e a troca das
máquinas que ficavam obsoletas, os patrões continuavam ricos e os operários
continuavam pobres do mesmo jeito.
A relação entre patrões e empregados nunca foi
tranquila e pacífica. Os trabalhadores sempre se sentiram explorados e sempre
lutaram para melhores condições de trabalho e de vida. Sempre acharam que
trabalhavam muito e ganhavam pouco porque tinham hora para entrar no serviço,
mas não tinham hora para terminar o expediente. E sempre fizeram greves para
reivindicar melhores salários. No entanto, nunca tiveram um apoio legal, embora
também lutassem por isso.
A I Guerra Mundial (1910 a 1914) trouxe um certo
desenvolvimento. As indústrias de armamentos, de víveres e de remédios decolam
em suas produções. Como os homens estavam lutando, os operários passam a ser
mulheres. Eram mães, esposas, filhas e namoradas dos soldados que partiram em
defesa dos ideais de liberdade. E elas trabalharam duro, sem horário de termino
de sua jornada. Mostraram que eram valentes, responsáveis e capazes de produzir
tanto quanto os homens.
Passada a guerra, as mulheres e homens voltaram ao
trabalho. Mas, elas sempre ganhavam menos que eles. Em 1918, nos Estados
Unidos, um incêndio numa fábrica matou muitas operárias. Só então, empresários
e governos começaram a pensar em uma legislação trabalhista e de segurança no
trabalho.
A terceira etapa ocorre após a II Guerra Mundial. Todas
as guerras sempre abalam o mundo. Mas, esta em especial, trouxe um
desenvolvimento de forma inigualável. Nunca houve um desenvolvimento tão grande
das máquinas como nessa época. Em 5 anos de guerra, o mundo produziu conhecimentos
numa velocidade jamais ocorrida em toda a história da humanidade. E as
indústrias investiram pesado nesses conhecimentos e na sua aplicação prática.
A princípio, porque os soldados necessitavam de uniformes, apetrechos de sobrevivência (cantis, cintos, sapatos, remédios, alimentos, etc) e armas leves e pesadas (canhões, aviões, lança-chamas, bazucas, misseis etc) e munições de todos os tipos e tamanhos. Novas indústrias foram montadas especialmente para suprir as necessidades de guerra. Depois, E a população que permanecia também precisava sobreviver.
Durante a guerra, mulheres e idosos voltam ao
trabalho nas indústrias. Dão duro e trabalharam muitas horas a mais do que
deveriam porque, afinal, era preciso. Quando
ela terminou havia destruição por todos os lados. Muita gente morreu e inúmeros
voltavam mutilados. Era urgente a reconstrução de cidades inteiras em quase
toda a Europa, mas os países estavam sem recursos por investimentos e dependiam
de cada membro de sua população e da ajuda dos países aliados.
As indústrias e seus empresários estão mais ricos
do que quando a guerra começou. Por outro lado, os países e suas populações
estavam mais pobres que nunca. Mas ainda assim, patrões e operários dependiam
um do outro. As indústrias precisavam da produção cada vez mais e os operários,
precisavam garantir sua sobrevivência. Foi um tempo muito difícil.
Continua na próxima postagem
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