Ao final do Ensino Médio, muitos jovens ficam
ansiosos prestar o vestibular e entrar para uma das tantas Universidades e
Faculdades existentes. É uma época difícil na vida desses jovens, porque
deverão escolher o rumo de suas vidas, ou seja, a escolha de sua futura
profissão.
Antigamente, essa escolha eram os pais quem
decidiam a profissão dos filhos. Era como se fosse algo herdado, uma
continuidade de um negócio ou de uma carreira familiar que durava por gerações.
Se o pai fosse médico ou advogado os filhos também seriam. O mesmo acontecia
fosse um negociante ou lavrador. Não importava se o filho queria optar por
outro segmento profissional. Era assim e pronto. Sem dúvidas e incertezas.
Ainda bem que hoje em dia já não é mais assim. Uma
boa parte dos jovens que estão terminando o Ensino Médio já sabem o que querem
ser na vida. Mas isto não acontece com todos os jovens. Outra parte nem se
decidiu sobre o que pretende fazer profissionalmente. Uma parte menor estão
indecisos entre duas ou três profissões e não conseguem se decidir por uma. Mas
não podemos criticá-los. Escolher uma carreira profissional aos 17 ou 18 anos
de idade, não é uma tarefa fácil. E nas
últimas décadas tem ficado mais difícil ainda.
Essa indecisão se deve a alguns fatores
importantes: a questão econômica, a área de interesse, aceitação social e o
mercado de trabalho.
A questão econômica é a que mais traz dúvida se
incertezas aos jovens. Muitos querem ajudar suas famílias e, por isso mesmo,
ficam em dúvida sobre a profissão que lhes traga um retorno financeiro mais
rápido.
O segundo item é a área de interesse. Um jovem pode
ter interesse em música ou artes, mas por problemas de ordem financeira podem
optar por construir uma profissão que lhe traga o retorno esperado, mas que não
lhe traz o prazer desejado.
A escolha profissional pretendida tem que ser
aceita pela sociedade. Ou seja, o jovem deve escolher uma profissão que agrade
a si mesmo, a família, seu círculo de amigos e a sociedade em geral. Isto
significa, que a profissão pela qual se decidiu deve lhe trazer algum status
social.
Muitas vezes, a profissão escolhida está com o
mercado de trabalho saturado de profissionais. Arranjar um emprego nessa área
fica cada vez mais difícil por causa da concorrência. Dessa forma, se o ramo
escolhido estiver saturado ele precisará lutar muito para obter o retorno
rápido que deseja.
E é, por causa desses fatores, que os jovens ficam
ansiosos, indecisos e angustiados. Por outro lado, também enfrentam alguns
preconceitos da sociedade e do mercado de trabalho. Uma delas é o renome da
Faculdade ou da Universidade que pretende se escrever. Quem estuda na USP
(Universidade de São Paulo), na Unicamp (Universidade de Campinas),
Universidade Mackenzie), por exemplo, é admirado por todos. No entanto, aqueles
que cursam em faculdades menos conhecidas são vistos com desconfiança quanto a
sua capacidade. E isto não tem nada a ver, pois quem faz a capacidade é o aluno
e não a faculdade.
Supondo que um aluno entre na USP e não entregue os
trabalhos pedidos, que lê com atraso os textos pedidos e outro aluno que curse
uma Universidade desconhecida, mas entrega tudo no prazo, que estude dia e
noite e saiba mais que o aluno da USP, responda: qual deles será o mais capaz
de desempenhar melhor a profissão? Mas infelizmente, não é assim que funciona.
O nome das Universidades ainda possui grande peso. Por outro lado, as profissões mais admiradas pela
sociedade são aquelas que ela julga serem mais “difíceis”, como Medicina e
Direito, por exemplo.
Além da ansiedade, tem também a dúvida. E se
perguntam: Dará certo? É isso mesmo o
que quero fazer na vida? E se não der certo? E se eu não gostar de tal
profissão, terei de aguentá-la para sempre.
É preciso que se diga a esses jovens que nada é
definitivo nesta vida. Dar certo ou não depende do esforço e do empenho de cada
um. Que nesta idade, as dúvidas são constantes para todo mundo. E se pensar
numa carreira e durante o curso superior não gostar, pode mudar de curso numa
boa. E mesmo depois de formado, também pode mudar de profissão dentro da área
escolhida ou escolher uma outra profissão totalmente diferente. Ele ou ela não
será a primeira nem a última pessoa a fazer essas mudanças. Explicando dessa
forma, os jovens se sentirão mais compreendidos e menos ansiosos.
No entanto, a sociedade e principalmente os
parentes mais próximos (pais, tios avós) cobram muito. E em vez de cobrar,
devem apoiar as escolhas e as decisões dos jovens.
Ficamos por aqui. Até a próxima postagem.
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