OBJETIVO DO BLOG

Este blog tem por objetivo orientar os pais que possuem filhos entrando ou vivenciando a adolescência. De orientar também os professores que lidam com eles diariamente,para que possam compreender suas dificuldades e ajudá-los ainda mais, pois, esta é uma fase complicada na vida dos jovens e, muitos pais e professores não sabem como agir diante de certas atitudes desses jovens. Pais e professores encontrarão aqui informações de médicos, psicólogos e teóricos sobre a educação dos adolescentes.

domingo, 15 de outubro de 2017

AUTOMUTILAÇÃO 2


CAUSAS DA AUTOMUTILAÇÃO



As causas da automutilação são variadas. Há causas familiares, sociais e de comportamento e as causas clínicas.

A rejeição e/ou o abandono, a simbiose (quando os pais fazem dos filhos uma extensão de si mesmos, a superproteção (excesso de carinhos e de atenção impedindo que os filhos ajam, pensem e expressem-se por si mesmos), os espancamentos como castigo por alguma falta, constituem as causas familiares. Já o bullying e o assédio moral e sexual, a  descoberta da sexualidade na contramão do padrão social, fazem parte das causas sociais.

A associação entre dor e prazer (crianças hospitalizadas por longo tempo), as atitudes de agressividade, injustiças, e os problemas de adaptação ao meio que causam baixa autoestima, baixa autoconfiança, inseguranças, a depressão e os sentimentos de inferioridade, de infelicidade persistentes, constituem as causas de comportamento. A esquizofrenia, o transtorno de Borderlaine, o transtorno bipolar, os alimentares e a epilepsia, constituem as causas clínicas e podem atuar ou não em conjunto com as descritas anteriormente e forçosamente ampliam o grupo de risco.
Se desde a infância essas pessoas se sentem inadaptados ao mundo (sociedade, família, grupos de amigos), se se percebem como insignificantes, incapazes e pouco produtivos e, portanto, se nada possuem de “bom” para oferecerem aos outros e o mundo para eles, aumenta o isolamento, a angústia e o sofrimento. E sentem que precisam botar para fora o que lhes está incomodando, precisam extravasar.

A IDEIA DE AUTOMUTILAÇÃO VEM DE ONDE?



Diante da necessidade de extravasamento da dor emocional, crianças e jovens adolescentes ficam a espreita de qualquer dica. Seja em conversas ou comentários entre amigos ou em sites de buscas na Internet.

A disseminação da automutilação tem sido feita pelas redes sociais. Disseminação esta que tem preocupado os especialistas como os psicólogos, psicopedagogos e psiquiatras do mundo todo. Principalmente no Brasil, onde a incidência tem aumentado consideravelmente. Alguns especialistas têm considerado essa disseminação como uma “epidemia de um castigo dado a si próprio”.

Todo mundo sabe que o acesso a Internet tem ficado cada vez mais fácil e que crianças cada vez mais cedo estão tendo acesso a essa forma de comunicação. E se por um lado essa facilidade é boa, por outro lado é também muito ruim. Por isso, é que se recomenda que os pais e professores fiquem muito atentos aos sites que as crianças e jovens entram.

Para realizar este artigo fiz uma busca no Facebook. Entrei numa porção dessas páginas e foi deprimente. E em todas as páginas, milhares de curtidas.

Encontrei uma porção de páginas que mostram fotos das feridas de pessoas que se automutilam. Há também relatos, giffs e fotos dos instrumentos que usam para essa prática, como canivetes, lâminas de barbear e, até mesmo, a lâmina dos apontadores etc.
Os administradores dessas páginas afirmam que o objetivo é a informação e o esclarecimento sobre o tema para que não aconteçam e ajudar os jovens que praticam a automutilação sem qualquer tipo de julgamento. Além do mais alegam que os usuários deste comportamento podem trocar experiências e indicam telefones de contato em grupos de “auto-ajuda” e pedem que o contato seja feito pelo Whatsap.

Ops! “AUTO-AJUDA”...  Há algo estranho por aqui, não acham?

Primeiro, se é de informação por que o contato é de “auto-ajuda” e não de profissionais sérios dos ramos da psicologia ou da psiquiatria que tratam especialmente deste problema? Por que o contato é pelo Whatsap e não diretamente no consultório do profissional? Quem dá esses conselhos? Que conselhos são dados a eles? E o que ganham com isso? Quem estará por detrás dessas páginas? Se os administradores das páginas são jovens, também serão praticantes da automutilação a procura de seus iguais nessa prática? Sem não forem, que tipo de “boa ação” é essa? Serão adultos enganando os jovens problemáticos e outros jovens também que acessam a página?


Lembram-se do caso da “baleia azul” e dos desafios entre jovens pela internet e que causaram a morte dos que aceitam esses desafios malucos que causaram a morte de muitos adeptos a este jogo? Quando postei um artigo mostrando os perigos deste jogo na minha página do Facebook, recebi algumas críticas que de algumas pessoas que estavam cansadas de ouvir falar sobre o assunto. Porém estas pessoas sabem do que acontece ou pode acontecer aos adeptos deste jogo?

Não são as novas tecnologias, a Internet ou as redes sociais que são ruins ou nocivas, mas o uso que nós (pessoas) fazemos delas. Elas são apenas instrumentos que usamos para o bem ou para o mal.

Portanto, as autoridades fazem algumas recomendações: o uso de computadores deve ser à vista de todos os familiares e os pais devem estar atentos ás páginas e sites que seus filhos entram.

PAIS, CONFIEM DESCONFIANDO.

Obs: Hoje voltei a procurar as páginas citadas no Facebook para tirar algumas dúvidas e só encontrei uma, a de uma garota de 13 anos (titular da página) que diz estar "curada a pouco tempo" que diz querer ajudar. Fica a pergunta: onde os outros foram parar?


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