CAUSAS
DA AUTOMUTILAÇÃO
As
causas da automutilação são variadas. Há causas familiares, sociais e de
comportamento e as causas clínicas.
A
rejeição e/ou o abandono, a simbiose (quando os pais fazem dos filhos uma extensão
de si mesmos, a superproteção (excesso de carinhos e de atenção impedindo que
os filhos ajam, pensem e expressem-se por si mesmos), os espancamentos como
castigo por alguma falta, constituem as causas familiares. Já o bullying e o
assédio moral e sexual, a descoberta da
sexualidade na contramão do padrão social, fazem parte das causas sociais.
A
associação entre dor e prazer (crianças
hospitalizadas por longo tempo), as atitudes de agressividade, injustiças, e os
problemas de adaptação
ao meio que causam baixa autoestima, baixa autoconfiança, inseguranças, a
depressão e os sentimentos de inferioridade, de infelicidade persistentes,
constituem as causas de comportamento. A esquizofrenia, o transtorno de Borderlaine, o transtorno bipolar, os alimentares
e a epilepsia, constituem as causas clínicas e podem atuar ou não em conjunto
com as descritas anteriormente e forçosamente ampliam o grupo de risco.
Se
desde a infância essas pessoas se sentem inadaptados ao mundo (sociedade,
família, grupos de amigos), se se percebem como insignificantes, incapazes e
pouco produtivos e, portanto, se nada possuem de “bom” para oferecerem aos
outros e o mundo para eles, aumenta o isolamento, a angústia e o sofrimento. E
sentem que precisam botar para fora o que lhes está incomodando, precisam extravasar.
A
IDEIA DE AUTOMUTILAÇÃO VEM DE ONDE?
Diante
da necessidade de extravasamento da dor emocional, crianças e jovens
adolescentes ficam a espreita de qualquer dica. Seja em conversas ou
comentários entre amigos ou em sites de buscas na Internet.
A
disseminação da automutilação tem sido feita pelas redes sociais. Disseminação
esta que tem preocupado os especialistas como os psicólogos, psicopedagogos e
psiquiatras do mundo todo. Principalmente no Brasil, onde a incidência tem
aumentado consideravelmente. Alguns especialistas têm considerado essa
disseminação como uma “epidemia de um castigo dado a si próprio”.
Todo
mundo sabe que o acesso a Internet tem ficado cada vez mais fácil e que crianças
cada vez mais cedo estão tendo acesso a essa forma de comunicação. E se por um
lado essa facilidade é boa, por outro lado é também muito ruim. Por isso, é que
se recomenda que os pais e professores fiquem muito atentos aos sites que as
crianças e jovens entram.
Para
realizar este artigo fiz uma busca no Facebook. Entrei numa porção dessas
páginas e foi deprimente. E em todas as páginas, milhares de curtidas.
Encontrei
uma porção de páginas que mostram fotos das feridas de pessoas que se
automutilam. Há também relatos, giffs e fotos dos instrumentos que usam para
essa prática, como canivetes, lâminas de barbear e, até mesmo, a lâmina dos
apontadores etc.
Os
administradores dessas páginas afirmam que o objetivo é a informação e o
esclarecimento sobre o tema para que não aconteçam e ajudar os jovens que
praticam a automutilação sem qualquer tipo de julgamento. Além do mais alegam
que os usuários deste comportamento podem trocar experiências e indicam
telefones de contato em grupos de “auto-ajuda” e
pedem que o contato seja feito pelo Whatsap.
Ops!
“AUTO-AJUDA”... Há algo estranho por
aqui, não acham?
Primeiro,
se é de informação por que o contato é de “auto-ajuda” e não de profissionais
sérios dos ramos da psicologia ou da psiquiatria que tratam especialmente deste
problema? Por que o contato é pelo Whatsap e não diretamente no consultório do
profissional? Quem dá esses conselhos? Que conselhos são dados a eles? E o que
ganham com isso? Quem
estará por detrás dessas páginas? Se os administradores das páginas são jovens,
também serão praticantes da automutilação a procura de seus iguais nessa prática?
Sem não forem, que tipo de “boa ação” é essa? Serão adultos enganando os jovens
problemáticos e outros jovens também que acessam a página?
Lembram-se
do caso da “baleia azul” e dos desafios entre jovens pela internet e que causaram
a morte dos que aceitam esses desafios malucos que causaram a morte de muitos
adeptos a este jogo? Quando postei um artigo mostrando os perigos deste jogo na
minha página do Facebook, recebi algumas críticas que de algumas pessoas que
estavam cansadas de ouvir falar sobre o assunto. Porém estas pessoas sabem do
que acontece ou pode acontecer aos adeptos deste jogo?
Não
são as novas tecnologias, a Internet ou as redes sociais que são ruins ou
nocivas, mas o uso que nós (pessoas) fazemos delas. Elas são apenas
instrumentos que usamos para o bem ou para o mal.
Portanto,
as autoridades fazem algumas recomendações: o uso de computadores deve ser à
vista de todos os familiares e os pais devem estar atentos ás páginas e sites
que seus filhos entram.
PAIS,
CONFIEM DESCONFIANDO.
Obs: Hoje voltei a procurar as páginas citadas no Facebook para tirar algumas dúvidas e só encontrei uma, a de uma garota de 13 anos (titular da página) que diz estar "curada a pouco tempo" que diz querer ajudar. Fica a pergunta: onde os outros foram parar?
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