A
violência doméstica é mais comum do que se pode imaginar. Caso fosse
contabilizada, este tipo de violência elevaria o número estatístico para níveis
muito mais altos do que a violência das ruas.
Como
violência doméstica estão inclusos: A negligência, o abuso e a exploração sexual ou comercial de crianças e
adolescentes, são formas, mais graves.
A seguir vem os maus-tratos infantis e contra os adolescentes e o conjugal,
podendo ir desde os castigos xingamentos, palavras ou apelidos depreciativos que tenham a intenção
de ridicularizar ou de menosprezar as capacidades ou as habilidades dos filhos
ou da esposa, as
surras, espancamentos, encarceramentos, queimaduras propositais, o abuso sexual
e a morte.
A NEGLIGÊNCIA
Infelizmente,
aqueles que deveriam zelar pelo bem-estar da criança são aqueles que maltratam.
Os pais (de ambos os sexos) podem ser algozes dos filhos. Mas também podem ser
os parentes mais próximos: tios, avós, primos etc.
A
negligência é a pior forma dos pais agirem. O descaso e a omissão constituem
formas veladas de violência e não contabilizada nas estatísticas. Os pais que a
praticam nem imaginam ou desconhecem os
estragos que produzem na vida dos filhos. É negligência a falta de cuidados com
a higiene,
alimentação, estimulação dos sentidos, saúde, educação, falta de informação, que
causam prejuízos não só contra o bem-estar físico, mental, emocional, moral, mas
porque esses prejuízos atingem, principalmente, no que tange com a relação da
inteligência, habilidades e capacidades que a criança deveria desenvolver e não
desenvolve.
Muitas vezes, esse desleixo é justificado pela pobreza. Mas isto
não procede por que, muitas famílias que vivem numa situação de extrema pobreza,
cuidam dos filhos da melhor forma que podem. No entanto, encontramos a negligência em famílias em que falta de recursos financeiros não é o problema. Portanto, a negligência está em toda a parte, na casa do rico e do pobre.
O abandono é outra forma velada de negligência. Não estou falando do
abandono em lixeiras, parques, metrô ou outro lugar qualquer. Esta forma é
considerada “crime por abandono de
incapaz” porque um bebê recém-nascido não tem como sobreviver sozinho e, ao
fazer isso, a mãe (ou outro parente) coloca a vida do bebê em risco.
O abandono que tratamos aqui é
bem mais comum do que se pode imaginar. Um exemplo bem simples são os pais que
não param em casa (trabalho, compromissos sociais, viagens etc) e nunca estão
no momento que o filho mais precisa deles. E quando estão, não encontram tempo
para um carinho, brincar ou conversar com o filho. Geralmente, esses pais delegam
sua função de educar para uma terceira pessoa (parente ou não).
Por outro lado, há os que não conseguem ver no filho real, o filho
idealizado e esperado. Muito comum quando a criança nasce com alguma
deficiência, principalmente, a intelectual. Ao vê-lo, ficam decepcionados. Por
isso, passam a ignorar sua presença e suas necessidades. Na maioria dos casos,
o pai é quem mais fica distante ou abandona o lar.
É o caso também de crianças de comportamento difícil (agressivo,
briguento, desafiador ou teimoso) e passa a ser visto como a “ovelha negra” da
família. Muito comum em casos de crianças com TDAH (Transtornos do Déficit de
Atenção e Hiperatividade) ou Transtorno Desafiador (TD), a imperatividade
(crianças acostumadas a fazer o que querem).
A criança sente o abandono e não entende os motivos da atitude dos pais
(ou de um deles). Em consequência, há uma piora dos casos de comportamento por
parte da criança. E aí acontece mais uma forma de violência: a rejeição.
A rejeição fica muito evidente nos casos de imperatividade. Desde muito novas, essas crianças foram acostumadas
a fazerem o que queriam e quando queriam. São crianças que não obedecem a
ninguém, ofendem qualquer pessoa com palavras, ações e gestos como bater nos
pais em público, quando estes não fazem o que querem e no momento que querem.
No começo, era tudo engraçado e os pais e parentes riam dessas atitudes.
Para a criança, rir de algo que ela fez (mesmo que errado) é “permissão”. Essas crianças apresentam
atitudes e comportamentos que chegam às raias da má-educação: mandam e batem
nos pais, avós, professores por não fazerem suas vontades. Para elas não
existem regras, valendo suas vontades. Por isso, são inadaptadas socialmente. Mas
à medida que vão crescendo, o que era engraçado vai ficando insuportável. Os
pais passam a sentir vergonha do mal
comportamento dos filhos. E passam a evitar esse constrangimento usam a
rejeição.
Na rejeição,
os pais culpam a criança. Por isso,
evitam sair com ela, dão broncas e castigos (muitas vezes exagerados), o que
faz aumentar a revolta da criança. E quanto mais a criança se rebela, mais
rejeição encontra. Mas será que a culpa é mesmo da criança? Ou será que os pais
não querem assumir que erraram ao educá-la?
A negligência se dá ainda de outras formas: na falta de correção de
atitudes desagradáveis como a de uma criança que não respeita os mais velhos
(tios, pais, avós, professores etc) é uma dessas formas. Se na primeira vez que
a criança apresentar uma atitude dessas e for corrigida, ela não fará mais.
Outra
forma de negligência é a “omissão”.
Pais que se omitem de investigar a origem de coisas que os filhos pequenos trazem
para casa, sabedores de que aquilo que o filho trouxe não é dele, ensinam por
omissão que ele pode obter o quê e quando quiser sem permissão. E com isto,
formam-se pessoas sem o menor respeito pela propriedade alheia. E depois,
reclamam da violência das ruas.
NÃO SE CALE! DENUNCIE!
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