Ao abordarmos este tema é preciso notar que os seres
humanos são vítimas e algozes. Isto significa que somos a única espécie que
mata ou fere seus semelhantes por prazer, por poder ou por preconceito em todas
as suas variantes.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, “a violência é uso
intencional de força física ou de poder, ameaçador ou real, contra si, contra
uma outra pessoa ou sobre um grupo de pessoas resultando (ou tendo grande
possibilidade) em ferimentos, morte, danos psicológicos, privação ou mal
desenvolvimento. E em nossa sociedade os números estatísticos da violência não
param de crescer”. E isso preocupa a todos.
A violência, seja pelo abuso de força, pela tirania, pela
ação violenta, opressão ou pela coação física ou moral, é a causa principal de
suicídios em todas as idades. É ainda a causa de muitas mortes, de dezenas de
hospitalizações, de centenas de visitas emergenciais e de milhares de consultas
médicas.
TIPOS DE VIOLÊNCIA
Estudos
feitos revelam que podemos classificar a violência em três tipos: a violência
autodirigida, a interpessoal e a coletiva.
A
violência autodirigida pode ser
subdividida em comportamento suicída e auto abuso. No comportamento suicida ou
suicídio deliberado os sujeitos expressam pensamentos e práticas ou tentativas
de dar cabo à própria vida. Já no auto abuso, os sujeitos voltam-se contra si
mesmos, como a automutilação (assunto das últimas postagens).
A
violência interpessoal é sempre dirigida contra uma pessoa em particular ou
contra um grupo de pessoas. Este tipo de violência pode ser subdividida em: violência infligida e violência doméstica. A
primeira é quando a ação de alguns é exercida sobre um grupo (maior ou menor) de
pessoas, como por exemplo: os ataques terroristas, as quadrilhas e grupos de
traficantes de drogas, grupos políticos organizados que promovem arruaças e
destroem o patrimônio público e privado (atos de vandalismo), etc. Na segunda,
acontece dentro dos próprios lares, incluindo os maltratos a menores, a
esposa (violência conjugal) ou a idosos.
O resultado destes tipos de violência
são: os problemas físicos, sexuais, psicológicos e emocionais e podem afetar os
pais, filhos e o relacionamento deles a curto ou a longo prazos. Neste caso, o
grande problema é o sigilo, por causa do medo que as vítimas sentem do
agressor.
A
violência comunitária ou estrutural é
aquela cometida a grupos maiores de pessoas ou pelos governos, empenhados em
oprimir a coletividade. Inclui-se neste tipo as guerras, atos terroristas como
os que ocorrem no momento na Europa. Os atos estatais por ideologias econômicas
que prejudicam a coletividade impedindo ou dificultando a atividade econômica
de forma a garantir a subsistência e/ou a negação de serviços essenciais como
educação, saúde e trabalho; a corrupção que impede ou dificulta o bom andamento
das o bem-estar da coletividade, beneficiando o aumento da riqueza de uns em
detrimento da maioria que fica cada vez mais pobre; os crimes de ódio (contra
gays, racismo, etnia e gênero etc) e a pobreza generalizada de um povo por
governos opressores e promovem a estagnação de um povo (como acontece com
alguns povos africanos).
bullying
Uma
outra vertente da violência coletiva ou institucional é a que ocorre dentro
de ambientes como as escolas, locais de trabalhos, prisões e asilos. Entre os
jovens citamos como exemplo: o bullying, os combates físicos, as rebeliões em
prisões, o descaso no cuidado. A violência ou os maltratos de idosos em
asilos, o assédio no trabalho, agressões sexuais e os estupros.
Mas
nem todas são da competência dos governos. As pequenas ações de violência, por
exemplos, dependem exclusivamente cada um de nós, adultos e educadores. Ou
seja, se cada um de nós fizermos a sua parte haverá menos violência no nosso país
e no mundo. Querem saber por quê?
Imagine algumas
situações e reflita. Os pais ensinam o filho que mentir é feito e que ele nunca
deve mentir. Porém, alguém toca a campainha, a mãe olha e é uma vizinha que ela
não está disposta a atender. Então, ela pede ao filho que vá e diga que ela não
está. Uma mentirinha corriqueira e sem consequências, pensa ela. Será tão
inconsequente assim? Na cabecinha da criança ficará uma dúvida: se eu não posso
mentir, por que meus pais pode?
O
mesmo se dá com a violência. Sabemos, por inúmeros relatos, que pais violentos
formam filhos violentos também. Se um pai agride diariamente a esposa com
xingamentos ou espancamentos, que exemplo estará dando aos filhos? Se um pai
acompanhado de um filho, passar por uma moça e disser um gracejo impróprio e
desabonador, estará ensinando o quê para ele? Respeito aos outros, não é. E como
esse filho agirá no futuro em ambos os casos? Certamente, igual ao pai, pois o
exemplo lhe foi mostrado.
Há milhares de anos Deus nos deu 10 regras para cumprimos. Apenas 10 que valeram e valem até este momento o momento.
E assim como Deus, os pais também têm suas regras porque são os primeiros educadores dos filhos. E eles aprendem não só pelo que os pais dizem, mas principal-mente, pelo que fazem ou se comportam, ou seja, pelo exemplo que dão.
Por isso, é
preciso ensinar tudo, principalmente, as regras e os valores morais e sociais,
repetir esse ensinamento milhares de vezes e mostrar como agir pelo cumprimento
do que se prega para que, no futuro, ele possa agir de acordo com o que lhe foi
ensinado. Muita
gente não sabe o que são “regras” ou as confunde com “valores”. Regras são o
que os filhos podem ou não podem fazer, como por exemplo, bater no irmão,
quebrar objetos da casa, não machucar o cachorro etc. Valor é a forma como
devem agir em relação com os outros, como por exemplo: respeitar as coisas dos
irmãos, usar uma coisa apenas com a permissão do dono, não maltratar (levantar
a mão, bater, xingar pessoas mais velhas), não desobedecer as ordens ou pedidos
dados pelos avós/tios ou outros parentes próximos, não pegar nada dos outros,
não agir com preconceitos etc.
O
ensino das regras e valores deve começar muito cedo (desde o 1º ano de vida) e
em casa, para que possam ser incorporadas ao cotidiano e usadas automaticamente
no futuro. E com estes pequenos atos haverá, mais generosidade, respeito,
consideração e empatia no futuro. E se não agirmos desta maneira, estremos
negligenciando o pleno desenvolvimento mental, moral e social dos nossos filhos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
MEUS QUERIDOS
Fiquei muito feliz com sua visita a este espaço que também é seu. para que ele fique melhor e mais do seu agrado, deixe por favor, um comentario, um recadinho ou uma sugestão.
OBRIGADA