Indiano pedindo graças divinas
Desde as épocas mais remotas, os seres
humanos tentaram controlar a natureza de alguma maneira. Para esse controle
faziam rituais a um Ser Divino (fosse ele qual fosse) onde pediam a essa
divindade que os ajudasse, como parar de chover ou que chovesse quando o tempo
estava muito seco, que a colheita fosse farta etc. A magia estava entre esses rituais e esteve presente em várias partes do mundo e sendo aceita e respeitada por muitos séculos.
Ìndio Kaiapo e o fogo sagrado
Porém, no gelado norte europeu, vivia um
povo pacífico e dado a questões intelectuais, mas que não fugia da luta quando
se fazia necessário. Esse povo eram os Celtas.
Seus domínios eram vastos e compreendia a
região onde hoje é a Irlanda, a Inglaterra, o País de Gales e a Escócia. Um
povo que valorizava e respeitava muito as mulheres fossem como mães, esposas,
guerreiras ou assumindo papéis de destaque na sociedade como, por exemplo,
Sacerdotisas. Por isso, diferente da maioria dos povos europeus, tinham uma
sociedade matriarcal. Ou seja, uma sociedade onde homens e mulheres tinham os
mesmos direitos, inclusive em caso de defesa do seu território homens e
mulheres lutavam lado a lado e com a mesma bravura.
Como religião, praticavam um culto dedicado
à Grande Mãe, que consideravam como o “útero da criação”. Essa deusa era
representada simbolicamente pela Lua. Acreditavam que em suas fases, a Lua ou a
Grande Mãe, guardava os segredos e mistérios da energia e da intuição feminina.
Para os Celtas, a Lua Crescente era a personificação da Virgem, por ser jovial,
alegre e deslumbrante como todas as jovens são. A Lua Cheia era a
personificação da Mãe, por ser meiga, gentil e carinhosa. A Lua Minguante, era a personificação de uma
Velha Sábia por ser poderosa, firme, conselheira e conhecedora das ervas que
curavam todos os males do corpo e da alma. A Lua Nova, mais escura, o tempo do
luto, do recolhimento e do autoconhecimento.
Como deus solar, masculino, corajoso, que trazia o pensamento lógico, a fertilidade, a saúde e a alegria cultuavam a CORNÍFERO. E ambos, reinavam no campo espiritual para completar os ciclos da natureza.
Cornífero
Como deus solar, masculino, corajoso, que trazia o pensamento lógico, a fertilidade, a saúde e a alegria cultuavam a CORNÍFERO. E ambos, reinavam no campo espiritual para completar os ciclos da natureza.
Rituais de magia
No culto a esses deuses, realizavam
rituais de magia baseados no universo da imaginação popular. Preparavam grandes
porções de infusão de ervas curativas que eram usadas se... e quando alguém
precisasse. Esses remédios eram preparados e passados de geração a geração pelas
mulheres mais velhas e em noites de Lua Cheia.
Os druidas, a elite intelectual entre as
tribos Celtas, resolveu que deveria controlar todas as tribos e transformar a
sociedade matriarcal em patriarcal, como acontecia no restante da Europa. Houve
muitos desentendimentos entre as tribos e por causa disto, acabaram
enfraquecidas. Dessa maneira, os Druidas conseguem expulsar os seus contrários
e dominar seus aliados.
Ao deixarem suas terras, o povo se
espalham por toda a Europa. Algumas tribos ocupam o sudoeste da Itália e a
região da Britânia, na França, enquanto outros vão para outros lugares. E nessa
mudança, levam consigo sua cultura e suas tradições. E por quase dois mil anos,
viveram em paz e em perfeita harmonia com os habitantes de todos os lugares
onde fincaram raízes.
Preparo de poções medicinais
Na época das grandes epidemias, as anciãs celtas
eram procuradas devido aos conhecimentos de anatomia que possuíam e dos
remédios que faziam. Foram enfermeiras, parteiras e conselheiras dos camponeses
pobres que não podiam pagar um “profissional habilitado”. Essa prática era
chamada de WICCA.
Inquisidores da Igreja
Mas quando o Tribunal da Santa Inquisição
foi instituído, o clero que, até então não se manifestava contra as práticas
mágicas dos descendentes celtas, resolveu incluir suas práticas como heresia.
Para influenciarem o povo, mais uma vez
criaram uma imagem deturpada do que realmente acontecia. Era uma propaganda
contra os descendentes celtas, acusando as anciãs de praticarem “rituais de
bruxaria”. Mais tarde, já eram as mulheres adultas e jovens numa ação
verdadeiramente xenofóbica. Eram presas, culpadas sem julgamento e condenadas a
morrer na fogueira em praça pública. Milhares eram condenados e queimados
durante o ano.
Não satisfeitos, solteironas, viúvas,
qualquer mulher que não dependesse economicamente de um homem, pessoas
doentes, deficientes físicos, doentes mentais ou apenas por suspeita sem
fundamento, eram condenados e mortos na fogueira. As falsas denúncias eram,
geralmente, feitas por pessoas que tinham alguma desavença, indicadas por algum
inquisidor ou por um inquisidor que tinha como objetivo ficar com os bens da
pessoa denunciada. Há registros de que depois de mortos os bens eram divididos
entre os inquisidores. Comprova-se ainda que o clero, além de manipulador de
dados, fatos e sociedades inteiras, de corromper de acordo com seus interesses,
de serem corrupto e machistas, eram também misogênico, xenofóbico,
preconceituosos, discriminatórios e avarentos. E assim se passaram muitos
séculos.
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