OBJETIVO DO BLOG

Este blog tem por objetivo orientar os pais que possuem filhos entrando ou vivenciando a adolescência. De orientar também os professores que lidam com eles diariamente,para que possam compreender suas dificuldades e ajudá-los ainda mais, pois, esta é uma fase complicada na vida dos jovens e, muitos pais e professores não sabem como agir diante de certas atitudes desses jovens. Pais e professores encontrarão aqui informações de médicos, psicólogos e teóricos sobre a educação dos adolescentes.

sexta-feira, 10 de agosto de 2018

CASAMENTO NO SÉCULO XVIII (cont)


6ª regra – FAZER A CORTE

Os noivados eram curtos. Duravam de 3 semanas a 3 meses no máximo. Isto porque os noivados longos levantavam suspeitas.

Após a comemoração do noivado, o rapaz tinha a permissão para visitar todos os dias e fazer-lhe a corte. Se fosse rico ou nobre, todas as vezes que a visitasse devia enviar flores brancas (no início do século) para a noiva e para a sogra. A partir de 1870, as rosas passaram a ser do branco ao vermelho vivo, sinal de “amor ardente”.
Fazer a corte exigia o cumprimento de algumas regras: a) não ficar sozinho com a noiva; b) não podiam se tocar (não deviam se beijar, abraçar etc); c) deviam aproveitar o tempo para se conhecerem melhor evitando assuntos que ferissem a moral e os assuntos estritamente masculinos, religiosos ou políticos.

Esperava-se que a noiva fosse uma pessoa recatada, inocente, que não falasse sobre política, religião ou assuntos estritamente femininos; não podia demonstrar ser mais inteligente que o noivo. E, durante o noivado, deveria preparar o enxoval.

7ª regra - O CONTRATO E A CORBELHA

O casamento era um negócio e não importava a classe social. E isto devia ficar muito claro para ambas as famílias.

Entre os burgueses, o casamento envolvia um contrato firmado em cartório. Esse contrato, especificava as obrigações financeiras das partes envolvidas. Poderia prever ainda a comunhão parcial ou total dos bens.

No dia da assinatura desse contrato, o noivo deveria enviar uma corbelha (cesta) feita de palha trançada e forrada de cetim branco à casa da noiva contendo: joias de família, perfume, leques, tecidos finos, xales, estolas, peles, caixa de bombons, bibelôs valiosos, um livro de orações para as missas como presentes para a noiva e um saco de moedas de ouro que ela deveria distribuir como ato de caridade. Com o tempo, as coisas foram mudando e as corbelhas foram substituídas por caixinhas. Logicamente, os presentes diminuíram também.

O dote poderia ser pago no total ou em parcelas, contanto que a última parcela fosse paga no dia em que o contrato fosse firmado em cartório. Para provar que a noiva seria bem aceita na família do rapaz, eles devolviam 5% do total do dote, aos pais da noiva. E no próprio cartório era expedido um certificado de quitação da dívida.

8ª regra - A CERIMÔNIA


Nas famílias tradicionais da nobreza, a cerimônia de casamento era grande e pomposa, com muitos convidados, com a Igreja rica e suntuosamente decorada e a cerimônia era celebrada por um padre ou bispo famoso. A noiva vestia-se de branco, com véu e grinalda feita de flores de laranjeira (símbolo de pureza). Entrava na Igreja acompanhada pelo pai que a levava até o altar. À sua frente as damas de honra (geralmente amigas da noiva) que, às vezes, serviam de madrinhas. No final da missa, o noivo entregava a aliança matrimonial para a noiva. Era costume da época o noivo não usar aliança, o veio a acontecer somente no século XIX.

Na saída da missa, os noivos recebiam os cumprimentos de amigos e parentes. Apenas os mais velhos podiam beijar a noiva na testa, como sinal de consideração. Na saída da Igreja, a chuva de arroz era uma prática inglesa, desejando aos noivos uma vida de fartura e prosperidade.

A maior parte destas cerimônias aconteciam de manhã, antes ou perto do meio-dia. Geralmente, a recepção era um almoço na casa dos pais da noiva. Os noivos sentavam-se a mesa, onde eram servidos. Os convidados ficavam em pé, a menos que houvesse espaço suficiente para todos a mesa. O bolo branco e o brinde de “champanhe” eram obrigatórios e aconteciam após o almoço.


Os bailes de casamento só eram comuns entre os ricos e aconteciam à noite. A noiva devia permanecer vestida de noiva o dia todo, inclusive no baile (se houvesse). E os custos de tudo isto era da família da noiva.

O casamento dos burgueses era apenas no civil. Eram cerimônias mais simples, discretas e com poucos convidados. Quem podia fazia um almoço mais simples ou um café. Mas bolo e vinho não podiam faltar. E o custo de tudo também eram dos pais da noiva.

Nos centros urbanos as comemorações dos casamentos tinham a duração de um dia ou uma noite para a recepção e baile. Já os casamentos rurais tinham a duração de 2 ou 3 dias, preservando os antigos costumes. A recepção era um almoço onde a carne de um animal era assada numa espécie de fogueira. Danças e outros folguedos aconteciam durante o dia e os poucos convidados se divertiam a valer.
Para qualquer um dos grupos, o beijo em público era desaconselhado, por ser considerado atitude indecorosa.

Após todas as comemorações do casamento, os noivos iam para a casa da família do noivo ou da noiva, conforme combinado no contrato.

A Lua de Mel, como conhecemos hoje, não existia. Ela só começou a partir de 1830, como uma forma do casal ter mais de intimidade e para ficarem longe das famílias e dos compromissos sociais.

No início, só os casais mais abastados viajavam pela Europa em Lua de Mel. Depois, quando os menos abastados passaram a aderir, os ricos casais passaram a preferir os hotéis mais elegantes de Paris.


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