No século XIX, o liberalismo e
religião eram termos opostos e controversos. Por um lado, o liberalismo
apregoava a liberdade para tudo. Do outro lado, a religião exigia a uma
contenção dos desejos e vontades baseada na moral e nos bons costumes, ou seja,
convidavam homens e mulheres a refrearem sua sexualidade. As ações implícitas,
em ambos os termos, atuavam em campos distintos e fechados entre si.
Mas, apesar de tudo, os
avanços aconteciam. E o século XIX assistiu uma nova prática das relações sexuais.
No relacionamento idealizado entre pais e filhas e mães e filhos, Sigmund Freud
descobre o complexo de Édipo. E o mundo já não se surpreendia com as novas
descobertas. Apesar das mudanças, o mundo vivenciou um “moralismo exacerbado”
apregoado pelas Igrejas que acreditavam e defendiam a visão e o compromisso com
o mundo moderno.
Os religiosos mais liberais ficaram
conhecidos pela negação dos dogmas da doutrina cristã e pela modernização dos evangelhos
afirmando que eles não combinavam com o mundo científico. Sendo assim, qualquer
cristão poderia questionar as verdades absolutas (dogmas) como questionavam as
verdades científicas, porque tudo “era preciso ser confirmado” pela
experimentação.
As Igrejas cristãs se sentiram
na obrigação de combater tal atitude. Os liberais, embora aceitassem a
autoridade e a divindade do Cristo, combatiam os preconceitos culturais
espalhados pelas Igrejas. E através dessa disputa onde cada um puxava a “brasa
para a sua sardinha”, as Igrejas afirmavam que a FÉ era algo que não podia ser
medido ou verificado cientificamente e os liberais descobriram que os clérigos
excêntricos estavam mascarando essa fé e afirmavam que enquanto pregavam a
doutrina faziam coisas diferentes na vida pessoal, como por exemplo,
descumpriam o celibato.
E como foi resolvido esse
conflito? Segundo Mateus (16.19, 18.18) a Igreja era a única instituição capaz
de ligar ou desligar a figura do Cristo aos indivíduos na terra. E por isso,
era reconhecida. Mesmo sendo autoritária e inflexível, levava o Evangelho a
todos, incluindo aos que não acreditavam nelas. E podiam fazer alguns ajustes
para conviver com o mundo moderno. Deste modo, passaram a proclamar a
felicidade através da leitura da Bíblia e comunicar que as necessidades essenciais
e pessoais precisavam de uma adequação dos pedidos de Deus e ao Cristo para manter
a felicidade. Com isso, as Igrejas mostravam-se com uma visão mais tolerante
com as livre-escolhas (arbítrio) das pessoas. E as pessoas passaram a adorar a
Deus e ao Cristo, segundo sua vontade.
Mas como conseguiram que as
Igrejas cedessem deixando de serem tão intransigentes?
Apesar de muitas conservas, ás
vezes bastantes acirradas, a POLÍTICA foi a chave para esse impasse. A Política
se torna uma instituição, cujo cunho era baseado na autoridade de um magistrado, com dever era proteger a vida, as liberdades, as propriedades e as relações de
cada um por meio de um contrato social. No entanto, se esse magistrado falhasse
em suas decisões, cada pessoa poderia recorrer reclamando seus direitos ou “clamar
a Deus por justiça”. E os liberais e as Igrejas acharam que esta era uma forma
justa, pois não seria mais uma decisão unilateral.
Os países europeus mais ricos
da época trataram logo de emitir um documento que ficou conhecido pelo nome de CÓDIGO
CIVIL e falaremos dele na próxima postagem.
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