A industrialização expandiu-se no século XIX. E esse desenvolvimento se tornou a marca do “mundo civilizado”, chegando a um nível diferenciado em comparação com os séculos anteriores. O desenvolvimento industrial foi uma verdadeira revolução não só no meio produtivo, mas nos comportamentos, os costumes e na maneira de se encarar a vida. E se por um lado a industrialização trouxe muitos benefícios também trouxe consequências, como:
EVASÃO DO CAMPO
Até o final do século XVIII,
85% da população vivia no campo. Lá a vida era dura. Embora plantassem, o
dinheiro era pouco, porque como já vimos, o transporte dos produtos era ruim.
Transportados por carroças puxadas a cavalos, os produtos alimentícios chegavam às cidades em más condições e muito caros, porque mais da metade dos produtos já estavam estragados.
Transportados por carroças puxadas a cavalos, os produtos alimentícios chegavam às cidades em más condições e muito caros, porque mais da metade dos produtos já estavam estragados.
Os produtores estavam sempre
endivi-dados porque recebiam muito pouco. Nas cidades, o custo dos alimentos era
escasso, caro e de qualidade ruim.
Havia fome, na cidade e no campo. Por isso,
muita gente que vivia no campo migrava para as cidades. E em pouco tempo, as
cidades estavam abarrotadas de gente, que procuravam uma ocupação nas
indústrias para sobreviver.
JORNADA DE TRABALHO
Nas indústrias, a jornada de
trabalho era dura e desumana. Os chefes de famílias trabalhavam de 12 a 18
horas diárias e seus salários eram baixíssimos. Dessa maneira, os trabalhadores
não tinham vida fora do trabalho e continuavam não podendo garantir o sustento
e a sobrevivência familiar.
Desse modo, os chefes de
famílias permitiram que suas mulheres tralhassem nas indústrias para tentarem
ter uma condição de vida um pouco melhor. E elas foram. Faziam o mesmo trabalho
que os homens, com a mesma jornada, mas recebiam a metade do salário dos
maridos.
ACIDENTES
Muitas mulheres casadas não tinham
com quem deixar os filhos. Na época e com essa justificativa, era permitido que
elas os levassem para o trabalho porque não haviam leis que regulamentasse o
tra-balho e protegesse a classe operária.
Criança é criança,
indepen-dente da época em que vivem. E como toda criança, não passavam o dia
todo quietas. Elas queriam brincar, correr por entre as máquinas e mexer nelas. Embora a vigilância fosse intensa por parte das mães, bastava um momento de
distração, que as crianças aprontavam alguma arte. Muitas se machucavam.
Alguns
acidentes eram leves, outros mais perigosos como perder um dedo, a mão,
arrancar os cabelos até a raiz. Algumas outras, perdiam a vida. Nestes casos, os
proprietários das fábricas não se responsabilizavam por pequenos ou grandes acidentes
que as crianças sofriam, e ainda descontavam dos salários, as horas paradas e gastas no socorro das crianças.
TRABALHO INFANTO-JUVENIL
Para prevenir acidentes, as
indústrias passaram a contratar as crianças e adolescentes. A justificativa era
a de que trabalhando as famílias poderiam ter mais um dinheirinho com qual
contar. E era comum ver-se famílias inteira nas fábricas.
Os adolescentes recebiam metade do salário das mães e as crianças (dos 9 aos 14 anos) recebiam metade do salário dos irmãos adolescentes para o mesmo trabalho e o mesmo tanto de horas trabalhadas. O dinheiro era pouco, mas ajudava.O trabalho era insalubre, sem cuidados de segurança, pesado e duro.
Os adolescentes recebiam metade do salário das mães e as crianças (dos 9 aos 14 anos) recebiam metade do salário dos irmãos adolescentes para o mesmo trabalho e o mesmo tanto de horas trabalhadas. O dinheiro era pouco, mas ajudava.O trabalho era insalubre, sem cuidados de segurança, pesado e duro.
REGRAS X LEIS
Embora não houvessem leis que regu-lassem o trabalho dos adultos e do traba-lho infanto-juvenil, as fábricas tinham regras.
Era eram regras rígidas e cada fábrica tinha as suas próprias regras. Por exem-plo: tinham hora de entrada no trabalho, mas variava de acordo com cada proprie-tário. No entanto, não tinham uma hora certa para deixar o trabalho. Em muitas indústrias, cada operário tinha uma tare-fa a cumprir e podiam deixar o trabalho depois de cumprí-la. Outras, deixavam os operários trabalharem até a exaustão para liberá-los.Essas regras podiam ser modificadas a qualquer momento, visto que nessa época, não haviam leis que regulamentasse o trabalho ou o direito dos trabalhadores.
FISCALIZAÇÃO DO TRABALHO
Quando a indústria era pequena, normalmente o proprietário fiscalizava seus operários. Quando era uma fábrica maior, em geral, o proprietário indicava um filho, um parente ou na falta deles, um empregado mais antigo para fiscalizar os demais. Essa fiscalização era mais em relação ao comportamento do que apenas sobre o serviço realizado.
Na questão do comportamento os operários não podiam deixar o serviço para bater papo, brincar com o colega, tomar um café ou água, comer alguma coisa ou ir ao banheiro mais que duas vezes ao dia. Até olhar para o lado por alguns minutos, olhar pela janela, dar uma volta pelo local de trabalho, reivindicar melhorias do trabalho ou de salário, não podia, porque tudo era proibido.
Mulheres gestantes não tinham folga. Só paravam para dar à luz e tinham apenas um dia de recuperação sem desconto. Do contrário, era considerado falta e descontada do salário. Enquanto isso, os proprietários enriqueciam a olhos vistos.
ASSÉDIO SEXUAL e MORAL
Muitas crianças de 14 anos ou mais, adolescentes jovens, mulheres solteiras ou casadas eram assediadas sexualmente por seus patrões sob a ameaça da perda do seu emprego ou por promessas de melhoria dos salários. Muitas viviam em extrema pobreza e se sujeitavam acreditando nas promessas feitas. Mas depois, compreendiam que isso não aconteceria.
As que se recusavam eram perseguidas pelos patrões, xingadas e depreciadas em seu trabalho diante de todos colegas. Muitas chegavam a serem espancadas pelos patrões por sua recusa. Na maioria das vezes, este comportamento patronal era usado para servir de exemplo para as outras operárias e para que eles pudessem assediá-las com mais facilidade.
Muitas vezes, a situação ficava tão insuportável, que elas desistiam do emprego sem dar satisfação à ninguém. E mesmo que dissessem o que lhes acontecia, sairiam sem receber seus salários por não haver leis que regularizassem as “indenizações” como existe hoje.
Era eram regras rígidas e cada fábrica tinha as suas próprias regras. Por exem-plo: tinham hora de entrada no trabalho, mas variava de acordo com cada proprie-tário. No entanto, não tinham uma hora certa para deixar o trabalho. Em muitas indústrias, cada operário tinha uma tare-fa a cumprir e podiam deixar o trabalho depois de cumprí-la. Outras, deixavam os operários trabalharem até a exaustão para liberá-los.Essas regras podiam ser modificadas a qualquer momento, visto que nessa época, não haviam leis que regulamentasse o trabalho ou o direito dos trabalhadores.
FISCALIZAÇÃO DO TRABALHO
Quando a indústria era pequena, normalmente o proprietário fiscalizava seus operários. Quando era uma fábrica maior, em geral, o proprietário indicava um filho, um parente ou na falta deles, um empregado mais antigo para fiscalizar os demais. Essa fiscalização era mais em relação ao comportamento do que apenas sobre o serviço realizado.
Na questão do comportamento os operários não podiam deixar o serviço para bater papo, brincar com o colega, tomar um café ou água, comer alguma coisa ou ir ao banheiro mais que duas vezes ao dia. Até olhar para o lado por alguns minutos, olhar pela janela, dar uma volta pelo local de trabalho, reivindicar melhorias do trabalho ou de salário, não podia, porque tudo era proibido.
Mulheres gestantes não tinham folga. Só paravam para dar à luz e tinham apenas um dia de recuperação sem desconto. Do contrário, era considerado falta e descontada do salário. Enquanto isso, os proprietários enriqueciam a olhos vistos.
ASSÉDIO SEXUAL e MORAL
Muitas crianças de 14 anos ou mais, adolescentes jovens, mulheres solteiras ou casadas eram assediadas sexualmente por seus patrões sob a ameaça da perda do seu emprego ou por promessas de melhoria dos salários. Muitas viviam em extrema pobreza e se sujeitavam acreditando nas promessas feitas. Mas depois, compreendiam que isso não aconteceria.
As que se recusavam eram perseguidas pelos patrões, xingadas e depreciadas em seu trabalho diante de todos colegas. Muitas chegavam a serem espancadas pelos patrões por sua recusa. Na maioria das vezes, este comportamento patronal era usado para servir de exemplo para as outras operárias e para que eles pudessem assediá-las com mais facilidade.
Muitas vezes, a situação ficava tão insuportável, que elas desistiam do emprego sem dar satisfação à ninguém. E mesmo que dissessem o que lhes acontecia, sairiam sem receber seus salários por não haver leis que regularizassem as “indenizações” como existe hoje.
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