OBJETIVO DO BLOG

Este blog tem por objetivo orientar os pais que possuem filhos entrando ou vivenciando a adolescência. De orientar também os professores que lidam com eles diariamente,para que possam compreender suas dificuldades e ajudá-los ainda mais, pois, esta é uma fase complicada na vida dos jovens e, muitos pais e professores não sabem como agir diante de certas atitudes desses jovens. Pais e professores encontrarão aqui informações de médicos, psicólogos e teóricos sobre a educação dos adolescentes.

sexta-feira, 8 de março de 2019

A DESCONSTRUÇÃO DO HOMEM-HERÓI



Como já vimos, o homem sempre foi uma espécie de herói, fosse por sua força física ou por sua coragem. Por isso, sempre galgou por caminhos de austeridade, de autoridade e onipotência. A eles cabiam tudo: estudos, carreiras, dinheiro e poder. Porém, com o fim da guerra, os homens que voltavam do front estavam doentes dos nervos, feridos e amputados, com problemas emocionais e mentais. Mas outros tantos continuavam saudáveis.

As mulheres haviam provado que eram hábeis e valentes em outras coisas que não só o casamento, as atividades domésticas e para o cuidado e educação dos filhos. Com a guerra assumiram as funções dos maridos e com habilidade, coragem e garra. E se destacaram com distinção no que fizeram.

No final da guerra, quando os homens sãos voltaram, queriam seus empregos de volta. Tinham prioridade por serem os provedores familiares. Razão pela qual, inúmeras mulheres foram demitidas.

A economia de vários países estava em baixa, principalmente, onde as batalhas foram mais ativas. O desenvolvimento industrial, tecnológico e as economias estatais estavam deficientes, pois havia muito a ser reconstruído.
 

Dois fatores surgiram para auxiliar na recomposição do trabalho e recolocação dos trabalhadores masculinos: a criação do “setor terciário” para o surgimento de novos empregos e o “serviço burocrático” que incluía a educação, saúde e comércio. Porém, os novos empregos tinham salários mais baixos por exigirem pouca escolaridade. Embora estes novos empregos tivessem uma chefia ou gerência (visando os homens), não promoviam acesso de novos cargos mais altos tanto no serviço público como no privado.


Acostumados com mordomias e muito poder, poucos homens aceitaram os novos empregos. Porém, os cargos não foram extintos, mas ocupados por mulheres. E assim, elas continuaram se multiplicando no mundo do trabalho, fosse nas indústrias de todos os tipos, no comércio ou na prestação de serviços. A consequência foi a melhoria da condição de vida das famílias, pela socialização feminina e pela independência financeira do marido. Assim, segundo alguns escritores em 1921, haviam 1.220.000 trabalhadoras e, em 1926, já eram 1.470.000.

Apesar do elevado número de trabalhadoras no mundo do trabalho, podemos supor que elas iam aos poucos substituindo os homens, não é? Mas não foi isso o que aconteceu. Aos poucos, as mulheres iam sendo expulsas das fábricas e os homens as substituíam. Essa substituição não foi por incapacidade ou desobediência. Ou por lutarem por melhores salários, pela diminuição das horas trabalhadas, por insalubridade, por serem contra o assédio sexual ou pelo controle disciplinar. Nada disso. o que causou sua substituição foram as barreiras que o mundo dos negócios impunham a elas.

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