Como já vimos, o homem sempre
foi uma espécie de herói, fosse por sua força física ou por sua coragem. Por
isso, sempre galgou por caminhos de austeridade, de autoridade e onipotência. A
eles cabiam tudo: estudos, carreiras, dinheiro e poder. Porém, com o fim da
guerra, os homens que voltavam do front estavam doentes dos nervos, feridos e amputados, com
problemas emocionais e
mentais. Mas outros tantos continuavam saudáveis.
As mulheres haviam provado que
eram hábeis e valentes em outras coisas que não só o casamento, as atividades
domésticas e para o cuidado e educação dos filhos. Com a guerra assumiram as
funções dos maridos e com habilidade, coragem e garra. E se destacaram com
distinção no que fizeram.
No final da guerra, quando os homens sãos voltaram, queriam seus
empregos de volta. Tinham prioridade por serem os provedores familiares. Razão
pela qual, inúmeras mulheres foram demitidas.
A economia de vários países estava em baixa, principalmente, onde as
batalhas foram mais ativas. O desenvolvimento industrial, tecnológico e as
economias estatais estavam deficientes, pois havia muito a ser reconstruído.
Dois fatores surgiram para auxiliar na recomposição do trabalho e
recolocação dos trabalhadores masculinos: a criação do “setor terciário” para
o surgimento de novos empregos e o “serviço
burocrático” que incluía a educação, saúde e comércio. Porém, os novos
empregos tinham salários mais baixos por exigirem pouca escolaridade. Embora
estes novos empregos tivessem uma chefia ou gerência (visando os homens), não
promoviam acesso de novos cargos mais altos tanto no serviço público como no
privado.
Acostumados com mordomias e
muito poder, poucos homens aceitaram os novos empregos. Porém, os cargos não
foram extintos, mas ocupados por mulheres. E assim, elas continuaram se
multiplicando no mundo do trabalho, fosse nas indústrias de todos os tipos, no
comércio ou na prestação de serviços. A consequência foi a melhoria da condição
de vida das famílias, pela socialização feminina e pela independência financeira
do marido. Assim, segundo alguns escritores em 1921, haviam 1.220.000
trabalhadoras e, em 1926, já eram 1.470.000.
Apesar do elevado número de
trabalhadoras no mundo do trabalho, podemos supor que elas iam aos poucos
substituindo os homens, não é? Mas não foi isso o que aconteceu. Aos poucos, as
mulheres iam sendo expulsas das fábricas e os homens as substituíam. Essa substituição não foi por
incapacidade ou desobediência. Ou por lutarem por melhores salários, pela
diminuição das horas trabalhadas, por insalubridade, por serem contra o assédio
sexual ou pelo controle disciplinar. Nada disso. o que causou sua substituição
foram as barreiras que o mundo dos
negócios impunham a elas.
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