OBJETIVO DO BLOG

Este blog tem por objetivo orientar os pais que possuem filhos entrando ou vivenciando a adolescência. De orientar também os professores que lidam com eles diariamente,para que possam compreender suas dificuldades e ajudá-los ainda mais, pois, esta é uma fase complicada na vida dos jovens e, muitos pais e professores não sabem como agir diante de certas atitudes desses jovens. Pais e professores encontrarão aqui informações de médicos, psicólogos e teóricos sobre a educação dos adolescentes.

quinta-feira, 31 de outubro de 2019

A PROFISSÃO DOCENTE E O COTIDIANO FEMININO NO BRASIL


Como já vimos em âmbito mundial, as mulheres nunca tiveram vez, nem voz. Sempre foram criadas para o casamento, para cuidarem da casa, dos filhos e do marido. Ninguém, nunca perguntou o que elas queriam, do que gostavam ou o que pretendiam fazer de suas vidas. E sempre lhes exigiram obediência, humildade e sabedoria nas ações. E foi assim por quase dois milênios. E no Brasil, embora fosse um país jovem não era diferente. Como uma das colônias portuguesas, o Brasil devia respeito e obediência às leis portuguesas.

Uma dessas leis considerava as mulheres, crianças e doentes mentais como parte de uma categoria de pessoas classificadas como “imbecilitus sexus” (sexo imbecil). Evidente que essa lei foi trazida para cá pelos nossos colonizadores, não é mesmo?


Com a chegada dos padres da Companhia de Jesus e de sua missão evangelizadora, algumas igrejas improvisadas foram sendo construídas com o objetivo de atraírem as crianças. Em sua missão evangelizadora, não importava o sexo das crianças desde que elas incentivassem e trouxessem os pais para serem evangelizados também. No entanto, alguns jesuítas descobriram que podiam fazer um pouco mais por aquelas pessoas, como por exemplo, ensiná-los a ler, escrever e contar. Mas consultados os seus superiores, só permitiam que os meninos fossem instruídos. Por isso, eles só atendiam os meninos.


Os índios não entendiam aquela divisão que os brancos faziam entre homens e mulheres. Não era assim nas aldeias. Todos trabalhavam para o bem comum e festejavam juntos. Mas os índios deram “um jeitinho”. Mandavam os filhos para a escola acompanhados por suas irmãs, com a desculpa que deveriam ser “catequizadas”, porém, em dias que não havia essa atividade. E acabavam aprendendo alguma coisa apenas ouvindo. No começo, até as mandavam embora, mas os irmãos iam junto. Os padres então, passaram a não ligar.


Porém, as novas escolas que estavam sendo fundadas em muitos lugarejos e vilas, já vinham com ordens expressas do Marquês de Pombal que as mulheres brancas, negras ou índias somente podiam frequentar a catequese e não deviam ter acesso a escola para aprenderem a leitura e a escrita.

Na segunda metade do século XVII, conventos católicos femininos passaram a ser construídos por todos os cantos de Portugal. E o mesmo aconteceu por aqui.

No entanto, esses conventos serviam como uma “espécie de prisão” para algumas moças e que não queriam servir a vida do convento. A “prisão” era para as moças mandadas aos conventos por: terem engravidado antes do casamento, por irmãos ou pais que não desejavam dividir seus bem e fortunas com as elas ou genros e, por mulheres infiéis no casamento ou mulheres fiéis, cujos maridos que desejavam traí-las. 

Muitas entravam para a vida religiosa por não terem outras expectativas. Mas também haviam aquelas que não manifestavam nenhum desejo de servir a Ordem. Neste caso, para evitar as fugas, era preciso ocupá-las com outras atividades, além de fazê-las rezar a maior parte do tempo todo. Assim foram criadas as “Escolas de Moças”, onde as freiras ensinavam os “trabalhos de agulha (costura e bordado) e boas maneiras. E como se percebe, a educação feminina continuava restrita aos cuidados com a casa, do marido e dos filhos.

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