A puberdade representa um
momento crítico, tanto para os jovenzinhos como para os pais e professores.
As modificações físicas fazem
os jovens deixarem de ser crianças. E isto acarreta algumas dúvidas,
inseguranças e medos para os jovenzinhos. Dúvidas porque não sabem o que mais
vai lhes acontecer e temem o futuro. Insegurança porque como crianças tinham a certeza de serem amados e queridos pelos
adultos à sua volta e, agora, devido ás muitas exigências feitas a eles, já não
possuem essa certeza. Medo, porque perdem sua identidade, Já não são crianças,
mas também, não são adultos ainda.
O crescimento rápido, as
transformações físicas e sensações desconhecidas devido aos hormônios que entraram
em funcionamento faz com que se percebam que são outra pessoa, alguém que é
diferente da imagem que tinham de si mesmos. Uma pessoa que agora tem braços e
pernas mais compridas, seios (meninas) ou pelos no rosto, no peito e nas pernas
e nas axilas fazem com que se vejam como seres desengonçados, desajeitados e
feios. E se uma “espinha” desponta no rosto, “querem morrer” de vergonha. Surge,
então, um mal-estar porque não sabem lidar com essas transformações. Por isso,
alguns jovens desenvolvem a timidez. Por outro lado, outros desenvolvem a
ansiedade. Muitos deles, passam a apresentar problemas escolares quando, antes,
não os tinham.
O rápido crescimento traz um
desgaste natural de energia, razão pela qual queixam-se continuamente de cansaço
e sono. Nota-se um aumento da agressividade, da rebeldia, da contestação das
regras e da autoridade de pais e professores, mas, ao mesmo tempo, necessitam reestruturar
e redefinir os relacionamentos.
Nota-se também um aumento
da agressividade, devido aos hormônios que acabaram de entrar em funcionamento.
Brigam e discutem por motivos banais, juntam-se em bandos para fazer arruaças e
burlar as regras e mostrar seu “poder”. Os jovens que praticam esportes podem
descarregar essa agressividade nos exercícios ginásticos ou nos jogos competitivos
e ter um comportamento mais. moderado. Quem não pratica esportes ficam mais rebeldes
Outra válvula de escape da
agressividade é a imitação dos ídolos, ajudando os jovenzinhos a extravasarem a
angústia, como uma forma de sublimar esses conflitos. Por isso, usam de as
vestimentas, o corte de cabelo, a linguagem e os gestos desses ídolos.
A descoberta da sexualidade
é outro fator importante. Essas descobertas trazem sentimentos de medo, de
repulsa, de pudor, mas também de muito interesse e curiosidade. É a contradição
entre o pudor e a curiosidade que promove a angústia, e é a angústia, quem leva à pressa de “experimentar”
o que os adultos fazem. Mas, essa pressa também é cercada de medos que aumentam
ainda mais o mal-estar e cria a necessidade de superar tudo isso.
O medo deriva de certas
situações e sentimentos como por exemplo, as ereções e ejaculações noturnas (nos
meninos) e do prazer que sentem ao se masturbarem. E, nas meninas, as sensações
provocadas pelo desejo sexual.
Por isso, a necessidade de “se
mostrarem” e de “serem vistos” pelos outros. Daí, falarem alto, de gritarem o
nome dos outros na rua e nos transportes, de contarem coisas pessoais para que
todos ouçam. É uma necessidade de “seduzir”, mas que agem de forma desajeitada
e, muitas vezes, incômoda e irritante para os adultos.
Os pais que, até então, sempre
os cercavam de afeto, proteção (e, às vezes, de superproteção) e de certas
facilidades, deixam de ver neles, os bebês que foram e passam a exigir atitudes
e responsabilidades que não tinham ou que não foram ensinadas, agora criticam suas
atitudes e procedimentos e procuram se impor por meio do autoritarismo (na
maioria das vezes).
A escola e os professores
também exigem posturas mais amadurecidas e de maior responsabilidade. E cobram tudo isso. Surgem os sentimentos
de injustiça, de insegurança, a indisciplina,
e a contestação das regras e da autoridade de professores e da própria escola.
Mas, por outro lado, é esse
mal-estar que os obriga a procurarem uma nova identidade.
É preciso que nesta fase da
vida, os pais tenham a compreensão necessária para apoiar o jovem a encontrar
sua identidade e a superar suas dúvidas. Apoiar não significa deixa-los á
vontade e fazerem o que querem, mas orienta-los para que os problemas e as dúvidas
não se tornem um problema maior.
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