Lembramos novamente que
a adolescência é uma etapa que vai dos 11 a 12 anos (ás vezes, até antes) e vai até os 18 ou 19 anos, quando
entra na idade adulta. A puberdade é a parte inicial da adolescência.
Nesta primeira parte, as
pessoas dessa idade já não se sentem mais crianças, mas também, não se sentem
adultos. Este “não saber” onde se posicionar e “não se identificar” com uma
idade ou outra, promove uma certa confusão emocional, onde prevalece o
sentimento de insegurança.
As alterações hormonais
os deixam sensíveis e acarretam períodos de intensa energia física. È,
portanto, esse potencial energético que os torna inquietos e irritadiços. Os adultos
colaboram para essa confusão;Se agem como crianças ouvem: “você não é mais criança”. Mas, se querem tomar uma atitude
mais amadurecida, também ouvem: “Você não é adulto”.
As pessoas no início da
adolescência são extremamente entusiastas, movidas pelo desejo da experimentação
e da autonomia. Fazer coisas (de preferência sozinhos) é o grande objetivo. Ir à escola sozinho ou com os
amigos, fazer alguma tarefa fora de casa, atravessar ruas perigosas são coisas
que educam e dão prazer.
Educam porque fazem o
jovem adolescente compreender a necessidade da autoproteção. Enfrentar o mundo
fora de casa e voltar para ele sem nenhum arranhão (físico ou psicológico) lhes
dá um enorme prazer de conquista. Mas, não basta que essa aventura favoreça
apenas aos adultos. É preciso que, pelo menos algumas vezes, seus desejos sejam
realizados, para que se desenvolvam outros quesitos como o estabelecimento da
confiança e da responsabilidade.
Com relação ao estabelecimento
da confiança é mais em relação aos adultos do que a si mesmo, pois são
naturalmente autoconfiantes. Mas, eles precisam entender que os pais se
preocupam quando saem de casa.
Confiança e responsabilidade
caminham juntas. Os jovens adolescentes devem entender que dizer onde vai, o
que vai fazer e com quem vai, ir a um lugar e não a outro não lhe tira a
autonomia. Mas, que estas informações são necessárias em caso de emergência. Da
mesma forma, chegar no horário combinado, ligar de vez em quando para informar
como está ou se chegou bem, são atitudes que aumentam a confiança dos pais em
relação às suas saídas.
Mas, se são impedidos
de tudo, vigiados constantemente ou com a necessidade dos pais serem informados
a cada quinze minutos de onde está e do que está fazendo, faz com que todo o
esforço do jovem em conquistar a confiança dos pais caia por terra. A rebeldia normal
da idade se complica transformando-se em mentira.
O medo das atitudes
autoritárias e controladora dos adultos em confronto com as necessidades
naturais de experimentação, desejos de liberdade, autonomia e autoconfiança os
incitam a mentir e a enganar. Começam por dizer que vão a um lugar (bem aceito
pela família) e vão a outro (indesejável
à ela). E se essa atitude “colar” nas primeiras vezes, mentirá e enganará
constantemente.
A oposição de idéias e
de atitudes é uma outra forma de experimentação dos iniciantes da adolescência
para descobrir o que acontece do “outro lado”. Assim, o filho ou aluno cordato
passa a agir de maneira contrária, o bom aluno experimenta as primeiras notas
baixas, deixa de fazer as lições e entregar trabalhos, a descumprir certas
regras e a abusar dos limites.
Períodos de alegria e
de tristeza se alternam. O grande perigo é a depressão. Mas, jovens bem
orientados pela educação familiar passam por tudo isto sem maiores problemas, de
modo tranqüilo e equilibrado.
Fiquei super bem lendo esse texto, pois estava ficando preocupada com meu filho...Estou adorando seu blog... Parabéns pelo o texto, ajudou-me muito.. abraços
ResponderExcluirBoa Semana..