Desde o
nascimento até a entrada na adolescência, os pais observam os filhos crescerem.
Em cada fase do crescimento há mudanças e adaptações da família. Mas, nessas mudanças todas, os pais tinham a certeza de que os filhos ainda
precisavam deles. Mas, nenhuma mudança provoca tanta ansiedade quanto a da
entrada na adolescência. As mudanças no crescimento, no humor e no
comportamento dos filhos adolescentes provocam um verdadeiro reboliço na
dinâmica familiar e na relação com os pais.
Mas, porque
este reboliço acontece? Porque, de repente, os filhos ficaram rudes,
preguiçosos, egoístas, insensíveis e exigentes?
A tarefa de
educar não é uma tarefa fácil. Segundo Carl G. Jung, é na infância que a
personalidade começa a se formar. Época em a personalidade não passa de um
pequeno embrião (como se fosse um botão que desponta em meio a uma folhagem).
Portanto, é na infância, o momento propício para se ensinar todas as bases que
ele será quando for adulto. Época em
que devemos ensinar às crianças os valores morais e sociais, regras e limites
que regem a vida. É, portanto, na infância que preparamos o adolescente e nesta
outra fase, preparamos o adulto que virá a ser.
Vejamos algumas situações:
1- pais
superprotetores preparam pessoas dependentes, medrosas e incapazes de superar as
dificuldades que aparecem na caminhada da vida.
2- pais que
fazem tudo (mas tudo mesmo) para pelos filhos e no lugar deles preparam pessoas
acomodadas, sem iniciativas, preguiçosas e pouco produtivas.
3- pais que
obedecem sempre ao menor desejo ou vontade dos filhos preparam pessoas
exigentes, egoístas, birrentas, mandonas, mentirosas e insatisfeitas.
4- pais que
ensinam apenas os direitos dos filhos sem os ligar com os deveres preparam
pessoas exigentes, que querem levar vantagens sempre, egoístas, incapazes de se
colocarem no lugar dos outros.
5- pais que
nunca dizem “não” ao filho preparam pessoas irresponsáveis, egoístas, egocêntricas,
insensíveis aos desejos dos outros, sem limites, desobedientes, incompreensivos,
voluntariosos, reclamões e inconseqüentes
.
6- pais que presenteiam
diante uma falta do filho preparam pessoas que não respeitam as regras e
limites, que enxergam apenas os seus interesses e que não se importam com os
outros, incapazes de cumprir as leis vigentes.
8- pais que
ensinam gritando e ou xingando preparam pessoas com problemas de convívio
social, agressivas
9- pais
ausentes ou que deixam a educação dos filhos nas mãos de terceiros preparam
pessoas desequilibradas emocionalmente, com baixa auto-estima e baixa autoconfiança,
com forte sentimento de rejeição.
10- pais que
batem ou espancam preparam pessoas agressivas e de “pavio curto”, incapazes de
deixarem transparecer o afeto pelos outros.
Estes pais agem desta forma porque amam demais e acreditam que estão
fazendo o melhor pelos filhos e desejam que sejam pessoas felizes.
Mas, como se vê, são
filhos infelizes, desajustados, incapazes de sobreviverem por si só, de se
manterem num emprego e de ganharem seu sustento, incapazes de manterem uma
relação equilibrada com os outros, de constituir e manter uma família. Enfim,
pessoas frustradas e, por isso, fracassam
em tudo o que fazem. E pessoas assim são presas fáceis para qualquer tipo de
aliciador que lhes ofereça vida fácil e promessas de muito dinheiro.
Muitos pais acreditam também que, com a idade,
mudarão de comportamento. Por isso, ao entrarem na puberdade começam a cobrar
dos filhos o que não ensinaram na infância. Mas, idade cronológica é apenas um
dado numérico de contagem do tempo vivido. O que muda o comportamento são os
ensinamentos, as ordens claras e o exemplo dos pais.
é... os pais cometem muitos enganos na educação dos filhos... bjuu
ResponderExcluir