Resolver a esta questão
não é fácil porque cada filho é diferente do outro, tem problemas diferentes de
relacionamento com seus pais. Por outro lado, cada pai e cada mãe também são
diferentes uns dos outros. Além disto, não existem receitas prontas. No
entanto, existem pontos na educação dos filhos e nos conflitos que são comuns a
todas as famílias.
Um
desses pontos diz respeito a obediência e a disciplina, razão dos maiores
conflitos. Então, vamos analisar essa questão.
A
maioria dos pais passa o tempo todo do desenvolvimento dos filhos repetindo as
mesmas coisas no sentido de encaminhá-los para a vida. Mas, os filhos fazem
exatamente o contrário do que lhes é ou foi ensinado. Por que isto acontece?
Como bons educadores (e os pais são os primeiros mestres
de nossas vidas) pais e mães devem conhecer cada filho em particular. Conhecer
seus gostos, preferências, necessidades, desejos, tendências e inclinações. E
sabem que os filhos são rebeldes e desobedientes por natureza.
Os
filhos, para aprenderem, precisam experimentar e verificar o que acontece em cada situação. E nesta experimentação agem por experiências de ensaio e erro. Por isso, é necessário que os pais repitam
centenas ou milhares de vezes a mesma coisa, sem que se mostrem cansados dessa
tarefa ou irritado por ter de faze-la. A repetição atua como lembretes que os
filhos lançam mão em determinadas situações. Os
pais sabem que são modelos para os filhos. Por isso, precisam ter autoridade
sobre eles e colocar limites.
Colocar
limites é ensinar cada filho a perceber e compreender os seus próprios limites.
Devem ensinar que na vida em sociedade não se pode fazer o que quer e quando
bem entender. Que na vida, existe uma relação muito estreita entre direitos e deveres
que devem ser respeitada. E os filhos devem compreender e praticar esta
relação. Mas, esse ensinamento não deve ser feito com gritos, brigas,
nervosismos ou stresses.
Os
pais que ensinam gritando, brigando, batendo e humilhando os filhos perdem a
autoridade e o respeito deles.
Pais
extremamente benevolentes e paternalistas sufocam a personalidade dos filhos e
tiram deles a oportunidade de uma vida produtiva e autônoma. Na verdade, esse
paternalismo e benevolência serve mais aos interesses dos pais do que aos
filhos, porque filhos satisfeitos não reclamam, não discutem, não confrontam a
autoridade. Mas, também. os tornam alienados de suas próprias vidas.
Pelo
Código Civil, pais e mães têm a mesma responsabilidade sobre a educação dos
filhos. Mas, sabemos que na prática as coisas são bem diferentes e a
responsabilidade maior recai sobre os ombros da mãe, seja porque existe um
pensamento coletivo a esse respeito, seja por conta da “missão” maternal ou
porque o casal assim decidiu.
Mas,
se o homem é o “cabeça” da família, o grande provedor, a mãe é o “pescoço”, que
firma a cabeça e a liga ao restante do corpo. Cabe a ela a estruturação da
família. Uma estruturação que dita os rumos para onde a família se move. A ela
também cabe o papel de “fiel da balança”, ou seja, cabe a ela manter o
equilíbrio entre os membros da família e de suas relações.
Manter
esse equilíbrio não é esconder, ocultar ou não ver os erros e defeitos dos
filhos. Mas, o de educar adequadamente a todos e corrigir as arestas de cada um
em particular. E só consegue isto sendo justa e imparcial, dando crédito a quem
tem e provendo a cada filho das possibilidades de melhoria de conduta, Mas, também da empatia quando estes sofrem.
Ter empatia é sentir na pele o sofrimento, as decepções e
frustrações dos filhos, mas sem tomá-las para si como suas. É ser solidária,
porém, deixando que cada filho resolva suas questões por si só. É ouvir.
acalmar, orientar, e, pacientemente, esperar pela solução, como fazem os
amigos de seus filhos. Principalmente na puberdade e
na adolescência, quando os filhos já possuem a capacidade de decidir o que é
melhor para si.
E,
para ser empática é preciso deixar de lado alguns comportamentos egoístas, como
querer que os filhos continuem na sua dependência. E para isso, é preciso conquistar ou reconquistar a confiança dos filhos.
PENSEM NISTO:
PENSEM NISTO:
Kalil Gibran compara pais e filhos ao arco e a flecha. Os pais são os
arcos. Fortes, rijos, que sustentam e impulsionam a flecha na direção de um alvo.
A flecha, lançada á própria sorte, deve estar tão bem preparada que seja
capaz de superar as intempéries do trajeto e atingir o alvo.
fonte
Este texto tem como base a entrevista de Raul Teixeira a um programa da TV, contido num video do Youtube.
Raul Teixeira, recentemente falecido, foi professor da Universidade Federal Fluminense e Mestre e Doutor em Educação.
Raul Teixeira, recentemente falecido, foi professor da Universidade Federal Fluminense e Mestre e Doutor em Educação.
Sou Peagoga e trabalho com adolescentes com aprendizagem profissional, muitas vezes os pais me procuram pedindo ajuda com seus filhos, tenho uma filha de 15 anos então estou feliz com este blog, me leva a refletir e ter mas conhecimentos em ajudar minha filha e os jovens com seus pais.
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