Segundo
os dicionários, “a masturbação é um vício
solitário que busca o orgasmo através do estímulo manual do órgão sexual e que
pode ser praticado por homens e mulheres” (dicionário virtual). Mas, este é
um conceito arcaico e preconceituoso.
Se observarmos
um bebê, percebemos que levam as mãos e objetos à boca. E fazem isto sem qualquer
conhecimento do que seja “orgasmo”. Fazem porque a boca é uma zona que
proporciona um enorme prazer. E este ato é uma “forma rudimentar de masturbação”,
já que ela é uma zona erógena primária. Mais tarde, entre 1 a 3 anos, podemos
observar ereções penianas durante o sono ou quando os órgãos genitais são
tocados nas trocas das fraldas ou durante o banho. Já por volta dos 3 ou 4
anos, podemos observar que durante as brincadeiras, as crianças disfarçam e manipulam
os órgãos genitais.
Na
puberdade e na adolescência, por causa do amadurecimento dos órgãos sexuais, um
leve roçar provoca uma sensação prazerosa e que desperta a curiosidade. A
repetição do “roçar” faz com que os púberes e adolescentes descubram e aprendam
técnicas de tornar esse prazer mais duradouro. E com isto, ensaiam a relação
sexual dos adultos. Mais tarde, aprendem a obter o prazer na relação com um(a) parceiro
(a) através do coito. Mesmo assim, a masturbação ainda está presente como forma
de regular o desejo sexual. Na velhice, é costumeira e saudável.
Como
vimos, a masturbação é um comportamento normal e que acontece em todas as idades
servindo como fonte de autogratificação sexual e de liberação de tensões
provocadas pelo desejo sexual.
A
masturbação vem cercada de fantasias. Nas crianças, as fantasias surgem pela
curiosidade em saber o que os pais fazem ao fecharem a porta do quarto. Na
puberdade e na adolescência, as fantasias são simulações do ato sexual com a namorada,
com uma paquera ou com um astro da televisão ou do cinema. São essas fantasias
que determinam a variedade do tema, dos participantes envolvidos e do número de
ocorrências.
PRECONCEITOS,
CRENÇAS E MITOS
Há
séculos a masturbação tem sido vista com muito preconceito e como algo
ultrajante e vergonhoso. Crenças religiosas viam na masturbação um pecado grave
contra Deus. Isto porque para a maioria das religiões a finalidade do ato
sexual é a procriação. No caso específico da masturbação, o pecado estaria
ligado ao desperdício do sêmen ou esperma.
Muitos mitos
também estão envolvidos. Como por exemplo, de que a pessoa que se masturba fica
louca, passa a sofrer de esquizofrenia, tem epilepsia, que há um crescimento
anormal de pelo nas mãos, de que o sexo gasta e outros tantos por aí a fora.
Mas, nada disto é verdade. Nada disto acontece.
COMO OS
PAIS DEVEM PROCEDER EM QUALQUER IDADE
1- NÃO FAÇA ESCÂNDALO, NEM DRAMAS AO
SURPREENDER SEU FILHO (A) NESSE ATO – a masturbação faz parte do
desenvolvimento sexual, portanto, é um comportamento normal. Está presente em
todas as gerações, em todas as idades e em todas as partes do mundo. Escândalos
e dramas fazem com que a criança ou adolescente fique envergonhado, o que pode
impedir um desenvolvimento sexual normal
2- BRIGAS, ESPANCAMENTOS E
XINGAMENTOS não resolvem, ao contrário, só trazem problemas para o desenvolvimento
sexual da criança e do adolescente. Uma dessas consequências é a agressividade.
No caso das meninas, os escândalos, dramas, brigas, espancamentos e xingamentos
são mais frequentes e só servem para inibir o desenvolvimento sexual e
tornando-as passivas e submissas. Pais que agem dessa maneira acreditam que
assim podem impedir que suas filhas iniciem na vida sexual e engravidem
precocemente.
3- ORIENTE SEU FILHO - sobre o que é
isso, porque acontece e para que serve. Explique ainda que esse ato está
sujeito á normas sociais, portanto, não deve ser realizado na presença de
outras pessoas e indique o lugar mais adequado para essa prática.
4- RESPEITE as necessidades do
desenvolvimento do seu filho (a), mas, exponha (com clareza e sem imposição) suas
crenças religiosas e deixe que ele (a) decida o que fazer.
5- EXPLIQUE QUE TODO EXAGERO TRAZ
CONSEQUÊNCIAS. A função da masturbação é a de liberar tensões expressas pelo
desejo sexual, por isso, depois de praticada uma vez, o desejo passa. Mas, que
ele volta num outro dia. Sexo não gasta, nem diminui, nem enfraquece.
6- ENSINE OS HÁBITOS DE HIGIENE RELACIONADOS
– lavar as mãos antes e depois. Antes, para evitar irritações e infecções nas
áreas genitais.
7- EVITE PROPAGAR OS MITOS
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