Por
uma condição biológica nascemos meninos e meninas e isto é um fato. E cabe ás
famílias a formação dessas crianças.
Pensando
no significado do termo formação,
originário do latim “formatio”, cujo
sentido é “dar forma”, cabe ás famílias dar aos filhos, o formato que a
sociedade quer. Por isso, todos nós enquanto pais ou filhos, sofremos com uma
pressão da sociedade que quer que todos pensemos, agimos e sintamos da mesma
maneira, como a massa de bolo colocada numa única forma para assar, para que
sejam todos iguais.
Quando
uma criança nasce, muitos desejos são depositados sobre ela. Desejo da família
que quer que seja uma criança saudável, feliz, educada, honesta, estudiosa e
que tenha muito sucesso na vida. Mas também há o desejo, ideais projeções
individuais de pai e mãe de que o novo bebê seja igual a si mesmos ou que
gostariam de ser. Já a sociedade não pensa dessa forma. Quer de cada bebê uma
boa aparência. Essa boa aparência é o que conhecemos como
“comportamentos adequados”, ou seja, que sejamos iguais para que possa
progredir. E esses comportamentos sociais não passam de mera “convenção (padrão)
social”.
Já
repararam que apesar das boas intenções da família e da sociedade ninguém no
que as crianças possam pensar, agir ou sentir? Pois é. A única preocupação são
as próprias.
No
entanto, a maioria das crianças acabam se adaptando a essas convenções e
seguindo o caminho que lhes foi descrito. Mas existe uma minoria que é discriminada,
vilipendiada em seus direitos como seres humanos, repudiada socialmente como
aberrações da natureza, vítima de agressões físicas e morais, presa e
assassinada por pessoas e governos preconceituosos simplesmente porque um
pequeno detalhe: serem quem são. Sim, falo dos homossexuais e dos transgêneros.
Mas vamos tratar desse assunto pela visão dos que passam por esse problema.
A
homossexualidade e transgeneridade sempre existiram. Estavam presentes na Pré-História,
na Idades Antiga e na primeira fase da Idade Média onde era vista com
naturalidade. Porém, foi na segunda metade da idade Média, com o advento do
Cristianismo, não pela religião e seus dogmas, mas pelas primeiras convenções
sociais criadas pelos padres da época, os homossexuais (e outros que fugiam aos
padrões de conduta da época), foram banidos do convívio social. Nas Idades
Modernas e Contemporânea, algumas delas ainda continuam em vigor, embora muitas leis de
conduta tenham sido modificadas ao longo do tempo. É por isso que, quando os
adolescentes tomam conhecimento de quem e como são sofrem tanto.
Tudo
começa na infância. Obvio que não nos primeiros anos de vida por ainda estarem
conhecendo o mundo e descobrindo-se pessoas diferenciada de seus pais e irmãos.
Mas depois que se descobrem meninos e meninas. E todos nós passamos por estas
fases. A maioria se aceita como são porque se identificam de pronto com esse
visual e com modo de ser.
Mas,
para alguns, esse corpo é estranho. E um certo desconforto se instala e não
conseguem definir essa sensação. Mas mostram esse desconforto em suas inocentes
brincadeiras. Os meninos rejeitam os brinquedos que os meninos geralmente
gostam e se empolgam com os brinquedos das meninas. E vice-versa. Brincam e
trabalham com todos indistintamente.
Com
o tempo e um pouco mais de maturidade, vem o convívio com outras crianças na
escola. Na Educação Infantil se dão bem com todos. Mas, no início do ensino
fundamental, as meninas preferem a companhia dos meninos. Gostam das brincadeiras deles e participam
mais ativamente delas. O mesmo acontece com os meninos, mas sua preferência são
as meninas e suas brincadeiras. Mas se dão bem com todos e agem de forma
natural. Os pais notam e se sentem ameaçados. Por isso, procuram e os aproximam
de seus iguais. Mas o incômodo continua um pouco mais forte.
Um
pouco depois, por conviverem mais com amigos do sexo oposto e gostar de estar e
brincar com elas, os meninos são chamados de “maricas, mariquinhas ou outro
nome com o mesmo valor”. Já as meninas, são chamadas “homenzinho, maria-homem,
molecote ou outro qualquer”. Ficam enraivecidos, esbravejam e brigam. Mas a
crueldade infantil é implacável e os alerta para uma dolorosa suspeita. E
apesar de não acreditarem, ficam preocupados. Os pais por sua vez, certos de
terem resolvido essa questão lá atrás, acham que essas “ofensas” é uma coisa
normal, coisas de criança dessa idade.
Com
a chegada da puberdade as coisas se complicam porque as dúvidas aumentam. Não
se incomodam com as mudanças físicas que ocorrem durante a puberdade. Mas a
certeza mesmo, acontece quando tomam consciência que estão deslumbrados (misto
de paixão e admiração) por alguém do
próprio sexo. Aí caem na real. Procuram informação sobre o assunto na Internet,
e ficam sabendo das consequências e dos perigos que podem vir a enfrentar. E,
se por um lado se acalmam pelo fim de suas dúvidas, outras começam: contar ou
não aos pais.
Embora
saibam que é uma atitude inevitável, procuram adiá-la o mais possível, pois
temem suas reações. E se martirizam novamente. Mas um dia, a verdade chega sem
dó, nem piedade.
A
família se assusta ao saber. Poucos são os pais que os entendem e apoiam. A
maioria ainda os afastam do seu convívio como se fossem verdadeiras aberrações
da natureza. Seu comportamento mais ou menos exagerado aparece com forma de
proteção das ruas onde, geralmente, acabam. Acolhidos por outros gays ou
sozinhos e sem ter com quem contar, amargam uma vida dura e cheia de
discriminação. E muitos, se envolvem com o alcoolismo, nas drogas, por ambos ou
na prostituição.
Muitos homossexuais gays morrem vitimados pela homofobia.
OS TRANSGÊNEROS
Com
os transgêneros a coisa é mais complicada. Demoram mais se assumir como são.
Seu dilema ainda é pouco conhecido, mas isto não significa que seja uma
novidade. Não é uma doença como todo mundo imagina, é simplesmente uma essência
feminina num corpo masculino ou ao contrário, se forem meninas, uma essência
masculina num corpo masculino. Para ambos, é um corpo que nada tem a ver com
sua alma, seu espírito ou essência.
As
mudanças físicas os incomodam demais. Os pelos no rosto e no corpo, o formato
dos músculos, as roupas que usam são um transtorno para os meninos. Há noticia na mídia que um menino transgênero tentou cortar o pênis por não aceitá-lo em seu corpo. Até seu
nome é um tormento ao ser pronunciado por eles ou por outras pessoas.
Os
seios, o arredondamento dos quadris e a chegada da menstruação são terríveis
para as meninas. A vontade que sentem é de interromper essas mudanças, embora
nada possam fazer com quanto a isso. Então, procuram esconder seu corpo, evitam
trocar-se diante de outras pessoas, de falar de suas dúvidas. De algum modo
evitam os gestos mais delicados (meninos) ou mais bruscos (meninas) adquiridos
com a convivência com o sexo oposto. E essa difícil tarefa de esconder-se, traz
mais insegurança.
E
quanto mais se escondem e experimentam uma adequação a esse físico eu lhe é tão
desconhecido, mais sofrem. E para evitar tanta dor, muita terapia é feita. Mas
um dia, explodem e a verdade nua e crua vem a tona.
Muitos
tentam cirurgias de mudança de sexo. Mas muitos outros depois de saberem de
transgeneridade preferem ficar como estão. Vestem-se, adotam posturas e
pensamentos femininos ou masculinos, conforme sua predisposição.
Muitos transgênicos cometem suicídio quando não encontram o devido apoio que tanto necessitam.
Muitos transgênicos cometem suicídio quando não encontram o devido apoio que tanto necessitam.
Precisamos
fazer aqui uma ressalva. Embora homens e mulheres de acordo com sua essência e se
vistam com roupas masculinas ou femininas podem não ser transgêneros, mas transformistas.
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