Na
Idade Média, a vida
não era fácil. A expectativa de vida era muito baixa, o que significava que
morriam muito cedo. Por isso, as mulheres
casavam-se muito jovens, ainda na adolescência. No entanto, seus maridos tinham
duas ou três dezenas de anos a mais que elas. Assim, saíam da tutela dos pais para
entrarem na tutela dos maridos.
O
casamento era uma forma de controle e domínio masculino sobre as jovens. A
função do marido era o de chefe da família e de provedor. Gozavam de total
liberdade, incluindo o poder de vigiar e controlar a vida das mulheres sob sua
tutela e tomar as decisões que bem entendessem sobre suas vidas.
Após
o casamento, as mulheres tornavam-se responsáveis pela manutenção do lar, do
cuidado com os filhos, manter a fidelidade ao marido e ao sacramento dado pela
Igreja, ou seja, cabia a elas a manutenção do casamento. Além das atividades
domésticas, cabia a elas ajudarem nos negócios dos maridos. Somente quando os
maridos estivessem ausentes ou fossem falecidos, elas podiam tomar decisões e
chefiar a casa e os negócios. Mas não podiam votar, participar da política
local ou tomar decisões por conta própria.
Se
falecessem antes dos maridos, seus bens pessoais eram devolvidos aos os pais.
Porém, se chegassem a idade adulta ainda solteiras, perdiam os direitos legais
aos bens da família (herança, por exemplo).
Como
se pode perceber, as mulheres da Idade Média tinham pouquíssimos direitos. No
fundo, gozavam de uma “pseudo liberdade”, desde que fossem submissas aos pais
ou aos maridos. Por isso, sentiam a
necessidade de serem mais valorizadas e respeitadas.
No final
da Alta Idade Média, o mundo vivia uma série de transformações devido a
intensificação do comércio com o
Oriente. Os homens partiam para longas e
duradouras viagens para comerciar no Oriente. E como a vida local não podia
parar, as mulheres passaram a tomar conta e a tomar decisões sobre eles. Muitas
mulheres tiveram que aprender o ofício dos pais ou dos maridos para tocarem os
negócios da família. E ao fazerem isso, profissionalizaram-se.
Era
possível encontrar mulheres que eram comerciantes, hábeis tecelãs, enfermeiras,
tintureiras, copistas, encadernadoras. Outras que participavam ativamente da
política local e algumas mulheres da nobreza se tornaram rainhas
poderosíssimas. Algumas, até aprenderam a ler e a escrever (coisa que era uma
atividade exclusivamente masculina) e se tornaram professoras, médicas e abadessas.
E tudo isto sem esquecerem as tarefas domésticas e os deveres maternos. E todas
já encontravam um momento em que podiam expressar seus pensamentos e
sentimentos.
Mas a
Igreja, que sempre foi muito machista, começou a perder seu prestígio e
percebeu que as mulheres estavam ganhando muito espaço. Por isso, tentou coibir
a iniciativa feminina para manter novamente o controle sobre elas. E como não
estavam conseguindo, resolveram culpar “as mulheres”.
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