É
que as mulheres já estavam cansadas de tantas culpas e de submissão. Afinal,
isso já durava muitos séculos. Conscientes ou não de sua importância no mundo,
as mulheres começaram a se rebelar. E tudo começou com as aristocratas e
pessoas da classe social mais abastada.
Elas começaram a reclamar sobre a
amamentação, alegando que os inúmeros compromissos sociais lhes tiravam o tempo
necessário para a amamentação dos filhos. E passaram a contratar as
amas-de-leite.
Sabendo
disso, as mulheres da classe média, passaram a reclamar que o meio urbano era
insalubre demais para os bebês, já que seus compromissos sociais não lhes
serviriam como justificativa.
E passaram a mandar os filhos e as amas-de-leite
para o campo, onde ficavam até o desmame. E as mulheres da classe pobre não
tinham outra alternativa a não ser deixá-los com alguém (vizinhos, parentes ou
filhos mais velhos) que cuidavam dos bebês, enquanto trabalhavam fora de casa.
Foi
aí que a Medicina e a Igreja se meteram nessa história. Cada uma com suas
versões sobre o assunto, mas sempre tentando culpar as mulheres. A Medicina
ainda possuía um pequeno conhecimento sobre o corpo humano.
E, em se tratando
do corpo feminino, menor ainda e baseado em crendices que divulgavam como sendo
ciência.
Afirmavam. por exemplo que, as lactantes (mães que amamentam) não
ovulavam porque o sangue se transformava em leite em vez de ser eliminado na
menstruação. Ou, que as relações sexuais desviavam o leite materno para as
genitálias, por isso, as amas-de-leite não podiam ter relações recentes. Ou
ainda, de que as amas-de-leite não podiam estar grávidas porque o embrião
sugaria o leite que seria destinado ao bebê da patroa.
A
Igreja, por sua vez, querendo evitar o adultério (que já acontecia muito e há
muito tempo), impunha restrições quanto as amas-de-leite viverem na residência
das patroas, alegando que a troca do leite das mães pelo das amas-de-leite uma
ação antinatural. Foi daí que surgiu um grande problema.
O
primeiro ponto desse problema era o de conciliar o que a Igreja e a Medicina
queriam com a amamentação das crianças. O segundo ponto foi que, não havia
amas-de-leite que escapasse das normas ditadas por ambas. O resultado dessa
encrenca foi a redução do número de nascimentos nas classes alta e média nos
séculos XVII.
"VIRGEM MARIA E A CRIANÇA" (1490)- Pintura de Giovanni Bellini - Pinterest.com
"MATERNIDAD" - Pintura de Henri Lebasque (1865 - 1937) - Pinterest, com
"A WET NURSE WITH BABY AND MOTHER" de Marguerite Gerard (sd) - Pinterest.com
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