Apesar das dificuldades que as pessoas do século XIX viviam, o LIBERLISMO foi o grande marco desse século. O liberalismo foi um movimento iniciado por um grupo de pensadores europeus. Baseados na observação de como os burgueses da Revolução Francesa iam em busca dos seus interesses e de como progrediam na vida. Esses pensadores percebiam nessa busca de um objetivo por meio de suas próprias inciativas ou por seus próprios recursos, Com isso, modificavam o ambiente a sua volta e criavam muitas possibilidades na relação dos homens com o mundo. Os pensadores percebiam uma certa “felicidade” nessa busca e nas suas conquistas.
Os pensadores perceberam que esse comportamento dos burgueses era completamente diferente do comportamento das pessoas de épocas anteriores. As pessoas corriam atrás de seus objetivos e interesses pessoais e não estavam mais submissas às vontades das igrejas ou dos monarcas. Descobriram também que a individualidade de cada um, com seus desejos e interesses diferenciados, trazia uma nova maneira de encarar o mundo.
Era uma ação que envolvia uma certa RAZÃO de ser e de se comportar dessa maneira. E quanto mais buscavam, mais queriam conhecer, melhorar e modificar o mundo. E isto fazia a sociedade local se desenvolver, progredir e melhorar junto. Perceberam que, quanto mais liberdade e igualdade havia, mais queriam que o coletivo melhorasse.
Comparando esse comportamento com o das pessoas de épocas anteriores chegaram à conclusão de que, homens e mulheres, deviam ser livres e iguais. E que os governos deveriam permitir essa igualdade e liberdade em benefício da própria sociedade, já que um mundo de oportunidades se descortinava. No entanto, nem todos pensavam dessa maneira, apesar do senso comum quanto aos valores, a liberdade, a razão, a individualidade e a igualdade.
O
liberalismo foi uma ótima oportunidade de desenvolvimento dos povos e das atitudes
masculinas mais arrojadas. Porém, essa parcela da sociedade tinha uma grande
dificuldade de entender a liberdade feminina, apesar de vê-las de modo
diferente: como companheiras de jornada e não mais como um ser submisso. Os
homens aceitavam que as mulheres podiam escolher casar ou ficarem solteiras,
sem que fossem rebaixadas ou condenadas por isso.
A
ala mais conservadora da burguesia passou a ficar incomodada com uma porção de
coisas que as mulheres podiam fazer uma porção de coisas que não faziam antes,
como estudarem e trabalharem fora de casa. E muitas vezes as mulheres eram
recriminadas ou mesmo impedidas de fazer o que desejavam. Diante das liberdades
femininas os homens mais conservadores perdiam o rumo e ficavam indecisos sobre
o seu papel na sociedade e na família.
E
eles pensavam: Se antes o homem eram o provedor da família e agora com elas
trabalhando fora, o provedor é quem? Elas ou eles? ou, se perguntavam quem era
o chefe familiar: elas ou elas? Quanto a autoridade a quem cada um devia obedecer?
E como ficaria se os homens tivessem que obedecer às ordens femininas?
Pois
é. O liberalismo deu um nó na cabeça dos homens do século XIX. Os homens temiam
que as mulheres passassem a dominá-los e
tomassem os seus privilégios. Em outras palavras estava em jogo o papel do
homem e o papel das mulheres numa sociedade ainda muito machista. E houve uma
grande e demorada discussão a esse respeito.
Finalmente,
concluíram que:
1-
Às mulheres cabia o papel de esposas e, consequentemente, da maternidade era ponto
indiscutível e definitivo.
2-
Homens e mulheres poderiam escolher seus parceiros e as relações sexuais
passariam a ser importantes entre o casal.
3-
Ter filhos se tornou algo muito importante.
Dessa
discussão toda resultaram em consequências que não ajudaram muito às mulheres,
tais como: as esposas deviam acatar as ordens dos maridos que permaneciam como
chefe familiar. O cuidado com o marido e com os filhos e a educação destes
ficava a cargo da mulher. Quanto dessas mulheres estudarem e trabalharem fora,
dependeria de um acordo entre o casal. As mulheres estéreis passaram a ser
repudiadas. O adultério feminino era desabonador por serem consideradas “complemento do homem”.
Na
sociedade, apesar dos direitos que lhes eram conferidos, as mulheres que saíam
sozinhas para passearem, davam margem à fofocas e comentários desagradáveis. O
voto era indiscutivelmente próprio do comportamento masculino, com a desculpa
de as mulheres não entendiam de política. Nas Artes, podiam até aprender e
fazê-las como passatempo ou para decorar a casa. Viver de sua arte, não podiam.
Como
vimos, poucas coisas mudaram no século XIX. As mulheres cerceadas em muitas
coisas e a maioria se acomodou nos novos papéis sociais. Mas algumas se
rebelaram.
Destacaram-se
na pintura: (usando apenas o sobrenome como forma de driblar a sociedade que
permanecia sobre o domínio masculino), porque de outra forma não vendiam seus
quadros: HARRIET POWER (1837 a 1910), EUA, especializada em retratando os
escravos africanos de seu país, em aquarela; BERTHE MORISOT (1941 a 1895) –
FRANÇA - pintura a óleo; EVELIN B. LONGNAN (1845 a 1890), EUA – pintura a óleo;
MARY CASSAT (1845 a 1926), esposa de Degás – pintura a óleo; TINA BLAU (1847 a
1916) – ÁUSTRIA - pintura a óleo; ELISABETH T. BUTLER (1848 a 1920) - INGLATERRA - pintura a óleo; OLGA LAGODA
SHISHKIN (1850 a 1881) - RÚSSIA -
pintura a óleo; HERMINE von PREUSCHEN (1854 a 1919) – ALEMANHA - pintura a
óleo; MARY E. DIGMAN (1857 a 1938) - CANADÁ - pintura a óleo; LOUISE ABLEMA
(1858 a * ) - FRANÇA - pintura a óleo e aquarela;
CAMILLE CLAUDEL (1863 a 1943) - FRANÇA -
pintura a óleo; LOUISE DE HEM (1866 A 1922) – BÉLGICA - pintura a óleo; dentre
outra.
Na
fotografia destaque para: JULIA MARGARET CAMERON (1815 a 1879) – EUA. Na
escultura, destaque para: HARRIET HOSNER (1830 A 1908) – NORUEGA; BEATRIZ
POTTER (1866 a1943) – EUA; ADÉLIA JONHSON (1895 a 1941) – EUA, dentre outras.
Na moda, a estilista ROSA BONHEUR (1822 A 1899) – FRANÇA é o destaque.
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