OBJETIVO DO BLOG

Este blog tem por objetivo orientar os pais que possuem filhos entrando ou vivenciando a adolescência. De orientar também os professores que lidam com eles diariamente,para que possam compreender suas dificuldades e ajudá-los ainda mais, pois, esta é uma fase complicada na vida dos jovens e, muitos pais e professores não sabem como agir diante de certas atitudes desses jovens. Pais e professores encontrarão aqui informações de médicos, psicólogos e teóricos sobre a educação dos adolescentes.

sábado, 29 de dezembro de 2018

O TRABALHO, A VIDA E AS PRESSÕES DO SÉCULO XIX



Apesar de terem conseguido alguns direitos por conta das manifestações, o trabalho continuava na mesma: muitas horas, salários baixos, patrões autoritários e exploradores. E o voto feminino custava a não ser permitido e as mulheres e suas famílias foram pressionadas de todas as formas.

Aos poucos, as mulheres começaram a perceber que a vida familiar e a vida profissional pareciam não combinar. E sobreviviam às custas de um sobre o outro de forma que, ou trabalhavam e se descuidavam da família ou ocorria o contrário. Desanimadas com a situação, a vida ia sendo pouco a pouco delimitada.


As pressões (urbanas, econômicas, científica, institucional e trabalhistas) modificaram as populações tornando-as mais flutuantes e os matrimônios passaram a ser regidos por essa flutuação. Porém, a sociedade de mercado se tornou mais efervescente e liderada por empresários arrojados que faziam de tudo para atingirem novos patamares rumo a um futuro promissor. Mas não era nada fácil. Houveram muitos espinhos, dores, tragédias e muita sujeira também. As mulheres, esperançosas, ansiavam por esse futuro. Um mundo idealizado que custava a chegar.

E enquanto esperavam criava-se um novo sistema de pensamento influenciado pela Psicanálise de Sigmund Freud, cujo centro era o sexo e a sexualidade. E com esse pensamento surge a grande mudança progressiva no comportamento, mas que só se verificou no século XX.

O primeiro comportamento mudado lentamente foi a criação de mentalidade sobre a família e da relação conjugal. Por meio dessa conscientização os filhos se ligavam aos pais e aos irmãos pela biologia e pela hereditariedade. Com esse novo modo de pensar, a família passou a ser entendida como uma instituição indestrutível, enquanto o casamento, podia acabar a qualquer momento já que não havia laços sanguíneos envolvidos entre maridos e mulheres.


O casamento dentro desse novo conceito cultural, religioso e sexual adquiria um conceito mais amplo e moderno: o de união estável. Portanto, desde que duas pessoas (de sexos iguais ou diferentes, legalmente casados ou não) que vivessem diariamente sob o mesmo teto numa relação afetuosa e amorosa, esta relação podia ser chamada de casamento.

Os filhos bastardos deixaram de existir, porque os pais passaram a assumir as suas responsabilidades extraconjugais. Além do mais, as mães sempre ficavam mais oneradas fosse pelo abandono do lar ou pela “desonra” de ter um filho “bastardo”. Além da morte natural, só o desquite permitia uma demanda investigatória de paternidade.

A segunda grande mudança no comportamento da época, diz respeito a escolaridade da população. No século XIX, mesmo com as melhores expectativas, apenas 12% da população mundial era alfabetizada e, que nesse índice estavam inclusos homens e mulheres.


No entanto, em épocas anteriores, 88% nunca tiveram a oportunidade de acesso à educação escolar. Não sabiam nada de suas próprias existências quanto mais da existência do mundo que estava à sua volta. Tudo o que sabiam deles e dos outros estava baseado nas suas próprias experiências (e que eram poucas) e do fruto de sua própria imaginação.

Mas nem tudo eram espinhos. Dos 12%, 2 a 3% formavam a elite letrada (literários, médicos, juristas, enfermeiros, industriais, professores etc) e considerados como “mentes geniais”. E eram eles quem lideravam uma revolução que fez surgir a “sociedade de mercado” nova e efervescente que, por sua vez, fez o mundo levantar voo e chegar a patamares inimagináveis.


A urbanização consolidou a organização dos movimentos sociais e esse modus vivendi de total desapego se mostrou perigoso ao Estado. Campanhas reforçaram o valor da estabilidade, do casamento, de quartos separados, de sexos separados, de camas individuais, de famílias em casas separadas com no mínimo dois quartos, etc. Camadas isoladas da sociedade se opunham ao veiculado. E tudo que era liberado anteriormente visava, agora, um controle de proximidade e da possibilidade da visualização do ato proibido, como era a masturbação. É verdade que, em menos de um século, a humanidade passou por muitas sujeiras e tragédias para encontrar um novo rumo.


IMAGENS: Google

Nenhum comentário:

Postar um comentário

MEUS QUERIDOS

Fiquei muito feliz com sua visita a este espaço que também é seu. para que ele fique melhor e mais do seu agrado, deixe por favor, um comentario, um recadinho ou uma sugestão.
OBRIGADA