OBJETIVO DO BLOG

Este blog tem por objetivo orientar os pais que possuem filhos entrando ou vivenciando a adolescência. De orientar também os professores que lidam com eles diariamente,para que possam compreender suas dificuldades e ajudá-los ainda mais, pois, esta é uma fase complicada na vida dos jovens e, muitos pais e professores não sabem como agir diante de certas atitudes desses jovens. Pais e professores encontrarão aqui informações de médicos, psicólogos e teóricos sobre a educação dos adolescentes.

segunda-feira, 23 de junho de 2014

TRANSTORNO DE PERSONALIDADE LIMÍTROFE


As causas deste transtorno são variadas. Geralmente, começa na infância e começa a se manifestar na adolescência e torna-se um padrão de comportamento ou uma condição mental no início da juventude.


Como causas temos as ambientais e as emocionais. Crianças que desde pequenas sofrem maus tratos, vida familiar desajustada e com pouca comunicação verbal entre os parentes próximos e as que sofrem abuso sexual ou emocional estão mais propensas a este transtorno.


Estes indivíduos tem um pensamento e consciência distorcidos do EU, ou seja, acham-se incapazes e inferiores aos outros, o que dificulta os estudos, o trabalho, os relacionamentos interpessoais porque se magoam facilmente, porque se colocam em desvantagem com relação ao companheiro (seja ele namorado, amigo ou parente próximo). Por causa disso, agem impulsivamente porque possuem uma péssima imagem de si mesmas. Essa distorção da imagem de si mesma pode levar a uma idealização do outro (a pessoa admirada tem sentimentos nobres e as melhores qualidades) ou desaprovação ou rejeição do outro.

Suas emoções são instáveis e turbulentas devido a experiências desagradáveis. Não conseguem fazer planos (estudo, trabalho, vida em comum com outras pessoas) porque não conseguem fazer planos a longo prazo. E se punem constantemente com auto-agressões, ou seja, machucam-se de propósito porque se sentem sozinhas, abandonadas e desprezadas e temem ser abandonados. 

 

Em casos mais graves, tentam o suicídio, sim, e pelo mesmo motivo. Por isso, precisam estar sempre acompanhados. Cerca de 20% deles, fazem uso abusivo de drogas ou do álcool.

Embora seja pouco conhecido, este transtorno é mais frequente em mulheres do que em homens. Com um baixo controle das emoções chagam a beirar os limites da psicose. O tratamento é psiquiátrico e é bastante longo. Em 20% dos casos, a hospitalização é necessária. Porém, melhoram com o tempo e com o tratamento, voltando a ter uma vida social equilibrada, produtividade no trabalho e estabilidade na vida conjugal.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

TRANSTORNO DE PERSONALIDADE ESQUIVA


Quando uma pessoa se encolhe diante de alguém ou de uma situação dizemos que é tímida. Na verdade, esta situação é mais um acanhamento ou uma inibição. Desconfortável, é verdade! Mas, com o tempo, a pessoa perde o medo e enfrenta as várias situações que a vida apresenta.


A timidez ao contrário, é algo que impede ou interfere em várias situações e, principalmente, nas relações sociais e pessoais. Os sujeitos deixam de realizar seus objetivos pessoais ou profissionais por conta da timidez. As pessoas tímidas não confrontam a autoridade dos pais, professores e chefes no trabalho.

Mas, não interagem com todas as pessoas do seu círculo de atuação (classe, da escola ou do trabalho) É a pessoa que sente “vergonha” em situações específicas como pessoas estranhas, falar em público, ler em voz alta e emitir opiniões pessoais. Isto porque as pessoas realmente tímidas apresentam uma preocupação exagerada com o que os outros pensam dela, do que ela diz ou faz. Essa preocupação está relacionada com o medo do pensamento, das atitudes e reação das pessoas, ou seja, acham que as pessoas vão rir ou criticar do que ela pensa, diz ou faz. E isto pode ocorrer até com pessoas do próprio grupo familiar. Mas, este tipo de pessoa não tem comprometida a sua produtividade. Geralmente, são eficientes e produtiva. Em contra partida, possuem uma qualidade de vida mais pobre do que aqueles que não são tímidos.

Mas, há pessoas que exageram nessa timidez ou vergonha. Essa inibição ou vergonha acontece em todas as situações e impede a sua produtividade. Não conseguem fazer amigos, falar com estranhos, amedrontam-se diante da autoridade de alguém (pais, professores, chefes, colegas etc), ficam amedrontados quando falam em público, apresentam sentimentos de incapacidade e de pouca valia, possuem uma sensibilidade extremada a críticas e repreensões. Evidentemente se isolam e são solitários. Aí então, trata-se de um transtorno de personalidade esquiva.

POR QUE AS PESSOAS SÃO ASSIM?

Dizem os especialistas que algumas crianças já nascem com uma predisposição para a timidez. Mas dizem também que, apesar dessa predisposição, a maioria consegue levar a vida com uma qualidade estável.

Porém, quando na infância as crianças com essa predisposição possuem pais (um ou os dois) tímidos, a percepção que possuem de si mesmos é transferida para os filhos, porque os pequenos aprendem, por imitação, a ser como os pais. 

Por outro lado quando, os pais: 

a) SÃO AGRESSIVOS, os filhos passam a ver os outros como hostis, ou seja, que vão trata-los como os pais os tratam. 


b) quando submetem os filhos a CRÍTICAS E REPREENSÕES constantes seguidas ou não de humilhações veladas ou expressas em público, fazendo com que a autoestima dos filhos fique comprometida. 

c) quando os pais CRIAM SITUAÇÕES  QUE CAUSAM VERGONHA nos filhos, como as crises de embriaguez, condutas desregradas, brigas e separações, uso abusivo de drogas. 

d) quando os pais tratam os filhos com FRIEZA, ou seja, quando são incapazes de demonstrar sentimentos de afeto, podem colaborar que os filhos não adquiram a confiança em si mesmos.


De qualquer forma, apesar da predisposição, o comportamento e a atitude dos pais é fundamental para eliminar ou cultivar a timidez e, consequentemente, o transtorno de personalidade esquiva.

QUANDO A TIMIDEZ É UMA PATOLOGIA MENTAL?


Quando uma pessoa tem vergonha de si mesmo e da sociedade, isolando-se de tudo e de todos propositalmente e age diante de qualquer pessoa como antissocial radical trata-se de uma “misantropia”, ou seja, uma sociopatia escondida.

TRATAMENTO


No primeiro e no segundo casos o tratamento é psicológico. Nos dois últimos, o tratamento é psiquiátrico.