OBJETIVO DO BLOG

Este blog tem por objetivo orientar os pais que possuem filhos entrando ou vivenciando a adolescência. De orientar também os professores que lidam com eles diariamente,para que possam compreender suas dificuldades e ajudá-los ainda mais, pois, esta é uma fase complicada na vida dos jovens e, muitos pais e professores não sabem como agir diante de certas atitudes desses jovens. Pais e professores encontrarão aqui informações de médicos, psicólogos e teóricos sobre a educação dos adolescentes.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

SOB O DOMÍNIO DO CRACK (II)


Como vimos, os consumidores sob o domínio do crack ficam expostos a dois tipos de efeitos fisiológicos: a curto e a longo prazos.

À curto prazo o uso do crack provoca: dilatação das pupilas, febre, aumento do ritmo dos batimentos cardíacos por um estreitamento dos vasos sanguíneos e aumento da pressão arterial. As altas dosagens podem provocar comportamentos estranhos e violentos, tremores, vertigens, contrações musculares involuntárias, agitação, irritabilidade, ansiedade, atitudes paranóides. Param algumas pessoas alérgicas ou com problemas respiratórios ou cardíacos, a primeira dose já pode ser fatal.
À longo prazo, pode haver o risco de  acidente vascular cerebral  (AVC) devido ao aumento da temperatura corporal,  bem como provocar lesões cerebrais irreversíveis, degeneração muscular dando ao usuário uma aparência esquelética. Grande parte dos usuários de crack apresentam os olhos fundos e esbugalhados, olheiras por vários dias de insônia, ossos faciais salientes, braços e pernas finos (pela inibição da fome), o que lhes dá um aspecto doentio. Paradas cardíacas, convulsões seguidas de parada respiratória são, geralmente, levam o usuário á morte. Outros podem desenvolver uma tolerância a altas dosagens, por isso, muitos morrem de forma inesperada e repentina.

Os usuários de crack que improvisam cachimbos com latas de alumínio. O alumínio dessas latas pode ser outra fonte de intoxicação (aumento da taxa de alumínio sérico) que provoca problemas nos ossos, rins, coração e problemas neurológicos.

Sendo o crack a versão impura da cocaína é, portanto, mais barata em relação a outras drogas. No entanto, o fato de usá-la continuadamente, faz com que o barato se torne caro. O vício os impede de trabalhar e estudar porque estão sempre preocupados em conseguir outra dose. E para conseguirem o dinheiro necessário, os usuários se submetem à prática de delitos, furtos e a prostituição. Geralmente, os primeiros atos delituosos começam dentro da própria casa, vendendo tudo o que possuem e ficando, muitas vezes, com a roupa do corpo. E quando não tiverem mais o que vender de seu, vendem o que a família possui.
Os usuários de crack envolvem-se constantemente com brigas, enfrentam a polícia ou são punidos pelos traficantes por dívidas contraídas na compra das doses. Daí, os homicídios possuírem índices elevados como causa-mortis (oito vezes maior que a população geral, segundo pesquisas de estudo).

Outro problema que enfrentam está às doenças sexualmente transmissíveis (DST) por comportamentos promíscuos gerado pela droga.




RECUPERAÇÃO E TRATAMENTO
Como todo mundo sabe, a recuperação é difícil do usuário de crack é difícil, pois depende da vontade do sujeito em querer deixar as drogas e da coragem de enfrentar os efeitos da abstinência. Ainda assim, muitos entram em tratamento, mas desistem e voltam a procurar a droga. Outros, não encontram vagas em clinicas especializadas ou as famílias não podem custear o tratamento. Outras vezes, a família quer e pode custear, mas caem em instituições nem sempre idôneas.

A recuperação é difícil, mas não é impossível. Depende do apoio familiar, da comunidade, de locais de saúde adequados, pessoal especializado.

Obs: Recentemente, o governo de São Paulo conseguiu na Justiça a permissão para a internação compulsória, ou seja, à revelia do dependente.

fontes:

sexta-feira, 12 de abril de 2013

SOB O DOMÍNIO DO CRACK (I)

DROGAS ILÍCITAS
Obs: como o texto é longo, vou postá-lo em partes.

Na língua inglesa existe o verbo “to crack”, cujo significado é “quebrar”. O crack, essa droga perversa, tem este nome porque ao ser acesa e durante sua queima, dá pequenos estalos como se tivesse quebrando ou trincando um cristal. E na verdade está. Os cristais de suas pedras estalam porque se partem.

O QUE É O CRACK?
Depois de retirado o sumo do mesmo vegetal com que se produz a cocaína, o resíduo vegetal é lavado e espremido, formando assim um sumo com menor teor, ao qual podem ser associadas outras substâncias tais como: outros tóxicos, cimento branco, pó de talco, pó de vidro, ácido acetilsalicílico, etc. O que sobra disso tudo é denominado “pasta de coca”.
O crack é a junção dessa pasta com bicarbonato de sódio. O bicarbonato de sódio ao entrar em contato com a água produz uma reação química formando pequenos cristais. Assim, com a evaporação da água, essa mistura endurece formando-se as “pedras de cocaína” ou, como foi chamada mais tarde, “pedras de crack”.
Não se pode afirmar que a pedra de crack é um derivado da cocaína. O crack não é uma substância pura, porque houve a mistura de um outro elemento.

COMO É USADA?
Para que essas pedras sejam utilizadas como entorpecente, é preciso que seja queimada. Os usuários fazem uso de um cachimbo, do narguilé ou fazem um improviso utilizando latas de refrigerante ou de cerveja. Da queima da pedra inteira ou raspada sai uma fumaça que é aspirada pela boca e engolida. Daí dizer-se que é “fumada”.
 

Dez segundos após a aspiração, a fumaça atinge Sistema Nervoso Central (SNC) e produz um estado de euforia bem mais forte que a da cocaína. Porém, essa euforia dura de 3 a 10 minutos. Depois disso, o usuário entra em estado de angústia depressiva, alucinações e atitudes paranoicas, como por exemplo, ilusões de perseguição. Para ficar livre dessa angústia, compensa com nova dose. E, a cada dose, o usuário vai se tornando mais e mais dependente.
Quando o crack é dissolvido pode ser injetado e seus efeitos são tão rápidos quanto os fumados.

PORQUE FOI SE EXPANDINDO?
Em 1970, para conseguirem o pó de cocaína, os usuários dependiam do sem plantio, do beneficiamento das folhas e do refinamento. Isto fazia da cocaína uma droga cara, razão pela qual foi apelidada de “droga dos ricos”. Mas, os jovens das classes médias e baixas dos Estados Unidos também queriam fazer uso dela. Por isso, em 1980, os jovens de lá, passaram a utilizar a pasta que era pouco utilizada ou, normalmente, jogada fora. Dessa forma, a droga fica mais barata e acessível a todas as camadas sociais. Daí, tornar-se popular e a rápida expansão de seu uso.

OS EFEITOS
Os efeitos do crack são os mesmos da cocaína. Porém, mais intensos. Como o estado de euforia é curto, os usuários costumam tomar outras doses antes que entrem na fase depressiva, e neste caso, a cada dose, os efeitos ficam mais intensos ainda. Isto provoca irritabilidade, agitação e a paranoia. As doses sucessivas podem resultar numa psicose paranoica, levando o sujeito a perder o senso de realidade ter as alucinações.


Se o uso do crack em doses sucessivas e concomitantes com o uso de anfetaminas, da cocaína pura ou da ingestão de bebidas alcoólicas, a alta podem produzir o “bug da cocaína”, um formigamento sob a pele e que faz com que o usuário acredite que seu corpo está sendo invadido por parasitas (parasitose delirante). 

Essas ilusões podem ser seguidas de febre alta, abstinência do álcool e alucinações visuais de outros tipos, geralmente, aterradoras. Quando isso acontece, as pessoas se ferem propositalmente causando feridas cutâneas. Durante os delírios podem se tornar agressivas e cometer furtos e outros crimes.

fontes:

quinta-feira, 4 de abril de 2013

O PÓ BRANCO OU COCAINA


DROGAS ILÍCITAS

Saiu o laudo pericial afirmando que o vocalista da Banda Charlie Brown Jr, o Chorão, morreu de overdose do famigerado pó branco. Assim, a cocaína fez mais uma vítima. Vítimas na flor da idade, com brilhantes carreiras a serem conquistadas e todas as classes sociais.

O QUE É A COCAÍNA?

A cocaína é um derivado da “coca”, um arbusto natural, cujo nome científico é Erythroxylun coca. Esse arbusto tem folhas ovaladas ou elípticas, flores brancas e pequenas e frutos vermelhos e brilhantes. De suas folhas extrai-se o sumo que, depois de refinado, transforma-se num pó branco, cristalino e com efeitos anestésicos. São necessários cerca de 700 kg de folhas dessa planta para que se obtenha 1 kg de pó.



HISTÓRICO

A Erythroxylun coca cresce naturalmente na América Latina, mais precisamente, na região andina. Foi descoberta há centena de anos pelos antigos povos que habitavam a América do Sul. Muitos desses povos mascavam as folhas de coca para suportar por longos períodos a sede, a fome e o cansaço. Esse costume ainda perdura entre as populações pobres de alguns países sul-americanos, como por exemplo, na Bolívia.



A primeira pessoa a utilizar a cocaína com finalidades terapêuticas foi Sigmund Freud, ao tratar um viciado em morfina (morfinômano) em pequeníssimas doses. A experiência teve sucesso no início. Porém, não demorou muito para surgirem efeitos desagradáveis, fazendo com Freud abandonasse a experiência ao perceber que seu paciente se tornara um dependente dessa droga.


OS EFEITOS

No início do uso, assim como todas as substâncias tóxicas, a cocaína produz uma sensação de euforia e perda do medo e da ansiedade, fazendo com que o usuário tenha uma sensação de poder, segurança e suficiência. Mas, esses efeitos tem pequena duração. Por isso, o usuário tem necessidade de novas doses, seja por aspiração ou na forma injetável.

Dependendo da frequência do uso da cocaína, o quadro de toxidade varia de usuário para usuário. Esse quadro pode variar em quadros agudos ou crônicos. 

O estado agudo ocorre quando o usuário aspira ou injeta várias doses em um curto espaço de tempo. As consequências podem ser: disfunções no Sistema Nervoso Central (SNC) e neurovegetativo, como por exemplo, a perda do apetite até o nível de desnutrição aguda ou crônica, perda de peso, pressão alta, aceleração dos batimentos cardíacos, tremores, delírios, alucinações, desmaios e convulsões. Quando as doses são muito altas pode ocorrer um colapso do aparelho respiratório e o usuário pode vir a óbito, caso não seja socorrido imediatamente. É a chamada “overdose”.
Já o estado crônico ocorre semanas ou meses após uso moderado e frequente. O usuário apresenta visivelmente sintomas de distúrbios mentais, sendo o principal deles, a sensação de estar sendo perseguido ou ameaçado e reage com agressividade quando alguém se aproxima. Alucinações táteis e visuais são frequentes e terríveis. Reclamam que estão sendo picados, machucados e de ter o corpo invadido por parasitas. A visão de monstros, pessoas deformadas e alienígenas também fazem parte dessas alucinações.


Em caso do usuário ser mulher e, se  estiver  grávida, a toxicidade da cocaína pode desencadear malformações nos membros do bebê.

Outros sintomas da alta dosagem e do uso prolongado são: convulsões, adormecimento dos pés e mãos, depressão do centro neuronal respiratório e depressão vasomotora que traz a falta de ar permanente e dores no peito devido a traumas pulmonares  e que podem levar ao coma ou á morte por overdose. Se inalada, pode causar a destruição do septo nasal.

 =

A COCAÍNA E O CÉREBRO DO USUÁRIO

Os efeitos da cocaína sobre o cérebro são danosos. Pode causar malformações e atrofia de certas áreas cerebrais devido a hemorragias cerebrais e da destruição dos neurônios. Pode-se perceber a perda da capacidade de atenção e concentração, de memória, da capacidade analítica e fortes dores de cabeça.


Enquanto as outras drogas exigem um aumento da dosagem para a passagem do estágio agudo ao estagio crônico após um período de abstinência, a cocaína não. Basta uma pequena dose para que o usuário volte a sentir as mesmas sensações do estágio crônico, sem ter que passar pelo estágio agudo.

Ficou provado por estudos científicos que a dependência é orgânica, pois o usuário apresenta modificações significativas no funcionamento de seu organismo devido ao uso prolongado de droga.

A ABSTINÊNCIA

A suspensão da cocaína não provoca a síndrome de abstinência, no entanto, podem ficar sonolentos, sensação de cansaço, prostração e fraqueza, apesar da melhoria no apetite e problemas com o sono são comuns. Se retornarem ao uso da droga, tudo isto passa rapidamente.


Fonte de pesquisa:
artedocuidarnasaude.blogspot.com.br