OBJETIVO DO BLOG

Este blog tem por objetivo orientar os pais que possuem filhos entrando ou vivenciando a adolescência. De orientar também os professores que lidam com eles diariamente,para que possam compreender suas dificuldades e ajudá-los ainda mais, pois, esta é uma fase complicada na vida dos jovens e, muitos pais e professores não sabem como agir diante de certas atitudes desses jovens. Pais e professores encontrarão aqui informações de médicos, psicólogos e teóricos sobre a educação dos adolescentes.

sábado, 21 de julho de 2018

A EDUCAÇÃO FEMININA DO SÉCULO XIX



A educação dos filhos ficava sob a responsabilidade de pai e mãe. Acreditavam que a educação formal era o melhor para os filhos e investiam para que frequentassem escolas públicas e universidades de qualidade. Acreditavam que agindo assim, ter um bom emprego e um bom salário não teriam problemas ao constituírem família.

Para as mulheres o estudo era opcional e, quando ocorria, tinha o objetivo melhorar as chances de um bom casamento.


Já as moças das classes mais baixas, aprendiam desde cedo que o trabalho duro, fosse qual fosse, era o mais importante. E aprendiam com suas mães as atividades domésticas, bordar, costurar, plantar verduras, legumes e hortaliças pois tudo seria muito útil para elas. E, quando era possível, aprendiam uma profissão. Achavam que para cuidar da casa e dos filhos não precisavam de estudos.

No entanto, alguns pais colocavam suas filhas na escola com a esperança de que conseguissem um bom emprego. Mas, as escolas não eram tão boas quanto a dos rapazes. Os professores tinham pouca formação, eram impacientes e pouco educados com as moças. Muitas desistiam antes de terminarem o curso. Mas as que continuavam, não conseguiam um bom emprego, porque os empregos públicos. que garantiriam um bom salário, não aceitavam moças como candidatas a uma vaga e nem para fazerem as provas.


Então, a escola de moças das classes média e inferior, resumia-se ao ambiente doméstico e de ensinar apenas atividades que não tivessem remuneração, como costurar, bordar e desenvolver habilidades artísticas (como tocar algum instrumento porque que era útil porque poderiam precisar em algum momento.


As moças mais abastadas e as da nobreza frequentavam escolas religiosas onde freiras ou jovens senhoras católicas eram as professoras. Nessas escolas, a linha educativa era a mesma de suas avós. Sentavam-se em carteiras enfileiradas, aprendiam com a leitura feitas nos livros e as lições eram corrigidas, mas os erros não eram comentados, porque as professoras seguiam as respostas que constavam nas últimas páginas do livro.

A instrução religiosa era prioridade e ocupava longos períodos das aulas.Um determinado dia da semana era devotado ao estudo do comportamento. E segundo as professoras, os modos de uma dama era superior ao dinheiro, à beleza e ao ensino. No aprendizado do comportamento aprendia a abrir e fechar portas, entrar e sair de um cômodo, trazer e entregar uma carta, entregar uma mensagem ou um presente numa bandeja, pedir permissão para levantar-se quando à mesa ou ausentar-se de um recinto e assim por diante. O essencial era aprender como se comportar nas mais variadas situações e de como se vestirem apropriadamente para cada ocasião. 

Aprendiam ainda o básico da leitura e escrita na língua pátria, um pouco de francês... e bastava. Mas não haviam lições orais, nem demonstrações de qualquer tipo, análises ou resoluções de problemas matemáticos ou práticos. Como não teriam necessidade de fazer tarefas caseiras e aprendê-las não era necessário. Apenas deviam aprender a contratar uma boa governanta.


FONTE DE IMAGENS - GOOGLES 

sexta-feira, 13 de julho de 2018

A MULHER NA IDADE CONTEMPORÂNEA


Estamos em 1798, ano em que acontece a Revolução Francesa e que foi um divisor de águas na história e na vida das mulheres. E não é a toa que nesta imagem aparece uma mulher empunhando a bandeira francesa.



A sociedade francesa derrubou uma monarquia absolutista e rompeu com costumes seculares que sujeitavam os camponeses ao feudalismo. Com isso, surge uma nova classe social: a burguesia. E é esta nova classe da sociedade que comanda o século XIX.



Durante a Revolução Francesa, a participação das mulheres que representavam os diversos grupos, foi intensa e constante por acreditarem que a luta só iria beneficiar suas famílias.
A crença de que as mulheres eram frágeis, maternais e passivas diante aos fatos cai por terra. Ao contrário, mostram-se combativas, atuantes, com ações e ideias que ajudaram (e muito) os revolucionários a atingirem seus objetivos. E juntas com os homens eliminaram uma sociedade engessada e consolidaram um novo modelo social e político: o capitalismo.

Pela primeira vez, as mulheres se fizeram ouvir. Umas poucas, por meio das palavras e da pena, escreviam os panfletos e os cartazes que eram distribuídos ao público ou afixados nas paredes dos estabelecimentos comerciais. Muitas outras, semianalfabetas, mas que se interessavam pela política, iam a reuniões populares, fundaram clubes femininos para discutirem estes e outros assuntos de interesse para as mulheres. Uma grande maioria, formada por mulheres anônimas, com as operárias, lavadeiras, fiadeiras, lojistas, feirantes... que reagiam contra a miséria e a fome. Essas mulheres participavam com seus gritos, que ecoavam pelas nas ruas, nas reuniões populares e nas tribunas do Legislativo.


E quantas, não usaram sua antiga condição de “nada” que passavam despercebidas, agindo como sombras, que ouviam as conversas nas ruas, nas Assembleias dos Deputados ou na própria corte. Depois, as reportavam aos revolucionários e à população. Todas participavam do jeito que sabiam e que podiam, mas ao final, fizeram a diferença.


Quem já ouviu falar de Olympe de Gouges (1748 – 1793),Theroigne Mericourt (1762 – 1817) e Etta Palm d’Aelders (1743 – 1799)? Olympe não sabia ler e escrever, mas foi uma feminista que atuou nas Assembleias, nos salões literários, nas manifestações de ruas e reivindicava a participação de todas as mulheres na luta. As outras duas, defendiam os direitos políticos das mulheres, o divórcio e a educação feminina em seus discursos. Quem, por acaso, ouviu falar Marie Henriette Xaintrailles, que escreveu uma carta ao Imperador Napoleão Bonaparte, (1768 – 1821) onde dizia que “ela não havia lutado como mulher, mas que lutara como um bravo”.  
         

Olympe de Gouges                                                  
Theroigne Mericourt

No século XVI, apesar de terem se tornado “visíveis” e reconhecidamente consideradas “importantes” antes e durante a Revolução Francesa, as mulheres viveram um período estranho, de muitos contrassensos.
Quando Napoleão subiu ao trono, os franceses acreditavam em grandes mudanças iriam acontecer. Mas nada aconteceu. Napoleão, como Imperador da França continuava como os monarcas que o antecederam. Os franceses vislumbraram um futuro de grandes mudanças e que não ocorreriam. E, então, veio a decepção. E tudo parecia ter voltado à estaca zero: a falta de dinheiro e a vida miserável continuavam presentes.

As mulheres viviam um período estranho. Elas tinham o sonho de realizar muitas coisas.     
Um deles era o de fazer algo útil para a França e para o mundo, mas com pouco dinheiro era quase impossível. E as mulheres em boa situação financeira, só pensavam em casar.