OBJETIVO DO BLOG

Este blog tem por objetivo orientar os pais que possuem filhos entrando ou vivenciando a adolescência. De orientar também os professores que lidam com eles diariamente,para que possam compreender suas dificuldades e ajudá-los ainda mais, pois, esta é uma fase complicada na vida dos jovens e, muitos pais e professores não sabem como agir diante de certas atitudes desses jovens. Pais e professores encontrarão aqui informações de médicos, psicólogos e teóricos sobre a educação dos adolescentes.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

ANO NOVO

Todo ano é a mesma coisa: luzes, fogos, familiares e amigos reunidos, sorrisos, planos e projetos repetidos, esperança em dia melhores, em momentos mais agradáveis do que os já vividos e que a vida, como um todo, seja diferente e bem melhor.

Mas, é inegável que o momento é mágico: abraços, beijos, euforia e silêncio. Um turbilhão de lembranças nos invade: lembranças de momentos alegres e felizes, dos momentos de tristezas vividas no decorrer do ano, da saudade dos entes queridos que passaram para outra dimensão e dos que não estão presentes por qualquer outro motivo.

E deste momento de pura magia fica apenas a esperança, pois é ela quem nos move. Portanto:
Seja bem-vindo 2013!

FELIZ ANO NOVO!

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA


Dados estatísticos afirmam que a gravidez na adolescência vem aumentando e muito na atualidade. Discorrer como acontece é repetir o que uma infinidade de sites, blogs e trabalhos científicos explicam com mais propriedade. Discorrer sobre a influência da mídia, dos amigos, da educação liberal ou repressora demais existente em certas famílias, é tornar o assunto tão repetitivo quanto.

A proposta deste blog é a de orientar os pais cujos filhos estão entrando ou vivenciando a adolescência, não é mesmo? E a gravidez precoce é um risco que deve ser calculado. Portanto, é preciso encará-lo de frente. Assim como os adolescentes, os pais também precisam saber como agir para evitar esse risco.

Embora os adolescentes de hoje sejam bem mais esclarecidos do que todas as gerações que nos antecederam, e por ainda estarem em formação, precisam de orientação sobre como devem se comportar e  sair de cada situação quando estiverem longe de nossas vistas. Além do que, vivenciam uma idade onde a insegurança, de medos. A angústia é uma constante, além da curiosidade, da necessidade de ser aceito no grupo, de ser e ter igual aos demais de sua idade.

Meninos e meninas na puberdade ficam ansiosos por conseguir um namoradinho ou por "ficar" com alguém. Esta ansiedade é comum e própria da idade. E está acontecendo cada vez mais cedo.

Colocar os filhos numa redoma para impedir que entrem na vida sexual ativa é impossível. Eles sempre dão um jeito. Portanto, quanto mais cedo começar a orientação, melhor. Não espere que eles cheguem aos 18 anos para falar e orientar sobre sexo e sexualidade. Até lá, muita coisa já pode ter rolado. O importante é que essa orientação seja dada em casa e pelos pais.

Lembrem-se de que informações científicas são encontradas em qualquer lugar. O que falta aos nossos púberes e adolescentes é saber como agir e que, cada ato traz consequências. E as consequências podem ser boas ou más.

A mídia tem mostrado frequentemente que ficar com qualquer um” é “uma boa”. Mostra também que as consequências do que rolar de atos impensados e impulsivos (gravidez e filhos) nesses encontros, sempre acabarão bem porque os avós assumem. 

Esta imagem cria nos adolescentes uma interpretação equivocada da vida e da realidade de muitas famílias. Passam a acreditar que podem fazer o que quiserem e que há sempre alguém para dar um jeito na situação. Mais uma vez, aceitamos a irresponsabilidade e a imaturidade de nossos filhos.

Pais e mães, será isto o que vocês querem para a vida de vocês e de seus filhos?
Com certeza, não. Querem e desejam uma vida melhor para cada um, não é mesmo? Para isto é preciso orientar desde cedo (entrada na puberdade).

Não, não precisa convocar uma reunião familiar. Aproveite um caso acontecido na vizinhança, na televisão e converse com seus filhos. Diga claramente o que pensa sobre ter, em casa, uma filha grávida ou um filho que será pai . Dizer o que pensa é falar o que esperava dele (a), o que e como sentirá se isto vier a acontecer e o que, possivelmente, pode ou não fazer em relação a isso. Converse naturalmente, como faz com tantos outros assuntos. Seja realista e jamais piega.

Faça-os falar sobre suas expectativas com relação aos estudos, ao trabalho profissional e aos sonhos pessoais e faça-os refletir sobre as consequências positivas e negativas de terem uma criança para cuidar, educar e prover necessidades. Faça-os refletir ainda sobre os conceitos sociais, religiosos e morais aprendidos até aqui.

Depois disto, num outro momento, pode-se falar sobre as medidas de prevenção, de alguns comportamentos, do que fazer.

Se houver uma gravidez nesta idade, com certeza, terá sido um ato bem mais consciente. E jamais poderão dizer que não foram alertados.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

OS ADOLESCENTES E O SEXO



O ingresso na vida sexual ativa sempre foi, é e continuará sendo um processo delicado e complicado em qualquer geração. Com relação aos adolescentes a pressão é grande, o que os deixa ainda mais confusos, angustiados e curiosos.

Até bem pouco tempo atrás, os jovens reclamavam que havia falta de informações sobre sexo. Hoje os jovens obtêm facilmente todas as informações necessárias, seja na escola, em revistas, em programas de televisão ou na Internet. Mas, tanta informação pode ser mais um risco do que uma ajuda.

De tanto ouvirem falar em sexo, muitos jovens podem acreditar que, pelo simples fato de terem crescido precisam ter relações sexuais. Esta falsa ideia os assusta, os divide e os angustia. Mas, ainda assim, muitos adolescentes acabam tomando uma decisão precipitada e arcando com as responsabilidades advindas desse ato.

Dados da UNESCO revelam que, apesar de tanta informação, os jovens têm ingressado na atividade sexual cada vez mais cedo e o número de nascimento de bebês, cujas mães são adolescentes, continua numa escalada vertiginosa (mais de um milhão, só no Brasil). Isto porque, ainda não estão suficientemente amadurecidos para tomarem uma decisão tão importante.

Além da informação e do amadurecimento, falta os empecilhos sociais que as gerações anteriores enfrentaram. Tudo está escancarado e livre demais. E curiosos a respeito da vida amorosa e do sexo e, desejosos de experimentar novas sensações, acabam por ceder a esses desejos.

O namoro tradicional exige compromisso, fidelidade e responsabilidade. Seguir as etapas desse compromisso (namorar, noivar e casar) para praticar o que sabiam por informações, leva um tempo demasiado longo para que possam matar a curiosidade.

Dessa maneira, os jovens desenvolveram uma estratégia para beijar e abraçar mais audaciosamente e sem que o compromisso seja firmado. Essa estratégia é o “ficar”.

Os “ficantes” escolhem o parceiro (conhecido ou não) e, juntos, experimentam sensações que antes só ouviam falar. Para muitos desses jovens, o “ficar” termina com a relação sexual. Depois, cada um segue seu rumo e sem compromisso algum para nenhuma das partes. A consequência desse ato de curiosidade pode ser uma gravidez inesperada.

Por isso, é necessário que os pais orientem os filhos em cada etapa do desenvolvimento sexual dos filhos. Uma orientação que vai além da informação do que é o sexo e a relação sexual. Mas, uma orientação que fale também de comportamento, valores, consequências dessa tomada de decisão. Mas esta orientação não precisa ser em tom de ameaças ou de broncas. Os adolescentes detestam broncas e, em especial, broncas sobre sexo.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

MASTURBAÇÃO


Segundo os dicionários, “a masturbação é um vício solitário que busca o orgasmo através do estímulo manual do órgão sexual e que pode ser praticado por homens e mulheres” (dicionário virtual). Mas, este é um conceito arcaico e preconceituoso.

Se observarmos um bebê, percebemos que levam as mãos e objetos à boca. E fazem isto sem qualquer conhecimento do que seja “orgasmo”. Fazem porque a boca é uma zona que proporciona um enorme prazer. E este ato é uma “forma rudimentar de masturbação”, já que ela é uma zona erógena primária. Mais tarde, entre 1 a 3 anos, podemos observar ereções penianas durante o sono ou quando os órgãos genitais são tocados nas trocas das fraldas ou durante o banho. Já por volta dos 3 ou 4 anos, podemos observar que durante as brincadeiras, as crianças disfarçam e manipulam os órgãos genitais.

Na puberdade e na adolescência, por causa do amadurecimento dos órgãos sexuais, um leve roçar provoca uma sensação prazerosa e que desperta a curiosidade. A repetição do “roçar” faz com que os púberes e adolescentes descubram e aprendam técnicas de tornar esse prazer mais duradouro. E com isto, ensaiam a relação sexual dos adultos. Mais tarde, aprendem a obter o prazer na relação com um(a) parceiro (a) através do coito. Mesmo assim, a masturbação ainda está presente como forma de regular o desejo sexual. Na velhice, é costumeira e saudável.

Como vimos, a masturbação é um comportamento normal e que acontece em todas as idades servindo como fonte de autogratificação sexual e de liberação de tensões provocadas pelo desejo sexual.

A masturbação vem cercada de fantasias. Nas crianças, as fantasias surgem pela curiosidade em saber o que os pais fazem ao fecharem a porta do quarto. Na puberdade e na adolescência, as fantasias são simulações do ato sexual com a namorada, com uma paquera ou com um astro da televisão ou do cinema. São essas fantasias que determinam a variedade do tema, dos participantes envolvidos e do número de ocorrências.

PRECONCEITOS, CRENÇAS E MITOS


Há séculos a masturbação tem sido vista com muito preconceito e como algo ultrajante e vergonhoso. Crenças religiosas viam na masturbação um pecado grave contra Deus. Isto porque para a maioria das religiões a finalidade do ato sexual é a procriação. No caso específico da masturbação, o pecado estaria ligado ao desperdício do sêmen ou esperma.


Muitos mitos também estão envolvidos. Como por exemplo, de que a pessoa que se masturba fica louca, passa a sofrer de esquizofrenia, tem epilepsia, que há um crescimento anormal de pelo nas mãos, de que o sexo gasta e outros tantos por aí a fora. Mas, nada disto é verdade. Nada disto acontece.


COMO OS PAIS DEVEM PROCEDER EM QUALQUER IDADE

1- NÃO FAÇA ESCÂNDALO, NEM DRAMAS AO SURPREENDER SEU FILHO (A) NESSE ATO – a masturbação faz parte do desenvolvimento sexual, portanto, é um comportamento normal. Está presente em todas as gerações, em todas as idades e em todas as partes do mundo. Escândalos e dramas fazem com que a criança ou adolescente fique envergonhado, o que pode impedir um desenvolvimento sexual normal

2-  BRIGAS, ESPANCAMENTOS E XINGAMENTOS não resolvem, ao contrário, só trazem problemas para o desenvolvimento sexual da criança e do adolescente. Uma dessas consequências é a agressividade. No caso das meninas, os escândalos, dramas, brigas, espancamentos e xingamentos são mais frequentes e só servem para inibir o desenvolvimento sexual e tornando-as passivas e submissas. Pais que agem dessa maneira acreditam que assim podem impedir que suas filhas iniciem na vida sexual e engravidem precocemente.

3-  ORIENTE SEU FILHO - sobre o que é isso, porque acontece e para que serve. Explique ainda que esse ato está sujeito á normas sociais, portanto, não deve ser realizado na presença de outras pessoas e indique o lugar mais adequado para essa prática.

4-  RESPEITE as necessidades do desenvolvimento do seu filho (a), mas, exponha (com clareza e sem imposição) suas crenças religiosas e deixe que ele (a) decida o que fazer.

5- EXPLIQUE QUE TODO EXAGERO TRAZ CONSEQUÊNCIAS. A função da masturbação é a de liberar tensões expressas pelo desejo sexual, por isso, depois de praticada uma vez, o desejo passa. Mas, que ele volta num outro dia. Sexo não gasta, nem diminui, nem enfraquece.

6-  ENSINE OS HÁBITOS DE HIGIENE RELACIONADOS – lavar as mãos antes e depois. Antes, para evitar irritações e infecções nas áreas genitais.

7-    EVITE PROPAGAR OS MITOS

Fonte:

sábado, 10 de novembro de 2012

O DESENVOLVIMENTO SEXUAL: do nascimento à velhice.


Nas primeiras postagens deste blog afirmamos que a sexualidade existe nos seres humanos desde o momento de nossa concepção quando nos definimos como homens ou mulheres. Porém, após o nascimento, se torna realidade visível. E deve ser desenvolvida da mesma maneira que o físico, o andar, a fala, a inteligência etc porque a sexualidade nos acompanhará até a morte. O sexo, como prática de relação entre duas pessoas, é parte do processo de desenvolvimento da sexualidade e, portanto, depende de maturidade física, psicológica e emocional.

Para que os pais (e outros responsáveis) possam orientar os filhos é preciso que compreendam como se dá esse desenvolvimento.

1ª ETAPA: Após o nascimento, o recém-nascido precisa se alimentar. Colocado ao peito, ele procura avidamente o seio. Usa para isso a boca. Isto porque, nesta época, a boca é a região mais sensível. Ao encontrar o seio materno, a criança sente um prazer incrível. Ao sugar o leite, além de saciar a fome, o prazer se prolonga. Freud definiu esta etapa como “fase oral da sexualidade”. Aos poucos, essa região vai perdendo força de prazer e gozo e se torna neutra.

2ª ETAPA: Por volta dos dois anos de idade, a zona sensível muda de lugar. Até então, defecar era uma ação meramente física e sem que a criança o percebesse. Podemos dizer que era uma ação inconsciente. Mas, ao defecar pela primeira vez no peniquinho, o prazer volta. Defecar se torna importante, pois a criança entende que as fezes é uma produção sua, independente dos adultos que a amparam em tudo ou quase tudo. É a época da retirada das fraldas, porque o ânus passa a ser a zona sensível e prazerosa. Freud a denomina de “fase anal”. É uma fase importante, que deve ser passada sem traumas e bloqueios, pois dela depende e muito do como a criança entenderá as produções que faz na vida.

3ª ETAPA: Dos 3 aos seis anos, assim como aconteceu com a boca, a sensibilidade anal perde força. A criança entra numa fase que Freud a chamou de “latência”. É uma fase neutra, sem grandes sensibilidades desse tipo. Isto porque a criança entra numa fase de descoberta do próprio corpo e de situar como pessoa no mundo. Nesta fase, a observação do seu próprio corpo é muito prazerosa. Aprende a conhecer as possibilidades de seu corpo como correr, pular, saltar, dançar, subir em árvores, escadas, muros etc. É uma fase de inquietação, de agitação, na qual parece nunca se cansar.

Mas, também é uma fase de muita curiosidade. E chega um tempo em que observar somente o seu próprio corpo não é mais suficiente e a criança necessita observar o corpo do “outro”. E é assim, por meio da curiosidade e da observação que meninos e meninas se descobrem como seres diferentes. E nisto não maldade, nem intenções imorais. Apenas, curiosidade e descobertas. Por isso, não há necessidade de escândalos. Trate de maneira natural e chame a criança, mostrando algo mais interessante. Broncas, gritos, tapas nesta época só trazem traumas e bloqueios que levarão para a vida toda.

4ªETAPA: Dos 6 aos 10 ou 11 anos.  As manipulações e apalpações da região genital podem acontecer.  Elas anunciam que uma nova área sensível e prazerosa está se instalando. É a “fase genital” descrita por Freud e que permanecerá por toda a vida. Esta fase é importante porque meninos e meninas passam a assumir a identidade de homens e mulheres.
 

5ª ETAPA: Dos 11 ou 12 anos, começa uma época de transformações físicas, psicológicas e emocionais. È a “puberdade”, já especificada em outras postagens deste blog.

6ª ETAPA: dos 15 aos 21 anos mais ou menos. Época da maturidade dos órgãos sexuais, de curiosidades e da experimentação do ato sexual. E dura a vida inteira. É uma época de impulsividade e de certos exageros.

7ª ETAPA: Juventude. Época do refinamento sexual, da escolha de um parceiro fixo com quem irá compartilhar o restante da vida.

8ª ETAPA: Idade adulta. As relações sexuais têm como objetivo a procriação.

9ª  ETAPA: Maturidade. As relações sexuais são mais conscientes, Visam o melhor entrosamento entre os parceiros.

10ª ETAPA: Velhice. As relações sexuais se transformam. O ato sexual é mais raro ou sublimado. No entanto, os parceiros encontram outras formas de fazer carícias, de encontrar prazer nos pequenos gestos e no olhar, no companheirismo e no respeito ao outro. Esta é uma  das  fases mais belas entre homens e mulheres.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

OS PAIS E A ORIENTAÇÃO SEXUAL DOS FILHOS

Como já vimos, a adolescência é uma fase de mudanças físicas, emocionais e comportamentais. É uma fase de conflitos internos e externos. É uma fase de muita curiosidade também.

Muitos pais se julgam modernos e abertos porque falam de política, de religião, sobre a escola e de assuntos diversos da vida com seus filhos. Mas, quando a conversa entra no campo do sexo e do namoro, eles se calam ou desconversam.

Falar sobre sexo e sobre o namoro deveria ser tão natural quanto falar sobre qualquer outro assunto. Mas, infelizmente, não é. Esses temas ainda encabeçam a lista dos assuntos proibidos em grande parte das famílias brasileiras.

“Tenho vergonha” dizem as mães. “É tarefa das mães”, dizem os pais. “É melhor deixar para a escola, afinal, eles sabem como falar”, dizem ambos. “Ainda é muito cedo. Aprenderão com o tempo”, dizem alguns pais. “Oriento sempre”, raramente dizem.

Analisemos rapidamente essas colocações. Em primeiro lugar, a orientação sexual deve iniciar cedo e é tarefa de pai e mãe e não deve ser delegada a terceiros. 

Deixar para a escola parece ser uma boa, mas não é. Com certeza, terão uma orientação mais “científica” e com “obrigatoriedades”. Por serem mais científicas são mais corretas e como fazem parte de uma disciplina são cobradas como outras obrigações escolares: provas, notas, exames, aprovações e retenções. Quem gosta de ser orientado para a vida e para as relações dessa maneira?

Os adolescentes não gostam. Apenas, toleram. Essa tolerância tem a ver com três coisas: a impessoalidade, a vergonha e o medo. Como disciplina escolar é passada da mesma forma para todos igualmente, pois, consta de um programa e tem um texto no livro. Embora estejam curiosos sobre o assunto, não perguntam por vergonha e medo que seus colegas de turma os considerem “babacas” e “ignorantes” no assunto. Temem as gozações, fofoquinhas e más interpretações do que dizem.

Fazer o filho (a) assistir a programas onde médicos discursam sobre doenças é bom para conhecimento dos adultos, mas não para orientação de jovens. Isto porque o tempo disponível é curto demais e as informações são as essenciais, mas sucintas. Isto pode provocar mais dúvidas e incertezas do que respostas e certezas, o que pode levar a novos medos. E é muito mais impessoal que as obtidas na escola.

Para os adolescentes, só restam os amigos. Eles estão no mesmo “barco” e o que sabem, é porque ouviram dizer, porque ouviram parte de “conversas sussurradas” dos adultos, por pesquisas em revistas ou sites duvidosos e resultado de suas próprias experiências. São, portanto, pouco confiáveis. No entanto, é o que possuem no momento.

E quando algo acontece, os pais são os primeiros a culpar a irresponsabilidade dos filhos. 


PARA PENSAR E AGIR:

A adolescência é uma época em que o diálogo, a sinceridade e a empatia devem ser uma constante. 

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

ALCOOLISMO PRECOCE

Os noticiários têm divulgado índices alarmantes sobre o alcoolismo precoce. Você sabia que o consumo de bebidas alcoólicas aumentou 30%  entre os garotos e garotas entre 12 e 17 anos? E que a bebida preferida dos jovens dessa faixa etária é a cerveja?

Quando pensamos em bebidas alcoólicas logo pensamos em whysque, a cachaça, o rum, o vinho entre outras. Uma dose destas bebidas equivale a uns dois dedos no fundo de um copo. Mas, como a cerveja é vendida em latinhas e a quantidade é maior, temos a impressão que ela é mais fraca. A cerveja parece uma bebida inofensiva, mas não é. 
1 dose = 

Saiba que os efeitos da cerveja são idênticos ao de outras bebidas consideradas “mais fortes”. Vejamos o que essas bebidas provocam em nosso organismo:

Toda bebida alcoólica provoca alterações no sistema dopaminérgico do cérebro. Este sistema está associado com a sensação de recompensas. Portanto, ao ingerir uma dose dessas bebidas temos uma sensação de alegria ou de euforia. Por isso, temos a impressão de que somos mais felizes, mais abertos e receptivos aos outros, mais desinibidos. E é aí que mora o perigo. Perigo, porque queremos repetir essa sensação. E com o tempo e a continuidade causa a dependência alcoólica.

Se um jovem começa a bebericar aos 14 anos e se tornar dependente, aos 20 anos já terá boa parte do seu cérebro comprometida. Os sinais são visíveis. Recusam-se a obedecer as regras, pois se julgam superiores a elas. Se alguém diz que pode criar problemas no trânsito, arranjar brigas com alguém, logo dizem que não. Que sabem se controlar, que os acidentes acontecem com os outros, mas não com eles.

Aos poucos, nota-se que deixam de prestar atenção e concentração no que fazem. Isto acontece porque o álcool atinge o centro da memória (o hipocampo). Lapsos de memória, dificuldade em lembrar palavras conhecidas, nomes de pessoas do convívio são sinais de maiores prejuízos. 

A partir daí, outros sintomas são visíveis. Perdem algumas habilidades conquistadas com o desenvolvimento, e pioram no quesito “ajustamento social”.  Uns ficam mais agressivos; outros, mais apáticos e isolados. Isto porque a estima pessoal baixa vertiginosamente.

Outra coisa que chama a atenção é o descuido pessoal. Principalmente, com as relações sexuais. Sexo seguro é para os outros. E ficam vulneráveis às doenças sexualmente transmissíveis, incluindo a AIDS.

Se chegarem aos 40 anos consumindo álcool em demasia, a dificuldade em manter a atenção e a concentração no trabalho aumenta, o rendimento laborial despenca, ficam mais sonolentos, cansados e apáticos. Podem ficar obesos ou perder muito peso. Aparecem sinais de ansiedade e depressão. A saúde já está debilitada e poderá ter hipertensão arterial e grande risco de acidentes vasculares cerebrais (AVC). Cirrose hepática, pancreatites, problemas cardíacos podem aparecer. A pele também se recente e desenvolve a velhice precoce (manchas na pele, quedas de cabelo, perda dos dentes). Perda de memória e confusões nos pensamentos podem ser notados.

Se sobreviverem até os 60 anos, já terão 1,8% do volume cerebral global afetado e com prejuízos significativos na memória, no raciocínio lógico e na capacidade de abstração. Tumores malignos podem surgir na boca, na laringe, na faringe, principalmente, se estiver associado ao tabagismo. A perda do equilíbrio e as quedas frequentes acontecem porque o cerebelo foi atingido. Intoxicações graves, coma alcoólico, depressão respiratória e morte fecham o quadro.


É ESTE O FUTURO QUE VOCÊ ESPERA PARA SEUS FILHOS?

NÃO, COM CERTEZA.
ENTÃO, ORIENTE-OS AGORA, ANTES QUE SEJA TARDE DEMAIS.

sábado, 6 de outubro de 2012

O ADOLESCENTE E O ÁLCOOL


Os noticiários divulgam diariamente que os adolescentes estão, cada vez mais, fazendo uso de bebidas alcoólicas. Como pais, as notícias nos assustam e nos deixam preocupados com os índices estatísticos sempre crescentes. E o que estamos fazendo a esse respeito?

Infelizmente, damos preferência à questão das drogas e deixamos a questão do álcool para segundo plano. Não é raro que muitos pais acreditam que a ingestão de bebidas é menos prejudicial que as drogas. Engano cruel. 

Se analisarmos friamente, ambos causam uma dependência nefasta e com consequências desastrosas na vida de nossos jovens.

O alcoolismo não é apenas um vício. Mas, uma doença que atinge homens e mulheres e em qualquer idade. Desenvolvem essa doença com mais facilidade, os filhos de alcoólatras, por terem sido gerados sob os efeitos dessas bebidas. Isto porque já trazem no corpo genes modificados e sensíveis aos efeitos do álcool.
Mas, o alcoolismo também pode ser induzido. Com a desculpa de que uma criança pode vir a ”adoecer de vontade”, pequenos goles são oferecidos a elas. Um golinho aqui, outro ali e os pequenos vão se acostumando com o gosto e os feitos que a bebida proporciona. Aos poucos, acostumam-se e passam a gostar, a querer mais e a experimentar bebidas mais fortes. E, se já trazem a sensibilidade ou predisposição ao alcoolismo, a dependência será mais facilmente instalada.
Na adolescência é época em que os adolescentes gostam de experimentar uma porção de coisas, de misturar sabores e verificar o que acontece. Por outro lado, muitos pais acreditam que, nesta idade, tudo é permitido. Afinal, estão crescidos e, em pouco tempo, serão adultos e precisam aprender a beber socialmente. Mais um terrível engano.

Mesmo longe das vistas dos pais, os adolescentes experimentam bebidas alcoólicas. Oportunidades não lhes faltam. Pode ser numa festa na casa dos amigos, nas baladas, nos barezinhos da moda ou no boteco da esquina. Pior que isso, muitos adolescentes compram ou pegam de suas próprias residências.
Mas, infelizmente, muitos jovens não bebem só à guiza de experimentação. Muitos adolescentes bebem porque gostam dos efeitos que as bebidas proporcionam. As bebidas alcoólicas possuem um efeito relaxante. E sob seus efeitos tornam-se mais falantes, mais audazes, desinibidos, mais sociáveis e mais confiantes em si mesmos.

Outros, porque desejam ser aceitos pelo grupo. E por imitação ou por pressão do grupo, entram “na onda”, mesmo que não concordem com esta atitude.
Outros bebem para fugir de problemas e crises familiares. Jovens cujos pais vivem em constantes crises conjugais, reprimidos ou excessivamente liberados, mais criticados do que elogiados, comparados com outros irmãos ou pessoas do convívio familiar, culpabilizados por todas as mazelas familiares ou por não se sentirem capazes de atender aos anseios e expectativas dos pais, fazem do álcool sua tábua de salvação. Passado o efeito alcoólico, os problemas retornam. E para voltarem a esquecer, novas doses são ingeridas.

Muitos pais imaginam que este assunto não precisa ser discutido. Afinal, estão adquirindo certa independência e já são responsáveis por suas vidas. Outro engano. Sair e voltar de madrugada, dirigir automóvel, frequentar baladas, ter boas notas no colégio, nem sempre é sinal de maturidade. Por isso, necessitam de regras, limites e orientação.

E essa orientação deve começar cedo, assim que possam compreender. Devem ser alertados sobre tudo: das coisas boas e dos perigos e suas consequências. Por isto, não devem existir assuntos proibidos entre pais e filhos.

O fato de o adolescente não ingerir bebidas alcoólicas não impede a orientação dos pais sobre o assunto. O diálogo franco e aberto funciona como alerta e como censura pessoal impedindo que “caiam em tentação” por ignorância e por omissão dos pais.

A tarefa dos pais é a de educar.  E educar significa informar e orientar. 

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

DELINQUÊNCIA


Vários são os fatores que determinam um comportamento delituoso.

Podemos pensar que, para alguns jovens, não ter um nível econômico condizente com suas necessidades básicas, o impedimento ao acesso aos bens materiais divulgados pela mídia, a privação socio-cultural, alimentação inadequada, o baixo nível intelectual, de escolaridade e/ou de instrução, a convivência com modelos familiares anormais e/ou pouco estruturados, relacionamentos parentais desrespeitosos e agressivos e a convivência em ambientes desfavoráveis e pouco estimulantes, são problemas graves e que poderiam levá-los a desencadearem um comportamento delinquente.

Por outro lado, ouvimos e vemos nos noticiários, o envolvimento de jovens que não se encaixam nestes padrões. São jovens de boa aparência, de boas famílias, de alto grau de inteligência, frequentadores de bons colégios (ou de Universidades), que nunca tiveram qualquer tipo de privação, com acesso aos bens de consumo e às mais variadas formas de cultura.

Se aos primeiros podemos encontrar como justificativa para esse comportamento, a dura e miserável vida que levam, o mesmo não se pode fazer diante da atitude dos segundos. 

Seria então, a falta de vínculo familiar e, em especial, a ausência da figura paterna, a falta de valores éticos, morais e religiosos? Mas, estes fatores existem em qualquer nível social.

Seria então, porque sofreriam de algum de transtorno ou de disfunções cerebrais? Não se pode generalizar. Caso contrário, deduziríamos que todo aquele que possui esses problemas seriam delinquentes, o que não é verdadeiro.

O que, então, poderia causar este comportamento? Poderíamos falar de uma índole delinquente? Quem sabe!?!

O fato é que o comportamento delinquente não aparece de uma hora para outra. Começa a dar “pistas” desde a infância. 

Ainda pequenos mostram-se voluntariosos e reagem contra as regras e normas sociais. À medida que vão crescendo, ficam arredios a certos contatos sociais. Não se adaptam aos diferentes ambientes e desrespeitam as normas desses ambientes, preferindo burlar ou criar suas próprias normas, muitas vezes, perturbando, atrapalhando e incomodando os outros. Dão grande importância aos interesses pessoais. São incapazes de respeitar os desejos e necessidades dos outros. Apresentam dificuldade em entender os sentimentos de outras pessoas ou de se colocar no lugar delas. Na adolescência ou na juventude, não assumem que são delinquentes. Justificam suas atitudes com reclamações e justificativas de que são ou foram injustiçados pela sociedade.

Evidentemente, há entre esses jovens aqueles que apresentam características “sociopatas”, apresentando uma dificuldade de aceitação, de enquadramento e de adaptação às regras de convivência familiar, escolar ou social. 

Crianças, adolescentes e jovens delinquentes são pessoas que apresentam uma estruturação ou organização social deturpada.

Cabe aos pais perceber esses comportamentos, ainda na infância e buscar ajuda especializada. Cabe aos pais o cuidado do filho problemático antes que a lei e a polícia o faça.

domingo, 16 de setembro de 2012

MENOR INFRATOR



Segundo o Código Penal, infração é transgredir alguma ordem, norma ou lei. Significa uma ação humana que atravessa, excede ou ultrapassa certos limites sociais aceitos. Esses limites dizem respeito desde os preceitos sociais e religiosos até as leis do Estado.

Segundo o Código Penal, ainda, todo aquele que transgredir uma lei, desrespeitar uma norma ou uma determinada ordem é denominado de “infrator” e deve ser punido pela infração cometida.

As punições podem variar de acordo com a gravidade da transgressão indo desde uma advertência até uma ação punitiva mais severa. Essa punição está prevista no código de leis e é aplicada por um juiz ou por seu representante legal.

Todas as sociedades vivem e convivem com o problema dos menores infratores. Um problema sério e que não tem uma solução fácil, pois suas causas são bastante complexas. Na atualidade esse problema tem aumentado e muito.

Sabemos que toda criança, de vez em quando, faz o que não deve. Mas, são atos esporádicos como cabular a aula, arrumar uma briga na rua ou quebrar a vidraça do vizinho. Não é disto o que tratamos aqui. Falamos de crianças, púberes e adolescentes que se metem em “conflitos com a lei”, ou seja, que praticam pequenos furtos, roubos e atitudes de extrema agressividade.

A literatura nos revela que a falta ou a privação de afeto, ausência ou as distorções educativas (seja ela, familiar ou escolar), a ausência de uma estrutura familiar adequada, de princípios e valores morais, sociais e religiosos, bem como os aspectos sociais, culturais e econômicos, sociológicos, orgânicos, individuais e/ou grupais são determinantes e condicionantes de comportamentos inadequados e antissociais, principalmente se essa influência for exercida na época em que estão se desenvolvendo física, mental e psiquicamente.

Não duvido disso.  Mas, as literaturas nos faz acreditar que só existem  menores infratores nas camadas mais baixas da sociedade quando, na atualidade, vemos crianças e jovens de classes mais abastadas e que nunca passaram por uma situação de privações cultural ou econômica e que também cometem todo tipo de infração. 

O que acredito é que o conjunto dessas causas ou a combinação delas de uma forma impar é que são determinantes para a prática das infrações e que, mais tarde, se transformam nos delitos, crimes, violência e ameaças à pessoa.


Fonte
Código Penal

terça-feira, 11 de setembro de 2012

COMPORTAMENTOS DESVIANTES


Para se discorrer sobre os comportamentos desviantes que ocorrem na puberdade e na adolescência é necessário que se entenda o significado de alguns termos tais como: “norma”, “desvio”, “normal” e “patológico”.
Todas as sociedades possuem regras e valores.  Tanto umas quanto os outros variam de uma sociedade para outra. E o que pode ser aceito e considerado normal em uma, pode não ser o mesmo em outra. O importante é que a maioria das pessoas de uma determinada sociedade aceite e pratique essas regras e valores. Seria, por assim dizer, um comportamento “normal” para aquela sociedade.

A anormalidade é quando uma pessoa ou um grupo delas deixa de aceitar ou cumprir essas regras e valores. Podemos dizer que estas pessoas possuem um comportamento desviante ou que estão no desvio. Por exemplo, na maioria das sociedades, o normal é andar vestido. Aquele que decide andar, estudar trabalhar e passear nú descumpre a regra e os valores culturais daquele povo. Portanto, assume um comportamento “desviante”.

Como já vimos, a puberdade é um período difícil. Por isso e por uma necessidade do desenvolvimento, os jovens começam a ter relacionamentos grupais. Os grupos são formados por empatia (por vivenciarem os mesmos problemas), por intimidade (quando a amizade vem da infância) ou por solidariedade (para se ajudarem mutuamente).

Mesmo agindo positivamente, muitas vezes, o grupo “apronta”. São brincadeiras “inofensivas”, mas que acabam importunando os outros, como por exemplo: fazer guerra de ovos, tocar a campainha das casas e sair correndo, rabiscar muros, passar trotes telefônicos, atirar pedras nos telhados, entrar no quintal dos outros para pegar pipas, envolverem-se em brigas, etc.

Mas, o grupo pode influir negativamente, exigindo que um ou mais elementos pratique ações ilícitas, como usar drogas, o bullying, praticar pequenos furtos e roubos.

O que impressiona é que a adaptação dos jovens a este tipo de amigos antissociais é bem mais forte do que nos grupos normais. Nestes grupos, a adaptação exige obediência cega ao líder e o cumprimento rápido das ordens.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

ASPECTOS PSICOLÓGICOS DA ADOLESCÊNCIA NORMAL


Por mais segura, tranquila e emocionalmente estável que tenha sido a infância, nenhum adolescente passa incólume por esta fase agitada e confusa. Todo adolescente estanha as mudanças físicas e psicológicas que ocorrem nesta fase e sente-se perdido. Estranham-se porque já não reconhecem a criança que foram. Sentem medo porque não sabem o que vai acontecer porque mudanças são radicais.

Os jovens agitam-se por conta dos hormônios que começam a funcionar e passam a sentir sensações e desejos que não sentiam antes. As novidades, idealizações, esperanças e desejos são muitos.

A família que sempre fora seu alicerce, sua segurança e seu apoio já não são suficientes para aplacar os seus anseios. E começam os atritos. A comunicação com a família diminui e o jovem se distancia, seja por isolamentos voluntários passando horas trancado em seu quarto, seja por saídas com os amigos e voltando para casa cada vez mais tarde.

Os pais percebem o afastamento dos jovens e tentam frear esse distanciamento. Mas, os jovens reagem com a rebeldia, e muitas vezes, com agressividade.

Os jovens precisam encontrar alguém com que possam se identificar. Precisam de apoio, de companhia, de alguém que seja ouvinte de suas queixas e conselheiro. E quem melhor para isso do que os amigos?

Os amigos estão passando pelos mesmos problemas, conflitos e confusões. São pessoas que melhor os compreendem porque experimentam as mesmas novidades, dividem as mesmas angústias e compartilham as mesmas ideias, pensamentos e sentimentos.

Na puberdade os amigos pertencem ao mesmo sexo. Repudiam e hostilizam declaradamente os grupos do outro sexo. Reúnem-se para brincar, falar de amenidades e coisas supérfluas e para contar vantagens sobre as pequenas aventuras que vivenciam.

Um pouco mais tarde, ocorre o entrosamento com o sexo oposto. Meninos e meninas passam a fazer parte do mesmo grupo de amigos. È uma época esquisita esta: pois cada um procura chamar a atenção para si. É por isso que falam alto, gritam os nomes dos outros na rua, riem, gargalham ou choram à toa. Ás vezes se parecem com as crianças que foram, mostram-se dependentes e carentes. Outras vezes, portam-se como pessoas adultas e experientes. Mas, é uma fase de alguns poucos meses de duração. Depois se aquietam, ficam mais centrados em si mesmos. O grupo se afina envolvidos por desejos comuns.

Algum tempo depois, o grupo se desfaz motivados por laços amorosos ou pela busca dos horizontes profissionais. E a cada etapa vencida, o jovem se torna cada vez mais independente.

A família e os amigos possuem papéis importantíssimos na vida dos adolescentes, pois suas influências ajudam a consolidar os valores morais e sociais que perdurarão para a vida toda. (Fierro,1995). O autor ainda afirma que, alguns valores que o grupo considera como importante se chocam, muitas vezes, com os valores que a família preza. Mas, que este choque não influencia de maneira decisiva na vida dos jovens. Mas, que vai depender da escolha voluntária de cada jovem, manter ou não os valores do grupo.

O carinho, a amorosidade e segurança que os pais proporcionam, é importante em qualquer idade. Embora os jovens saibam e gostem disto, muitas vezes, se rebelam contra atitudes superprotetoras que os progenitores insistem em manter.

Fonte:
FIERRO, Alfredo. Relações sociais na adolescência in COLL, César; PALACIOS, Jesus; MARCHESI, Álvaro. Desenvolvimento psicológico e educação: Psicologia evolutiva. Artes médicas. V.1. Porto Alegre: 1995.