OBJETIVO DO BLOG

Este blog tem por objetivo orientar os pais que possuem filhos entrando ou vivenciando a adolescência. De orientar também os professores que lidam com eles diariamente,para que possam compreender suas dificuldades e ajudá-los ainda mais, pois, esta é uma fase complicada na vida dos jovens e, muitos pais e professores não sabem como agir diante de certas atitudes desses jovens. Pais e professores encontrarão aqui informações de médicos, psicólogos e teóricos sobre a educação dos adolescentes.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

DÉCADA DE 1930-40 E A ESCOLA NOVA



Politicamente, o Brasil veria na década de 30 a 40 o agravamento do conflito entre a oligarquia cafeeira e a burguesia industrial, resultando na queda do setor agrário-comercial-exportador e no fim da chamada Velha República (1889 a 1930) com a chegada de Getúlio Vargas ao poder. 


Nessa ocasião, o pensamento filosófico da Escola Nova estava em alta. De um lado, os conservadores católicos queriam impedir a todo custo as propostas inovadoras que vinham desse pensamento. Do outro lado, a aristocracia rural querendo tomar conhecimento sobre o capitalismo dependente, sobre a interferência do Estado na Educação e sobre a importância da educação na reconstrução do país. 

oligarquia ruralista

Os conservadores católicos enxergavam a crise do país como uma decorrência de uma visão ultrapassada, vendo o progresso como o fator “que fazia o homem se afastar de Deus” por causa do desmantelamento das instituições em vigor. Essa visão equivocada, buscava soluções para esses problemas. Com relação à Educação, os conservadores católicos tinham uma filosofia pedagógica coerente com suas convicções: a) tinham uma visão de mundo cristã, b) defendiam o ensino religioso para a formação da fé, c) consideravam a criança como objeto central da educação, d) defendiam a educação em separado por sexo e f) currículo diferenciado para cada sexo.
oligarquia industrial

Já os pioneiros da Escola Nova propunham reformas pedagógicas, tais como: 

a) Escola Primária Integral com o objetivo colocar em prática nos alunos os hábitos de educação e raciocínio, 

b) as noções de literatura, história e língua pátria, c) o desenvolvimento do físico e da higiene; 

d) o Ensino Médio integrava os antigos Primário e o Superior, com o objetivo de desenvolver o espírito científico oferecendo com vários tipos de cursos; 

e) defendiam a Organização Universitária com o objetivo de formar profissionais através do ensino, da pesquisa e formação de uma carreira profissional além da criação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras para a formação de professores. 

Do início ao final da escolaridade seria proposto um desenvolvimento intelectual com dificuldades crescentes a serem vencidas, permitindo que o curso anterior fosse a base de construção de conhecimentos necessários que garantisse a entrada e a continuidade do curso seguinte. Garantiam também que esses cursos seriam oferecidos pelo Estado (gratuitos) e válidos para todo o país. 

E para organizar tudo, foi criado o Ministério da Educação e Saúde em 1930. As reformas começariam do sistema universitário para o curso básico. Mas estas não são reformas simples. Eram amplas e necessitavam medidas que incluísse todos os três níveis.

Estas reformas careciam de uma organização. A nível universitário a reforma foi mais administrativa e foram criados: a reitoria, o conselho universitário, a assembleia universitária e a direção de cada universidade. 

No secundário definiram: o currículo por séries, a obrigatoriedade da frequência e a divisão em dois ciclos (o fundamental com duração de 5 anos e o de habilitação (profissional) e o complementar (como preparatório para o curso superior) ambos com duração de 2 anos. Já o curso primário tinha a duração de 4 anos sem os dois primeiros voltados para a alfabetização e os 2 anos restantes, para noções básicas e preparatórias par o secundário.

A situação política ficou muito confusa, a população estava insatisfeita e os setores políticos divergiam em tudo. Diante dessa situação, o governo federal foi obrigado a abrir mão das medidas acordadas para tomar outras que visavam organizar o próprio governo. 

O cancelamento das reformas educacionais gerou um descontentamento nos educadores que participaram e aguardavam as modificações no ensino. Os que haviam assinado o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, em 1932, também não estavam nada contentes. Embora as divergências no setor da Educação fosse uma pequena ponta do problema, agravava a crise política com o aumento dos ânimos em vários setores. Na verdade, cada setor queria benefícios para seus próprios interesses. Dessa maneira, eram tantas as reinvindicações antagônicas que ninguém mais sabia o que fazer. E, para que permanecesse no poder, Getúlio Vargas procurou atender a todo mundo. 

E como não conseguiu agradar a todos, propôs que fosse feita uma Nova Constituição.


sábado, 8 de fevereiro de 2020

A ESCOLA NOVA

Com certeza, muita gente já ouviu falar em “Escola Nova” ou “Escola Ativa” ou, pelo menos, a viveu sem saber entre os anos de 1930 a 2000.


A Escola Nova foi um movimento de cunho pedagógico, cujo objetivo era fazer com que os profissionais da educação detectassem e denunciassem os problemas da educacionais de seus países, estudassem esses problemas e apontassem a solução para eles. Parecia algo legal, não é mesmo?
Esse pensamento chegou ao Brasil em 1882, pela influência de Rui Barbosa.  Mas sua aceitação não foi imediata. Tanto que algumas propostas das Reformas Educacionais apresentadas na década anterior, como por exemplo a de Benjamin Constant, tinha s semelhanças com este pensamento.
Segundo o pensamento dos escolanovistas: “a convivência harmoniosa entre o homem e a máquina criava a condição necessária para a compreensão de que a tecnologia e as ciências estavam a serviço dos homens, como fontes para a solução dos problemas do país”. 
E segundo esse pensamento, os adeptos da Escola Nova defendiam: 
a) o ensino leigo, universal, gratuito e obrigatório; 
b) a reorganização do sistema escolar sem o questionamento do capitalismo; 
c) consideravam a importância do Estado na Educação e... 
d) da Educação como reconstrução nacional.
De 1920 a 1929, muitas outras reformas foram apresentadas. No entanto, nenhuma delas eram compatíveis com o modelo socioeconômico.
Embora todos concordassem que a Educação era um fator determinante na mudança social, os adeptos da Escola Nova tentavam blindar a educação dos acontecimentos que ocorriam na época. Em consequência, houve uma pequena reformulação com relação ao curso Primário e em termos regionais. Já em relação aos cursos de níveis Médio e Superior, nada foi feito.
Fonte de imagens: Google