OBJETIVO DO BLOG

Este blog tem por objetivo orientar os pais que possuem filhos entrando ou vivenciando a adolescência. De orientar também os professores que lidam com eles diariamente,para que possam compreender suas dificuldades e ajudá-los ainda mais, pois, esta é uma fase complicada na vida dos jovens e, muitos pais e professores não sabem como agir diante de certas atitudes desses jovens. Pais e professores encontrarão aqui informações de médicos, psicólogos e teóricos sobre a educação dos adolescentes.

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

FELIZ ANO NOVO


                                             
Talvez você esteja se perguntando o que faz esta sacola aqui. E eu respondo que é para colocar nela tudo o que eu vou te desejar para o ano que se iniciará dentro de algumas horas.

Coloque dentro dela:

AMOR
ALEGRIA
AMIZADES
CARINHO
     COMPREENSÃO 
     CONQUISTAS
    DINHEIRO
        ENERGIA 
       EMOÇÕES
        FÉ 
       FELICIDADE
          FORÇA 
         GENEROSIDADE 
           LUZ 
          PAZ 
          PROSPERIDADE 
         REALIZAÇÕES 
             RECONHECIMENTO 
         SAÚDE
           SERENIDADE
            SORTE
            SUCESSO
           TRABALHO
           TRANQUILIDADE
          UNIÃO
            VONTADE

Se eu esqueci algumas coisa, sei que você conseguirá por seus próprios meios.

FELIZ ANO NOVO


FELIZ 2015

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

MITOS SOBRE AS APRENDIZAGENS DOS DEFICIENTES INTELECTUAIS


Quando se pensa nas capacidades dos deficientes intelectuais, a primeira pergunta que fazemos é:  Ele(a) vai aprender? E, evidentemente, nos referimos às aprendizagens escolares.

As aprendizagens não se dão apenas na escola. Quando um deficiente intelectual gravíssimo (anencefalia, vegetativos e outros) se movimenta na cama, tem sua cabeça bem sustentada pelo pescoço, quando se comunica de alguma maneira (olhar, gestos ou balbucios) com os familiares, quando senta ou anda já realizou aprendizagens bastante significativas para o estado em que se encontra.


Os deficientes intelectuais com gravidade de moderada grave sentam, andam, aprendem a falar, alimentam-se sozinhos mesmo que tenha alguma dificuldade, aprendem a comportar-se nos diversos ambientes, aprendem normas e limites, os valores e tradições familiares, se isto lhes forem ensinados. Estes, com algumas dificuldades podem receber as informações dadas pela escola, desde que se estabeleça um currículo e um atendimento especial.


Já os deficientes intelectuais de gravidade leve podem aprender tudo o que lhes for ensinado, tanto no seio familiar quanto na escola. Mas é preciso lembrar que levam mais tempo do que os não deficientes. Isto porque eles possuem um cérebro que funciona mais lento que o normal, razão pela qual as repetições são mais necessárias e importantíssimas. E podem e devem trabalhar quando se tornarem jovens e adultos adquirindo sua própria autonomia.


A ideia de incompetência e de incapacidade com relação aos deficientes intelectuais vem do medo e dos preconceitos que insistimos em manter vivos em nossos pensamentos. Portanto, não são incompetentes, nem incapacitados. Ao contrário, quando estão diante de uma tarefa são dedicados, caprichosos e atentos a minúcias. A paciência é fruto das aprendizagens diante das dificuldades que encontraram pelo caminho. As repetições são uma rotina. Por isso, ao desempenharem uma tarefa o fazem com eficiência.


Outro mito é a ideia de que os deficientes intelectuais aprendem até um certo limite de tempo. Toda pessoa, deficiente intelectual ou não, fica limitada em suas aprendizagens quando não lhes forem dadas as oportunidades para que as aprendizagens aconteçam. No entanto, um deficiente intelectual pode e deve aprender tudo o que lhe for possível em termos de acesso, incluindo as abstrações. Porém aos poucos, fixando bem cada conteúdo. E uma vez aprendido, jamais é esquecido.

Um outro mito é o de considerar que os deficientes intelectuais só se sentem bem com seus iguais. Mentira. Se limitarmos seu convívio eles não evoluem. Por isso, a lei da inclusão e, principalmente a da inserção, são extremamente benéficas. Quanto mais conviverem com pessoas não deficientes, mais aprenderão e evoluirão em termos de conhecimentos. Portanto, a interação social é extremamente importante.


Outro mito é a crença de que os deficientes intelectuais se contentam com qualquer coisa. Mentira. Eles também sonham em realizar coisas. Ás vezes, são sonhos simples como o de trabalhar numa empresa, de dançar, ou de pintar. Outras vezes, seus sonhos são mais audaciosos como por exemplo, o de montar um negócio ou de graduar-se numa faculdade. E por que não? Para isto, basta que tenham uma ajuda eficaz da família e/ou da Universidade. Ter essa ajuda não quer dizer que passem sem saber ou que ganhem nota pela simpatia que despertam. Mas, uma ajuda eficiente para que realmente aprendam. São pessoas como qualquer outra.

Achar que todo deficiente tem que ser bonzinho e submisso às vontades alheias é outro mito. Como as demais pessoas, os deficientes refletem o ambiente em que vivem. São bruscos, arredios e agressivos quando vivem em ambiente de desamor, de injustiça e de violência. São amorosos, cordiais, educados quando vivem em ambientes em que essas qualidades são valorizadas. Mas, são francos e muito sinceros. Quando não gostam (ou não concordam) de alguma coisa, falam o que pensam e o que sentem sem rodeios. Eles não possuem aquela hipocrisia social costumeira de “falar aquilo que o outro quer ouvir” ou de “mentir para bajular”. Por isso, muitas vezes, são chamados de grosseiros e mal-educados.



Por isso, não sejamos super-protetores dos deficientes intelectuais. Isto faz com que se tornem cada vez mais dependentes dos adultos. Não proteger demais não quer dizer que não continuar a amá-los e a respeitá-los. Mas sim, que devemos tratá-los com a dignidade que merecem, deixando com que tomem suas próprias iniciativas, que lutem pelo que desejam e que enfrentem os desafios que se apresentarem, como qualquer outra pessoa.

Ser deficiente não é defeito. É uma condição prolongada. Por isso, devemos educa-los para a vida e para a autonomia.