OBJETIVO DO BLOG

Este blog tem por objetivo orientar os pais que possuem filhos entrando ou vivenciando a adolescência. De orientar também os professores que lidam com eles diariamente,para que possam compreender suas dificuldades e ajudá-los ainda mais, pois, esta é uma fase complicada na vida dos jovens e, muitos pais e professores não sabem como agir diante de certas atitudes desses jovens. Pais e professores encontrarão aqui informações de médicos, psicólogos e teóricos sobre a educação dos adolescentes.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

A EPIDEMIA DAS DROGAS


Desde que o mundo é mundo, a humanidade tem consumido drogas. No entanto, os índices nunca foram tão alarmantes quanto nos dias de hoje. Por isso, tem sido visto pelos governos como um grave problema social. Um problema que envolve vários setores como a saúde pública, a educação e a economia dos países, pois trazem consequências desastrosas para os jovens, para suas famílias e para a sociedade como um todo.

Dados estatísticos concluem que jovens e crianças tem feito uso delas com certa frequência e variável de acordo com o sexo. Mas, o que mais nos assusta é ver em casa, nas escolas e nas ruas esses jovens drogados.

Discorrer sobre drogas e dos seus vários tipos é bastante complexo. Isto porque quando se fala em drogas, nossos pensamentos nos encaminham para as mais pesadas e ilícitas e nos deixam acreditando que só elas importam. Achar que uma droga é melhor ou pior que outra é um mito que precisa ser extinto. Todas as drogas são ruins e todas trazem consequências porque são viciantes, causam dependência, alterações celulares, doenças e morte prematura.

TIPOS DE DROGAS

As drogas se dividem e se classificam em dois grandes grupos: as lícitas, consentida e valorizada pela sociedade e as ilícitas, abominadas por todos.

AS DROGAS LÍCITAS´as mais comuns  são o álcool e o tabaco, mas há outras. Estas continuam sendo as mais utilizadas e encabeçam qualquer lista estatística. Durante muito tempo, beber e fumar foram vistos e valorizados como uma forma de status social.

Uma pessoa bem sucedida na vida fazia uso de bons vinhos, conhaques, runs e whisk. Propagandas nas televisões do mundo inteiro mostravam essas pessoas rodeadas de gente rica e bonita, ao lado de carros de última geração e caros, de muito dinheiro, viagens e negócios polpudos. Que jovem não queria tudo isso para si? No entanto, associados a tudo isto estavam embutidos o consumo abusivo, os acidentes no trânsito e a violência.

AS DROGAS ILÍCITAS se subdividem em outros grupos: as inalantes, as injetáveis, as tranquilizantes, as psicotrópicas e as alucinógenas. Todas estas desencadeiam uma série de sensações, emoções e sentimentos com importante sofrimento psíquico e mudanças no comportamento. Associado a elas estão: a dependência, a degradação humana, uma série de doenças físicas e psíquicas, a violência e as mortes prematuras.

Trataremos sobre cada uma delas e seus efeitos nas próximas postagens.

Fontes


Revista Brasileira de Psiquiatria -Print version ISSN 1516-4446

PETTA, Ana Cecília. MARQUES, Roselli.S.CRUZ, Marcelo. “O ADOLESCENTE E AS DROGAS”. Pesquisa da Unidade de Dependência de Drogas do Departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo (UDED?Unifesp) e do Núcleo de Estudos e Pesquisa em Atenção ao Uso de Drogas da Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Acesso em janeiro de 2013.

domingo, 20 de janeiro de 2013

AS DROGAS NA ADOLESCÊNCIA



Este é mais um tema polêmico e difícil. Mas, um tema que precisa ser enfrentado já que grande parte de nossa juventude está envolvido com as drogas.

Quando falamos em “drogas” nos referimos desde o tabagismo até as pesadas, como por exemplo, o craque e outras. Em qualquer tipo que se faz uso contínuo provoca consequências desastrosas no organismo do próprio indivíduo, no comportamento e nos relacionamentos sociais.
 

Os púberes e adolescentes estão mais expostos ás drogas do que qualquer outro indivíduo, porque estão numa fase de mudanças internas psicológicas e sexuais (como já vimos). Essas mudanças aumentam a curiosidade sobre as novas descobertas, ficam ávidos por conhecer tudo ao mesmo tempo e envoltos por uma explosão de sentimentos e emoções.

O ambiente social, os conflitos familiares, más companhias, a educação recebida e a falta de informação favorecem o contato com os diversos tipos de drogas, a experimentação e a dependência.

A sociedade, com suas frequentes e rápidas mudanças lançam contínuos apelos de consumo: o carro bacana, a casa bonita, o celular cheio de novidades tecnológicas e acessos rápidos, a roupa do momento, o corte de cabelo do fulano, os cremes mais sofisticados que os preparam para novas conquistas, etc. Os jovens não querem ficar distantes disto tudo, nem querem ser chamados de babacas ou de estarem por fora de todas essas novidades.

A educação familiar traz em seu “pacote” uma série de conflitos. Gostem ou não, é essa educação quem forma a personalidade de jovens e adultos. Segundo Jung, o adulto nada mais é do que o resultado do que lhe foi ensinado na adolescência e, estes, o resultado do que aprenderam na infância, mais precisamente, da educação recebida até os 6 anos de idade. Depois disso, e só depois dessa idade, com conceitos e vivências instalados e cristalizados, é que começa a surgir os primeiros sinais de personalidade, como um botão de flor que desponta na folhagem.

Seguindo esse pensamento, se a educação familiar dada até os 6 anos de idade for muito rígida, muito permissiva ou super-protetora fará com que, púberes e adolescentes, encontrem maiores dificuldades em se adaptar ás questões da vida. Em qualquer uma dessas modalidades educativas as questões de autoestima, autoconfiança, de amor próprio, de ausência ou excesso de afeto, de egocentrismos e egoísmos, de orgulhos, vaidades e timidez, de seguranças e inseguranças, de iniciativas e dependências estão envolvidas. E consequentemente, de revolta por ter esta ou aquela característica.

E dependendo da personalidade (ainda em formação) de nossos jovens adolescentes e do modo como encaram a vida e dos desejos e projetos para o futuro, os amigos errados são o ponto chave da questão, pois se deixam envolver facilmente por eles. Jovens de vida difícil financeiramente, acreditam que a vida e a sociedade é injusta. E  desejosos em vencer na vida rapidamente e sem muito esforço, são presas fáceis. Os de vida de abastança, são presas fáceis por questões de isolamento, assédio financeiro, ou para provar que são semelhantes á maioria.

A ausência dos pais, seja por estarem atarefados com o trabalho dentro ou fora de casa, seja por não serem carinhosos, compreensivos, vigilantes seja por serem contrários a tudo isto e agindo no excesso, também provocam conflitos internos no seio familiar. E em busca de tudo isto fora do lar, os jovens são usados por aliciadores de todos os tipos que os envolve com atitudes e palavras que os adolescentes gostariam de receber e ouvir.

A informação que geralmente recebem sobre as drogas é normalmente falha. Muitas famílias evitam tocar no assunto com medo de incentivar os filhos a experimentar ou se tornar usuário. Quando comentam, mostram apenas um lado da história: o social. Que é triste também, porque para conseguirem alguns trocados para as drogas eles mentem, roubam e, muitas vezes, matam.

Porém, seja na escola ou em casa, as informações sobre as drogas não dizem sobre os efeitos que as drogas trazem ao cérebro humano, fazendo com que mudem o comportamento, se tornem mais agressivos, mais egoístas e mais egocêntricos.

O objetivo deste tema no blog é falar sobre esse risco: seus efeitos, consequências, tratamento e também para orientar pais, professores e os próprios adolescentes. Pois, uma vez usuário, se torna um doente.

Fonte:

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

CUIDADOS COM AS ADOLESCENTES GRÁVIDAS


Mesmo com toda aceitação e compreensão de uma gravidez precoce é preciso ficar atento a alguns sinais que podem ser muito importantes e que afetam o bebê que está sendo gerado. Esses sinais são provenientes de aspectos físicos, psicológicos e sociais e por isso mesmo a gravidez deve ser muito bem acompanhada para que não haja riscos nem para a futura mamãe ou para seu filho.

São de aspectos físicos as anemias e doenças hipertensivas (especificas da gravidez) e que podem causar partos prematuros e com baixo peso. As anemias são frequentes devido a hábitos alimentares inadequados. Tanto uma como a outra podem ser corrigidas e controladas com um bom atendimento pré-natal.


GRAVIDEZ NÃO É DOENÇA e, portanto, a gestante deve praticar atividade física adequada a cada etapa gestacional, cuidar do corpo e da higiene oral e corporal. Queixas como sonolência, cansaço, câimbras e náuseas são comuns e requerem adaptação. Elas ocorrem porque o corpo se modifica para levar a gravidez a termo. Esses desconfortos não podem ou devem ser confundidos com doença, pois não são. Portanto, devem ser evitados a ingestão de medicamentos sem que sejam indicados pelo médico.

A ingestão de analgésicos (a base de codeína, oxicodona ou de hidrocodona) aumentam o risco de malformações fetais tais como: problemas cardíacos, espinha-bífida, hidrocefalia, glaucoma congênito e a gastrosquise ou "estômago fendido" . A gastrosquise é um defeito que apresenta uma fenda na parede abdominal e que deixa a mostra o estômago e os intestinos. Por isso, o alerta do Centro de Controle e Prevenção de Doenças e o nosso. No Brasil, os medicamentos denominados por Tylex, Codein, Vicodil, Codex e Belacodid (com venda restrita) e os de venda livre como  Voltaren, Nimesulida, Profenid e Indometacina devem ser evitados porque possuem a codeína e seus derivados como substância principal.

Antibióticos também devem ser evitados. A maioria dos antibíóticos que tem como componente principal a sulfa, também causam malformações nos fetos.  Por isso, dependem da avaliação da necessidade, do acompanhamento e controle do médico para que o bebê sofra o menor risco possível. O menos inofensivos são os antibióticos a base de penincilina.

Algumas viroses contraídas pela mãe durante a gravidez e causadas pelo "citomegalovírus" podem prejudicar a audição do bebê ou provocar a deficiência intelectual e a paralisia cerebral. O grau das perdas auditivas podem variar em leves, moderadas e graves ou agravar um problema auditivo se o bebê for contaminado logo após o nascimento.

A transmissão dessas viroses se dá por contágio. Se a grávida já estiver contaminada e engravidar, os riscos para os bebês são menores do que se o contágio acontecer depois da gravidez. Por isso, durante os primeiros meses de gravidez deve-se evitar o contato com pessoas gripadas e que estejam espirrando ou com tosse. Devem ser evitadas também as transfusões de sangue.

Na próxima postagem:- aspectos psicológicos e sociais

fonte
http://www.corposaun.com/gravidez-adolescencia/2868/

domingo, 6 de janeiro de 2013

“MÃE, TÔ GRÁVIDA!!!”


Antigamente, quando os pais recebiam essa notícia era um “Deus nos acuda”. A moça era considerada uma “desavergonhada” e, portanto, motivo de vergonha familiar.

Os pais não suportavam a ideia de serem apontados na rua, nos eventos sociais ou mesmo, dentro do circulo de parentes, como pais de uma moça que estava grávida fora do casamento.  E sendo assim, tocavam-na para fora de casa com a roupa do corpo e renegavam-lhe a paternidade. E sem família, dinheiro e preparo só lhes restavam duas opções de sobrevivência: separar-se do filho ou “cair na vida”.

Na atualidade, isto já não acontece tanto. Os pais têm percebido que a garota e o bebê precisam de cuidados, preparo, carinho e acompanhamento médico. E passaram a aceitar a situação e acolher a filha grávida.

Mas, muitas vezes, essa acolhida se torna mais uma forma de superproteção. Os pais passam se responsabilizar não só pela filha, mas também, pelo cuidado e educação do neto. Isto tira a responsabilidade do ato cometido. A maioria das jovens não tem arcado com as responsabilidades que um filho exige. E continuam levando a vida de forma descompromissada como faziam antes da gravidez. Por isso, muitas delas incorrem numa segunda e terceira gravidez, pois sabem que aceitação e o cuidado da criança são certos. Já vi muitos casos assim.

É preciso que os pais orientem como as moças podem se prevenir e informar sobre os riscos e consequências práticas de uma gravidez indesejável nesta fase da vida. Mas, poucos fazem isso.

A maioria dos pais que orientam e informam sobre as questões sexuais acabam por não falar dessas coisas, pois acreditam que falar sobre contraceptivos é incentivar a prática sexual ativa. Quanto aos riscos e consequências, muito menos. Alguns nem sabem e nem procuram se informar. E esta omissão só tem contribuído para que a atividade sexual ativa tenha crescido aceleradamente, envolvendo crianças e jovens adolescentes desavisadas, imaturas e impulsivas.

Os riscos de saúde numa gravidez precoce são grandes porque o corpo ainda está em formação. E não é porque os órgãos estão novinhos em folha, que tudo sempre correrá ás mil maravilhas. É verdade que hoje há mais recursos que antigamente, mas, mesmo assim, é bom não facilitar.

As consequências são para todos. Para a jovem que engravidou e para cada membro familiar envolvido. Para ela, muitas vezes terá que interromper os estudos, começar um trabalho, despedir-se ou adiar alguns sonhos e projetos. Para a família, uma nova reestruturação tanto interna quanto no ambiente deve ser feita. E aí, todos precisam se mobilizar e disponibilizar espaço para a futura mãe e seu filho. E é aí que recomeçam os atritos, as crises e conflitos.