As
causas deste transtorno são variadas. Geralmente, começa na infância e começa a
se manifestar na adolescência e torna-se um padrão de comportamento ou uma
condição mental no início da juventude.
Como
causas temos as ambientais e as emocionais. Crianças que desde pequenas sofrem
maus tratos, vida familiar desajustada e com pouca comunicação verbal entre os
parentes próximos e as que sofrem abuso sexual ou emocional estão mais
propensas a este transtorno.
Estes
indivíduos tem um pensamento e consciência distorcidos do EU, ou seja, acham-se
incapazes e inferiores aos outros, o que dificulta os estudos, o trabalho, os
relacionamentos interpessoais porque se magoam facilmente, porque se colocam em
desvantagem com relação ao companheiro (seja ele namorado, amigo ou parente
próximo). Por causa disso, agem impulsivamente porque possuem uma péssima
imagem de si mesmas. Essa distorção da imagem de si mesma pode levar a uma
idealização do outro (a pessoa admirada tem sentimentos nobres e as melhores
qualidades) ou desaprovação ou rejeição do outro.
Suas
emoções são instáveis e turbulentas devido a experiências desagradáveis. Não
conseguem fazer planos (estudo, trabalho, vida em comum com outras pessoas)
porque não conseguem fazer planos a longo prazo. E se punem constantemente com auto-agressões,
ou seja, machucam-se de propósito porque se sentem sozinhas, abandonadas e desprezadas
e temem ser abandonados.
Em casos mais graves, tentam o suicídio, sim, e pelo mesmo motivo. Por isso,
precisam estar sempre acompanhados. Cerca de 20% deles, fazem uso abusivo de
drogas ou do álcool.
Embora
seja pouco conhecido, este transtorno é mais frequente em mulheres do que em
homens. Com um baixo controle das emoções chagam a beirar os limites da
psicose. O tratamento é psiquiátrico e é bastante longo. Em 20% dos casos, a
hospitalização é necessária. Porém, melhoram com o tempo e com o tratamento,
voltando a ter uma vida social equilibrada, produtividade no trabalho e estabilidade
na vida conjugal.