OBJETIVO DO BLOG

Este blog tem por objetivo orientar os pais que possuem filhos entrando ou vivenciando a adolescência. De orientar também os professores que lidam com eles diariamente,para que possam compreender suas dificuldades e ajudá-los ainda mais, pois, esta é uma fase complicada na vida dos jovens e, muitos pais e professores não sabem como agir diante de certas atitudes desses jovens. Pais e professores encontrarão aqui informações de médicos, psicólogos e teóricos sobre a educação dos adolescentes.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

MITOS SOBRE A DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

Muitas pessoas possuem uma porção de dúvidas sobre a deficiência intelectual e não procuram conhecer o que ela seja. Então baseiam-se em comentários que nada tem a ver porque são invenções arcaicas. Outras sentem-se incomodadas diante de um deficiente intelectual (DI) e evitam a aproximação com essas pessoas. Outras ainda, ficam consternadas diante de um deficiente. Mas, tudo não passa de puro e simples desconhecimento.


Os deficientes intelectuais são como qualquer pessoa. Tiveram uma concepção e um desenvolvimento gestacional como todo mundo. Comem, dormem, fazem as necessidades fisiológicas, tem desejos, necessidades e sonhos. Muitos sonhos. Portanto deficiência intelectual não é uma doença, mas uma condição.

É na cadeia do DNA que ocorrem os erros genéticos.

Condição porque eles não pediram ou não fizeram nada para que isto acontecesse. São assim porque ocorreu um erro genético ou teve um traumatismo (falta de oxigenação) durante o parto ou depois do nascimento que os deixou assim. Dependendo do erro ou do traumatismo e da área cerebral afetada as consequências podem ser leves, moderadas ou graves. Alguns tem mais visível as marcas desse erro (estigma) e outros não possuem.

Somente de olhar já sabemos que esta garota 
tem Síndrome de Down. O formato dos rosto e dos olhos 
já dizem tudo. É o estigma.

Os nomes das diversas deficiências da intelectualidade podem assustar um pouco. Sindrome é um termo que mete medo: Síndrome de Down, Sindrome de Cornélia de Lange, Síndrome Cri von Chat, Sindrome de Rett, Síndrome de Angelman, Sindrome do X Frágil e tantos outros.

Saiba que o significado do termo “Sindrome” refere-se a condição do sujeito e o complemento é o nome do descobridor do erro genético. Independente do nome que tenha, fundamentalmente, eles possuem um cérebro que funciona mais lento que o dos demais humanos considerados “normais”. É só isso.

Uma outra dúvida muito comum é se os deficientes intelectuais morrem mais cedo que as demais pessoas por conta da deficiência? A resposta é NÃO. Assim como eu e você podemos morrer amanhã, no ano que vem ou daqui a 20 ou 30 anos. Eles também.

Algumas síndromes vêm acompanhadas de algumas complicações (comorbidades), como problemas cardíacos, pulmonares, intestinais e digestivos. Mas, se tiverem um acompanhamento médico desde muito cedo, vivem bem e longamente.


Outra dúvida também comum é saber se precisam tomar remédios para controlar a deficiência? NÂO. Não existe remédio que combata e cure um erro genético. Muitas vezes, eles tomam remédios sim para controlar alguma complicação provocada pela síndrome, da mesma forma que o cardíaco toma remédios para o coração, alguém toma remédio para aliviar as dores causadas pelas varizes ou toma laxantes para resolver algum problema intestinal.


Outra dúvida comum é a de saber se as pessoas que babam passam a “deficiência”. Novamente, a resposta é NÃO.

Algumas síndromes afetam o sistema motor (dos movimentos). Este sistema envolve os músculos. E são eles que, além de rechear nosso corpo, puxam os ossos para realizarmos os movimentos necessários ou desejados. Esta última função exige que os músculos tenham uma certa força (tonicidade) para puxar os ossos (tensão) e depois relaxar. Nessas síndromes os músculos não têm a força necessária. A boca e a língua são formadas por músculos que ficam mais relaxados que tensos. Por isso, não conseguem controlar a produção da saliva. Portanto, não passa coisa alguma.

Continuamos na próxima postagem.