OBJETIVO DO BLOG

Este blog tem por objetivo orientar os pais que possuem filhos entrando ou vivenciando a adolescência. De orientar também os professores que lidam com eles diariamente,para que possam compreender suas dificuldades e ajudá-los ainda mais, pois, esta é uma fase complicada na vida dos jovens e, muitos pais e professores não sabem como agir diante de certas atitudes desses jovens. Pais e professores encontrarão aqui informações de médicos, psicólogos e teóricos sobre a educação dos adolescentes.

quarta-feira, 18 de maio de 2016

O DESAFIO DA ESCOLA


A escola surgiu para ajudar a família nos assuntos que a família não podia atender, ou seja, no desenvolvimento racional. Com o tempo, a escola passou a contar com a igreja e com outras instituições sociais para o desenvolvimento social e espiritual de crianças e de adolescentes. Com essas contribuições a escola passou a focar mais no racional e no cognitivo, principalmente, no que se referia aos adolescentes. E a escola cumpria o seu dever e o fazia muito bem.


Mas, com o passar do tempo, as coisas foram se modificando. Novas ideias surgiram e novos obstáculos também. As famílias foram se transformando pelas novas exigências sociais. As instituições religiosas passaram a cuidar mais da espiritualidade e impor mais suas regras. As instituições sociais rarearam e passaram a não servir a todos. E deixaram de ajudar a escola.


Embora essas mudanças não tivessem acontecido de repente, a escola foi incorporando para si os encargos que as demais instituições deixaram de fazer. Evidentemente, a escola se ressentiu pelo acúmulo de tarefas. Mesmo aos trancos e barrancos, a escola nunca deixou de cumprir sua função principal: o desenvolvimento racional e cognitivo.

Nas décadas finais do século XX surgiram novas mudanças tanto tecnológicas quanto sociais que atingiram o mundo todo. E a escola como ficou?


A escola passou a trabalhar num novo contexto. Diante das novas exigências, a escola enfrenta um grande desafio: o “educar integralmente” crianças e adolescentes.  Entende-se por educação integral dos adolescentes “acompanhar os alunos no seu desenvolvimento pessoal, social, espiritual e vocacional”. O que não é uma tarefa fácil.

Somam-se a essa tarefa, uma série de outros fatores que envolvem os adolescentes simultaneamente ás tarefas e exigências escolares e que não podem ser desprezados, tais como o consumo de álcool e drogas; a comunicação e informação globalizadas e acessíveis à maioria de crianças e adolescentes; a presença da televisão e da Internet nas casas das famílias; e o mundo da diversão e do mercado que a envolve.

Por outro lado, a sociedade espera cada vez mais da atuação da escola. A sociedade a vê como a única instituição capaz de cumprir esse desafio, através do ensino e da complementação ou suprimento o que a família e as outras instituições não conseguiram fazer.


Embora a Educação Infantil e a Educação Fundamental (1º ao 5ºanos) esteja se mostrando progressivamente mais eficientes, com uma educação mais integral porque o aluno passou a ser visto como um ser total que tem potencialidades e habilidades a serem desenvolvidas por meio de um programa escolar estimulante que as te tornado mais aptas intelectual, humana e socialmente em cada etapa. Tudo isto graças as teorias da psicologia, da neurociência e da própria pedagogia. Mais recentemente, têm surgido publicações sobre o desenvolvimento espiritual e religioso que ajudam os educadores a lidar com esses assuntos. Mas, infelizmente, esses programas ainda não alcançaram do 6º ao 9ºanos da Educação Fundamental, nem o Ensino Médio, que ainda está preso aos conteúdos acadêmicos.


A humanização desse tipo arcaico de ensino ainda fica a cargo deste ou daquele professor mais aberto ao diálogo ou de uma ou duas disciplinas que menos reprovam. E isto acontece justamente numa época em que os adolescentes passam por uma fase importante, conflitante e decisiva de suas vidas, como  as transformações físicas e hormonais da adolescência, a aceitação do grupo, o início da sexualidade ativa, a confirmação da personalidade, a escolha de uma profissão, entre outros problemas em que o emocional está abalado. Há muita incerteza sobre tudo e, principalmente, sem um conjunto de regras que os comande porque a família esqueceu-se de ensiná-las ou as confundiu com valores.


Os adolescentes é um ser humano rico, cheio de potencialidades a serem desenvolvidas e de habilidades incríveis que ele mesmo desconhece. Tudo isso é preciso ser despertado. Mas para isso, é preciso que seja olhado de uma maneira diferente, mais humana. Se nada for feito, poderá seguir por caminhos pedregosos e mais negros. E é na mudança desse olhar os jovens é que está o grande desafio da escola.

A escola tem que unir forças para se reconstruir para atender, desenvolver de maneira saudável esses jovens que vivem num tempo novo. Os jovens do século XXI precisam de educação e instrução, de regras claras e valores morais, sociais e espirituais. Mas também precisam de diversão, de experiências, vivências e convivências com seus pares e, para isso, precisam de atitudes, de responsabilidade, de ideias e ideologias para forjar outras, de novos projetos, debates e execução de tarefas e de muitos desafios que levam ás aprendizagens.


Cabe a escola reunir seus membros, fazer um bom projeto e executá-lo aplicando esse novo olhar. A escola não é somente um espaço de transmissão de conhecimentos, mas também de descobertas e de desenvolvimentos, de formação de boas atitudes e da quebra de preconceitos. E tem que avaliar continuamente sua ação e seus objetivos, de planejar e de replanejar sua programação, de criar ou experimentar novas metodologias sem medo e engajando todos os seus membros nessa luta sem tréguas.

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