OBJETIVO DO BLOG

Este blog tem por objetivo orientar os pais que possuem filhos entrando ou vivenciando a adolescência. De orientar também os professores que lidam com eles diariamente,para que possam compreender suas dificuldades e ajudá-los ainda mais, pois, esta é uma fase complicada na vida dos jovens e, muitos pais e professores não sabem como agir diante de certas atitudes desses jovens. Pais e professores encontrarão aqui informações de médicos, psicólogos e teóricos sobre a educação dos adolescentes.

domingo, 16 de abril de 2017

A DIFÍCIL ESCOLHA DA PROFISSÃO


Ao final do Ensino Médio, muitos jovens ficam ansiosos prestar o vestibular e entrar para uma das tantas Universidades e Faculdades existentes. É uma época difícil na vida desses jovens, porque deverão escolher o rumo de suas vidas, ou seja, a escolha de sua futura profissão.

Antigamente, essa escolha eram os pais quem decidiam a profissão dos filhos. Era como se fosse algo herdado, uma continuidade de um negócio ou de uma carreira familiar que durava por gerações. Se o pai fosse médico ou advogado os filhos também seriam. O mesmo acontecia fosse um negociante ou lavrador. Não importava se o filho queria optar por outro segmento profissional. Era assim e pronto. Sem dúvidas e incertezas.


Ainda bem que hoje em dia já não é mais assim. Uma boa parte dos jovens que estão terminando o Ensino Médio já sabem o que querem ser na vida. Mas isto não acontece com todos os jovens. Outra parte nem se decidiu sobre o que pretende fazer profissionalmente. Uma parte menor estão indecisos entre duas ou três profissões e não conseguem se decidir por uma. Mas não podemos criticá-los. Escolher uma carreira profissional aos 17 ou 18 anos de idade, não é uma tarefa fácil.  E nas últimas décadas tem ficado mais difícil ainda.

Essa indecisão se deve a alguns fatores importantes: a questão econômica, a área de interesse, aceitação social e o mercado de trabalho. 


A questão econômica é a que mais traz dúvida se incertezas aos jovens. Muitos querem ajudar suas famílias e, por isso mesmo, ficam em dúvida sobre a profissão que lhes traga um retorno financeiro mais rápido.


O segundo item é a área de interesse. Um jovem pode ter interesse em música ou artes, mas por problemas de ordem financeira podem optar por construir uma profissão que lhe traga o retorno esperado, mas que não lhe traz o prazer desejado.


A escolha profissional pretendida tem que ser aceita pela sociedade. Ou seja, o jovem deve escolher uma profissão que agrade a si mesmo, a família, seu círculo de amigos e a sociedade em geral. Isto significa, que a profissão pela qual se decidiu deve lhe trazer algum status social.

Muitas vezes, a profissão escolhida está com o mercado de trabalho saturado de profissionais. Arranjar um emprego nessa área fica cada vez mais difícil por causa da concorrência. Dessa forma, se o ramo escolhido estiver saturado ele precisará lutar muito para obter o retorno rápido que deseja.

E é, por causa desses fatores, que os jovens ficam ansiosos, indecisos e angustiados. Por outro lado, também enfrentam alguns preconceitos da sociedade e do mercado de trabalho. Uma delas é o renome da Faculdade ou da Universidade que pretende se escrever. Quem estuda na USP (Universidade de São Paulo), na Unicamp (Universidade de Campinas), Universidade Mackenzie), por exemplo, é admirado por todos. No entanto, aqueles que cursam em faculdades menos conhecidas são vistos com desconfiança quanto a sua capacidade. E isto não tem nada a ver, pois quem faz a capacidade é o aluno e não a faculdade.

Supondo que um aluno entre na USP e não entregue os trabalhos pedidos, que lê com atraso os textos pedidos e outro aluno que curse uma Universidade desconhecida, mas entrega tudo no prazo, que estude dia e noite e saiba mais que o aluno da USP, responda: qual deles será o mais capaz de desempenhar melhor a profissão? Mas infelizmente, não é assim que funciona. O nome das Universidades ainda possui grande peso. Por outro lado, as profissões mais admiradas pela sociedade são aquelas que ela julga serem mais “difíceis”, como Medicina e Direito, por exemplo.


Além da ansiedade, tem também a dúvida. E se perguntam: Dará certo?  É isso mesmo o que quero fazer na vida? E se não der certo? E se eu não gostar de tal profissão, terei de aguentá-la para sempre.

É preciso que se diga a esses jovens que nada é definitivo nesta vida. Dar certo ou não depende do esforço e do empenho de cada um. Que nesta idade, as dúvidas são constantes para todo mundo. E se pensar numa carreira e durante o curso superior não gostar, pode mudar de curso numa boa. E mesmo depois de formado, também pode mudar de profissão dentro da área escolhida ou escolher uma outra profissão totalmente diferente. Ele ou ela não será a primeira nem a última pessoa a fazer essas mudanças. Explicando dessa forma, os jovens se sentirão mais compreendidos e menos ansiosos.

No entanto, a sociedade e principalmente os parentes mais próximos (pais, tios avós) cobram muito. E em vez de cobrar, devem apoiar as escolhas e as decisões dos jovens.


Ficamos por aqui. Até a próxima postagem.

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