OBJETIVO DO BLOG

Este blog tem por objetivo orientar os pais que possuem filhos entrando ou vivenciando a adolescência. De orientar também os professores que lidam com eles diariamente,para que possam compreender suas dificuldades e ajudá-los ainda mais, pois, esta é uma fase complicada na vida dos jovens e, muitos pais e professores não sabem como agir diante de certas atitudes desses jovens. Pais e professores encontrarão aqui informações de médicos, psicólogos e teóricos sobre a educação dos adolescentes.

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA (PARTE 1)

A violência doméstica é mais comum do que se pode imaginar. Caso fosse contabilizada, este tipo de violência elevaria o número estatístico para níveis muito mais altos do que a violência das ruas.

Como violência doméstica estão inclusos: A negligência, o abuso e a exploração sexual ou comercial de crianças e adolescentes, são formas, mais graves. A seguir vem os maus-tratos infantis e contra os adolescentes e o conjugal, podendo ir desde os castigos xingamentos, palavras ou apelidos depreciativos que tenham a intenção de ridicularizar ou de menosprezar as capacidades ou as habilidades dos filhos ou da esposa, as surras, espancamentos, encarceramentos, queimaduras propositais, o abuso sexual e a morte.

 A NEGLIGÊNCIA

Infelizmente, aqueles que deveriam zelar pelo bem-estar da criança são aqueles que maltratam. Os pais (de ambos os sexos) podem ser algozes dos filhos. Mas também podem ser os parentes mais próximos: tios, avós, primos etc.

A negligência é a pior forma dos pais agirem. O descaso e a omissão constituem formas veladas de violência e não contabilizada nas estatísticas. Os pais que a praticam nem imaginam ou desconhecem os estragos que produzem na vida dos filhos. É negligência a falta de cuidados com a higiene, alimentação, estimulação dos sentidos, saúde, educação, falta de informação, que causam prejuízos não só contra o bem-estar físico, mental, emocional, moral, mas porque esses prejuízos atingem, principalmente, no que tange com a relação da inteligência, habilidades e capacidades que a criança deveria desenvolver e não desenvolve. 


Muitas vezes, esse desleixo é justificado pela pobreza. Mas isto não procede por que, muitas famílias que vivem numa situação de extrema pobreza, cuidam dos filhos da melhor forma que podem. No entanto, encontramos a  negligência em famílias em que falta de recursos financeiros não é o problema. Portanto, a negligência está em toda a parte, na casa do rico e do pobre. 


O abandono é outra forma velada de negligência. Não estou falando do abandono em lixeiras, parques, metrô ou outro lugar qualquer. Esta forma é considerada “crime por abandono de incapaz” porque um bebê recém-nascido não tem como sobreviver sozinho e, ao fazer isso, a mãe (ou outro parente) coloca a vida do bebê em risco.

O abandono que tratamos aqui é bem mais comum do que se pode imaginar. Um exemplo bem simples são os pais que não param em casa (trabalho, compromissos sociais, viagens etc) e nunca estão no momento que o filho mais precisa deles. E quando estão, não encontram tempo para um carinho, brincar ou conversar com o filho. Geralmente, esses pais delegam sua função de educar para uma terceira pessoa (parente ou não).

Por outro lado, há os que não conseguem ver no filho real, o filho idealizado e esperado. Muito comum quando a criança nasce com alguma deficiência, principalmente, a intelectual. Ao vê-lo, ficam decepcionados. Por isso, passam a ignorar sua presença e suas necessidades. Na maioria dos casos, o pai é quem mais fica distante ou abandona o lar.

É o caso também de crianças de comportamento difícil (agressivo, briguento, desafiador ou teimoso) e passa a ser visto como a “ovelha negra” da família. Muito comum em casos de crianças com TDAH (Transtornos do Déficit de Atenção e Hiperatividade) ou Transtorno Desafiador (TD), a imperatividade (crianças acostumadas a fazer o que querem).

A criança sente o abandono e não entende os motivos da atitude dos pais (ou de um deles). Em consequência, há uma piora dos casos de comportamento por parte da criança. E aí acontece mais uma forma de violência: a rejeição.


A rejeição fica muito evidente nos casos de imperatividade. Desde muito novas, essas crianças foram acostumadas a fazerem o que queriam e quando queriam. São crianças que não obedecem a ninguém, ofendem qualquer pessoa com palavras, ações e gestos como bater nos pais em público, quando estes não fazem o que querem e no momento que querem.

No começo, era tudo engraçado e os pais e parentes riam dessas atitudes. Para a criança, rir de algo que ela fez (mesmo que errado) é “permissão”. Essas crianças apresentam atitudes e comportamentos que chegam às raias da má-educação: mandam e batem nos pais, avós, professores por não fazerem suas vontades. Para elas não existem regras, valendo suas vontades. Por isso, são inadaptadas socialmente. Mas à medida que vão crescendo, o que era engraçado vai ficando insuportável. Os pais passam a sentir vergonha do mal comportamento dos filhos. E passam a evitar esse constrangimento usam a rejeição.


Na rejeição, os pais culpam a criança. Por isso, evitam sair com ela, dão broncas e castigos (muitas vezes exagerados), o que faz aumentar a revolta da criança. E quanto mais a criança se rebela, mais rejeição encontra. Mas será que a culpa é mesmo da criança? Ou será que os pais não querem assumir que erraram ao educá-la?

A negligência se dá ainda de outras formas: na falta de correção de atitudes desagradáveis como a de uma criança que não respeita os mais velhos (tios, pais, avós, professores etc) é uma dessas formas. Se na primeira vez que a criança apresentar uma atitude dessas e for corrigida, ela não fará mais.


Outra forma de negligência é a “omissão”. Pais que se omitem de investigar a origem de coisas que os filhos pequenos trazem para casa, sabedores de que aquilo que o filho trouxe não é dele, ensinam por omissão que ele pode obter o quê e quando quiser sem permissão. E com isto, formam-se pessoas sem o menor respeito pela propriedade alheia. E depois, reclamam da violência das ruas.

NÃO SE CALE! DENUNCIE!

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