Uma
década e meia já se passou e ainda não entendemos como as coisas funcionam no
século XXI. Apesar de acreditarmos que tudo continua como antes e que nada
mudou, não é isso o que vemos no dia a dia. Muitas coisas parecem estar de
pernas para o ar. O que até o final do século passado parecia estar tudo certo,
hoje nos parece errado. O que era um padrão estabelecido seguro, firme e
verdadeiro, hoje parece confuso, desagregado e falso.
O
que vivemos são tempos de transição. Transição nas ciências, na tecnologia, no
trabalho, nos valores morais e sociais e, principalmente, nas relações
afetivas. E, consequentemente, não sabemos como pensar, agir e sentir porque a
confusão é grande. Uma confusão que começou por volta dos anos de 1970. E não é
só no Brasil, mas em todo o planeta.
Tomemos
como exemplo uma instituição social tradicionalíssima: a família. Até 1970, a família
era composta pelo pai, da mãe) e pelos filhos do casal. O pai era o único provedor. A mãe cuidava da
casa, dos filhos e do marido. Mesmo que houvesse alguma desavença séria entre o
casal, a família se mantinha intacta, para que os filhos não sofressem. O desquite
e o divórcio era, naquela época, um escândalo. E quando um ou outro acontecia,
o marido saía de casa e constituía outra família. Mas, a mulher permanecia
cuidando da casa, dos filhos e do provento.
Mas,
o tempo foi passando e as coisas foram mudando. Os pais já não conseguiam
prover como antigamente devido a uma séria crise econômica de âmbito mundial.
As mães, para ajudar nas finanças, se viram obrigadas a trabalhar fora de casa
para ajudar os maridos na tarefa de proventos, já que os salários dos maridos
haviam se deteriorado.
Estarrecida
com a quantidade de mulheres que passaram a enfrentar uma jornada dupla de
trabalho (18% em 1970), a mídia passou a divulgar nos seus noticiários. Assim, mulheres
de todas as camadas sociais passaram querer ganhar o seu sustento.
A
década de 1970 também foi marcada pelos grandes movimentos feministas que
lutavam pela maior valorização para todas as mulheres e pela sua inserção no
mercado de trabalho e o reconhecimento desse trabalho.
A
palavra de ordem da época era a de ficar “antenadas”, numa referência ás
antenas de rádio e televisão que noticiavam os avanços conquistados pelas
mulheres. E com mais liberdade e com direitos civis conquistados, não demorou para
que as mães separadas, desquitadas ou divorciadas passassem também a constituir
novas famílias.
No
início, a situação era estranha. A família agora era bem diferente da anterior,
porque passeou a ser composta pelo casal, pelos filhos dele e dos os filhos
dela. Mas, o tempo traz a acomodação das coisas. E pouco a pouco, todos fomos
aceitando. Hoje encaramos como normal este tipo de família.
Hoje,
a palavra de ordem é outra: devemos ficar “conectados”, uma referência as
mídias tecnológicas. E os problemas estão aí, para serem enfrentados. As
novelas mostram um novo tipo de família: as homossexuais. Portanto, não podemos
ficar de fora e deixar de lado a discussão deste tema ainda polêmico. Pode parecer
estranho para algumas pessoas, mas o número de pessoas do mesmo sexo que estão
contraindo famílias tem crescido a cada dia.
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