OBJETIVO DO BLOG

Este blog tem por objetivo orientar os pais que possuem filhos entrando ou vivenciando a adolescência. De orientar também os professores que lidam com eles diariamente,para que possam compreender suas dificuldades e ajudá-los ainda mais, pois, esta é uma fase complicada na vida dos jovens e, muitos pais e professores não sabem como agir diante de certas atitudes desses jovens. Pais e professores encontrarão aqui informações de médicos, psicólogos e teóricos sobre a educação dos adolescentes.

quinta-feira, 2 de julho de 2015

HOMOSSEXUALIDADE: COISA DA MODERNIDADE?

Muita gente pensa que a homossexualidade é coisa dos tempos atuais. Mas se enganam porque ela existe há muito mais tempo. Segundo John Boswell nos escritos de Platão já há relatos dessa pratica. Compreender como a homossexualidade é encarada há milênios se faz necessário.
O primeiro registro da união entre dois homens da história foi encontrado numa pintura da arte egípcia da antiguidade. Mhnumhtep e Niankhkhnum viveram por volta de 2.400a.C e que serve de prova documental.
Segundo o relato dos antropólogos Stephen Murray e Will Roscoe, em Lisoto, no continente africano, mulheres mantinham relações afetivas e eróticas prologadas (chamadas “motsoalle”) com outras mulheres mesmo antes da colonização pelos ingleses. Outro antropólogo, Evans-Pritchard afirma que era costume os guerreiros de Zandes (norte do Congo) terem jovens (entre 12 e 20 anos) que os ajudavam nos afazeres domésticos e não se envergonhavam de confessar que mantinham com eles relações amorosas e sexuais.
Na China dos anos 600 a.C, a homossexualidade era conhecida por diversos nomes: prazeres do pêssego picado, manga cortada ou costume do sul. Estas denominações referiam-se ao comportamento homossexual e não às pessoas. 
                                                 Mulher espia dois homens namorando
Estudiosos do Oriente médio asiatico afirmam a existência de exemplos de homossexualidade descritos em antigas literaturas da Mesopotâmia. Como exemplos citam a história de Davi e Jonas e a Epopéia de Gilgamesh em que Gilgamesh e Enkidu mantinham um relacionamento amoroso.
Os povos hindus tinham no Código de Manu, o fundamento de suas leis. Nesse código, segundo os antropólogos, há um artigo que faz menção a um “terceiro sexo”. Esse artigo permitia que as pessoas pudessem se expressões livremente com comportamentos e formas não convencionais e ter e manter atividades homossexuais.
No continente americano não era diferente. Muito antes da colonização européia os nativos das três Américas praticavam práticas homossexuais. Entre os astecas, maias, quichuas, moches, zapotecas e os tupinambás (do Brasil) havia uma festividade religiosa conhecida como “Dois-Espíritos”. 
                                                                   Um xamã
Por ocasião dessa festividade, uma das crianças da tribo era era escolhida, retirada dos pais e educada para ser um “xamã”, uma espécie de feiticeiro ou curandeiro. Os xamãs eram pessoas importantes e poderosos na tribo. E podiam ter vida sexual ativa com quem desejasse, inclusive com pessoas do mesmo sexo. Seus parceiros (homens ou mulheres) preferidos eram as pessoas comuns da tribo. Entre esses povos era muito comum encontrar homossexuais e trangêneros.

 
                           Jovem grego em relação sexual                 Romano bulinando um pajem
                                      com seu pajem
A deusa Afrodite, a deusa do amor, nos versos de Safo, é tida como a patrona das lésbicas. (foto abaixo)







Na Grécia Antiga, a pederastia era amplamente difundida. Eles achavam normal e benèfico. E foi um modelo pedagógico por muito tempo. Inclusive elogiado nos escritos iniciais de Platão. Comentários realizados por estudiosos dos escritos de Platão afirmam que, este filósofo comparava a aceitação da homossexualidade em comparação com a aceitação da democracia. Para Platão, a aceitação de ambas era uma foma de combater o despotismo dos povos bárbaros, porque estes tinham a mente fechada para os assuntos mais inovadores. Segundo Platão, os bárbaros só pensavam em seus interesses particulares e no poder que poderiam ter sobre os súditos.
Na Papua, Nova Guiné e outras sociedades da Melanésia (Oceania), as relações homossexuais eram parte de integrante da cultura. Assim, um menino na pré adolescência se tornaria parceiro sexual de um adolescente mais velho. Este último seria seu mentor nas práticas sexuais ( orais, anais  e perversões) até que os primeiros atingissem a puberdade, quando então seria mentor de outros.


Evidentemente, com o transcorrer do tempo, estas práticas foram sendo modificadas fosse pela ação do cristianismo e dos colonizadores europeus que  ficaram chocados ao descobrirem que a homossexual era comum e aberta entre os colonizados. Os colonizadores viam a homossexualidade como um pecado contra Deus e puniam rigorosamente quem a praticasse.
Por isso, os que continuavam praticando, o faziam em segredo com medo das punições que eram a execração pública, a morte na fogueira ou decaptação e o repúdio às suas famílias.
Mas haviam sociedades que jamais permitiram que elas acontecessem, como os povos árabes (Arábia Saudita, Irã, Mauritânia, Nigéria, Sudãi e Iêmen) e muitas outras sociedades porque os governantes a criminalizavam. Muitos ainda negam ou ignoram sua existência, certos de que a erradicaram em seus domínios. Mas o fato real é que ela continua secreta.

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